Rússia reivindica captura de duas novas cidades no leste da Ucrânia

por RTP
Administração militar regional de Kiev via EPA

A Rússia reivindicou a captura de duas novas cidades no leste e nordeste da Ucrânia este domingo, dando continuidade ao seu avanço na frente de batalha contra as tropas ucranianas. Moscovo anunciou ainda ter abatido 120 drones ucranianos durante a noite, sobretudo em regiões que fazem fronteira com a Ucrânia.

De acordo com o relatório diário do Ministério russo da Defesa, as tropas de Moscovo capturaram a aldeia de Piddubne, na região leste de Donetsk, uma cidade situada a oeste da cidade de Kurakhove, que os russos tomaram em dezembro de 2024.

Na região de Kharkiv (nordeste), o exército russo reivindicou a captura da cidade de Sobolivka, numa zona onde as posições não se alteravam há meses.

As forças russas aceleraram o avanço na linha da frente nos últimos três meses, depois de terem retomado totalmente, em março e abril, os territórios ocupados pelos ucranianos desde o verão de 2024 na região fronteiriça russa de Kursk.

Os avanços russos em junho foram os maiores desde novembro de 2024, de acordo com uma análise da AFP com dados fornecidos pelo Instituto para o Estudo da Guerra (ISW), uma organização de investigação sediada em Washington.
Rússia abateu centenas de drones durante a noite
Entretanto, na última noite, Moscovo diz ter abatido 120 drones ucranianos, sobretudo em regiões que fazem fronteira com a Ucrânia.

O Ministério russo da Defesa diz ter intercetado 30 drones sobre a região ocidental de Bryansk, 29 na região de Kursk e 17 em Belgorod – todas elas fazem fronteira com a Ucrânia.

Outros 18 drones foram abatidos sobre a região de Oryol, que faz fronteira com Kursk e já foi atingida por ataques anteriores de drones ucranianos contra instalações petrolíferas. A autoridade de aviação civil da Rússia, Rosaviatsiya, disse ter levantado as restrições que foram introduzidas durante a noite para garantir a segurança devido aos drones nos aeroportos de São Petersburgo, Kaluga, Moscovo e Niezhny Novgorod.

A Rússia, por sua vez, realizou várias vagas de ataques noturnos maciços contra a Ucrânia nas últimas semanas.

Na sexta-feira, os militares russos dispararam mais de 530 drones explosivos e uma dezena de mísseis, principalmente contra Kiev, matando pelo menos duas pessoas. Foi o maior ataque com drones desde o início do conflito, segundo as autoridades ucranianas.


O ataque ocorreu momentos após uma conversa telefónica entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o seu homólogo norte-americano, Donald Trump. Na conversa, Putin vincou que Moscovo "não vai desistir dos seus objetivos" em território ucraniano, ainda que esteja disponível para "continuar" negociações com Kiev.

Trump disse estar "infeliz" com a conversa, que não resultou em "nenhum progresso" na direção de uma solução negociada para acabar com a guerra.

c/ agências
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