Mundo
Guerra na Ucrânia
Rússia vai encarar presença de F-16 na Ucrânia como ameaça de alcance nuclear
O ministro russo dos Negócios Estrangeiros advertiu esta quinta-feira que a Rússia considerará uma ameaça de âmbito nuclear a presença na Ucrânia de caças F-16, provavelmente no final do primeiro trimestre de 2024.
"Informámos as potências nucleares dos Estados Unidos, do Reino Unido e da França que a Rússia não pode ignorar a capacidade destes aviões para transportar armas nucleares. Não há garantias que ajudem", declarou Sergei Lavrov, numa entrevista ao diário Lenta.ru.
O chefe da diplomacia russa advertiu que, em plena guerra, os militares russos não determinarão se cada avião F-16 está ou não equipado para transportar armas nucleares.
"O próprio facto de existirem tais sistemas nas Forças Armadas ucranianas será considerado por nós como uma ameaça do Ocidente na esfera nuclear", sublinhou o ministro.
Os Países Baixos e a Dinamarca estão a preparar um plano para treinar pilotos ucranianos a usar de aeronaves fabricadas nos EUA como parte de uma coligação de 11 nações. O programa terá início na Dinamarca em agosto.
Na terça-feira, esses 11 países parceiros assinaram um memorando que define as condições de formação dos pilotos ucranianos nos caças F-16.
"Os F-16 protegerão os céus da Ucrânia e o flanco oriental da NATO. A força aérea ucraniana está pronta para os dominar o mais rapidamente possível", afirmou o ministro da Defesa ucraniano, Oleksy Reznikov.
A formação, que vai durar entre seis a oito meses, começa no final do verão - agosto ou início de setembro - e os primeiros caças F-16 ocidentais são entregues a Kiev no final do primeiro trimestre de 2024, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano.
Contudo, a legislação relativa ao uso de armas nucleares de Moscovo prevê o recurso "estritamente defensivo" às armas atómicas, em caso de ataque à Rússia com armas de destruição em massa ou em caso de agressão com armas convencionais, que ameacem a “própria existência do Estado".
Garantias do G7
Na quarta-feira, os países que compõem o G7 – Alemanha, França, Estados Unidos, Itália, Reino Unido, Canadá e Japão – anunciaram uma declaração que dá garantias de segurança até à eventual adesão do país. Entre as declarações de unidade renovada, o presidente da Ucrânia anunciou, ao lado do secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, que regressaria “a casa com uma vitória significativa de segurança” e um “sinal tático” para o Kremlin.
Na cimeira de Vilnius, Stoltenberg insistiu que apenas será endereçado um convite à Ucrânia para aderir à NATO "quando os aliados concordarem que as condições estão reunidas", mas defendeu que é necessário garantir que “quando esta guerra acabar” há “compromissos credíveis” para a segurança do país, “para que a História não se repita”, saudando o compromisso de alguns aliados em fornecer “assistência de segurança de longo prazo” a Kiev.
O secretário-geral da NATO lembrou ainda que os aliados aprovaram um pacote com três partes que tem como objetivo aproximar a Ucrânia da NATO, que passa por um programa de assistência multianual com o objetivo ajudar as forças armadas ucranianas na transição da era soviética para os padrões da Aliança Atlântica, o novo Conselho NATO-Ucrânia e a retirada da exigência de um Plano de Ação para a Adesão.
O chefe da diplomacia russa advertiu que, em plena guerra, os militares russos não determinarão se cada avião F-16 está ou não equipado para transportar armas nucleares.
"O próprio facto de existirem tais sistemas nas Forças Armadas ucranianas será considerado por nós como uma ameaça do Ocidente na esfera nuclear", sublinhou o ministro.
Os Países Baixos e a Dinamarca estão a preparar um plano para treinar pilotos ucranianos a usar de aeronaves fabricadas nos EUA como parte de uma coligação de 11 nações. O programa terá início na Dinamarca em agosto.
Na terça-feira, esses 11 países parceiros assinaram um memorando que define as condições de formação dos pilotos ucranianos nos caças F-16.
"Os F-16 protegerão os céus da Ucrânia e o flanco oriental da NATO. A força aérea ucraniana está pronta para os dominar o mais rapidamente possível", afirmou o ministro da Defesa ucraniano, Oleksy Reznikov.
A formação, que vai durar entre seis a oito meses, começa no final do verão - agosto ou início de setembro - e os primeiros caças F-16 ocidentais são entregues a Kiev no final do primeiro trimestre de 2024, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano.
Contudo, a legislação relativa ao uso de armas nucleares de Moscovo prevê o recurso "estritamente defensivo" às armas atómicas, em caso de ataque à Rússia com armas de destruição em massa ou em caso de agressão com armas convencionais, que ameacem a “própria existência do Estado".
Garantias do G7
Na quarta-feira, os países que compõem o G7 – Alemanha, França, Estados Unidos, Itália, Reino Unido, Canadá e Japão – anunciaram uma declaração que dá garantias de segurança até à eventual adesão do país. Entre as declarações de unidade renovada, o presidente da Ucrânia anunciou, ao lado do secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, que regressaria “a casa com uma vitória significativa de segurança” e um “sinal tático” para o Kremlin.
Na cimeira de Vilnius, Stoltenberg insistiu que apenas será endereçado um convite à Ucrânia para aderir à NATO "quando os aliados concordarem que as condições estão reunidas", mas defendeu que é necessário garantir que “quando esta guerra acabar” há “compromissos credíveis” para a segurança do país, “para que a História não se repita”, saudando o compromisso de alguns aliados em fornecer “assistência de segurança de longo prazo” a Kiev.
O secretário-geral da NATO lembrou ainda que os aliados aprovaram um pacote com três partes que tem como objetivo aproximar a Ucrânia da NATO, que passa por um programa de assistência multianual com o objetivo ajudar as forças armadas ucranianas na transição da era soviética para os padrões da Aliança Atlântica, o novo Conselho NATO-Ucrânia e a retirada da exigência de um Plano de Ação para a Adesão.
Sobre a coligação de países que foi oficializada na terça-feira por 11 Estados-membros, incluindo Portugal, para formar pilotos e técnicos ucranianos de caças F-16, Stoltenberg confirmou ter indicação dos Aliados de que o treino terá início este verão.
c/ agências