Rússia retira tropas da fronteira com a Ucrânia

por RTP
EPA

O ministro russo da Defesa anunciou que as tropas que se encontravam junto à fronteira com a Ucrânia vão retirar-se para as suas bases. De acordo com a União Europeia, mais de 100 mil soldados estavam posicionados perto da linha de fronteira ucranaiana e da Crimeia, região anexada pela Rússia em 2014.

Sergei Shoigu revelou que as unidades que se encontravam em exercícios vão retornar à base, assinalando que os objetivos foram cumpridos. Uma decisão elogiada por Volodymyr Zelensky, Presidente ucraniano, que havia pedido a Vladimir Putin um encontro na zona de conflito.

“As tropas demonstraram capacidade para fornecer uma defesa credível ao país”, declarou Shoigu, que pouco depois explicou que os comandantes de várias unidades tiveram ordens para que os soldados regressassem à base e terminassem operações militares a 1 de maio.

Preocupado com a crescente presença militar na fronteira, Zelensky ordenou o aumento do efetivo militar por parte da Ucrânia, numa decisão apoiada pela NATO. Em junho haverá uma cimeira que terá na agenda a ação russa.

A Rússia disse que as movimentações trataram-se apenas de exercícios de treino que foram aplicados devido a ações “ameaçadoras” por parte da NATO. O país tem a intenção de fechar áreas do Mar Negro a embarcações estrangeiras, uma medida que preocupa a Ucrânia, que pode ser afetada.

Num discurso sobre o estado da nação, na quarta-feira, Vladimir Putin lançou um aviso ao Ocidente para não “cruzar a linha vermelha”. Depois de em 2014 a Rússia ter anexado a Crimeia e, nas últimas semanas, apesar de haver um cessar-fogo na região, o mesmo tem sido violado por tropas apoiadas pelos russos.
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