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Russos votam reformas à Constituição que conduzem Putin a novos mandatos
A partir desta quinta-feira, os russos podem dirigir-se às urnas para votar as emendas constitucionais que conferem permissão a Vladimir Putin, presidente da Rússia, para permanecer no cargo por mais dois mandatos. Críticos classificam as alterações como um “golpe” e uma “violação da Constituição.
A votação oficial está marcada para 1 de julho, mas as autoridades russas decidiram antecipar a abertura das mesas de voto para controlar os ajuntamentos em tempos de pandemia.
Em causa na votação estão emendas constitucionais que permitem que o presidente em exercício, Vladimir Putin, concorra à reeleição, independentemente do número de mandatos que já exerceu. A atual Constituição, de 1993, não permite o exercício em funções do chefe de Estado mais de dois mandatos consecutivos.
Putin, no cargo desde 2012, conseguiria, assim, permanecer no Kremlin após 2024, ou tornar-se um “presidente vitalício”, como afirmou o ativista da oposição, Alexei Navalny.
Embora o presidente da Rússia não tenha declarado publicamente que concorreria novamente em 2024 quando o seu mandato atual terminar, disse não descartar essa hipótese “se a Constituição o estipular”.
Putin considera importante ter essa opção de recandidatura. “Caso contrário, sei que daqui a dois anos, em vez de estar a trabalhar normalmente a todos os níveis do Estado, todos os olhos estarão em busca de potenciais sucessores”, disse o presidente russo durante uma entrevista no início desta semana.
No referendo, os russos terão que responder sim ou não a um único projeto de reforma constitucional, apesar de esta abranger quase 200 emendas. A mais importante é a proposta que potencialmente permite que Putin lidere a Rússia até 2036, mas também pressupõe alterações conservadoras à Constituição, nomeadamente a proibição efetiva do casamento homossexual e uma afirmação da “fé em Deus” na Rússia. Segundo o Kremlin, “mais de metade” dos russos que vão a votos deverão apoiar as alterações à lei constitucional.
Putin considerou que a sua proposta estava correta e disse estar “absolutamente convencido de que estamos a fazer a coisa certa”.
No entanto, a atual votação tem sido alvo de críticas. Navalny classificou as emendas como um “golpe” e uma “violação da Constituição”.
O referendo sobre as emendas à Constituição estava inicialmente previsto para 22 de abril, mas Putin foi obrigado a adiar para julho devido à atual pandemia do Covid-19. Vários ativistas manifestaram-se em abril em oposição à votação, mas os protestos foram proibidos para evitar a propagação do novo coronavírus.
A Rússia é o terceiro país mais afetado pela pandemia em todo o mundo, com mais de 613 mil casos confirmados e mais de 8.500 mortos, apesar de os analistas acreditaram que o verdadeiro número de óbitos seja muito superior.
Os últimos dados divulgados mostram que foram registados 7113 casos nas últimas 24 horas.
Em causa na votação estão emendas constitucionais que permitem que o presidente em exercício, Vladimir Putin, concorra à reeleição, independentemente do número de mandatos que já exerceu. A atual Constituição, de 1993, não permite o exercício em funções do chefe de Estado mais de dois mandatos consecutivos.
Putin, no cargo desde 2012, conseguiria, assim, permanecer no Kremlin após 2024, ou tornar-se um “presidente vitalício”, como afirmou o ativista da oposição, Alexei Navalny.
Embora o presidente da Rússia não tenha declarado publicamente que concorreria novamente em 2024 quando o seu mandato atual terminar, disse não descartar essa hipótese “se a Constituição o estipular”.
Putin considera importante ter essa opção de recandidatura. “Caso contrário, sei que daqui a dois anos, em vez de estar a trabalhar normalmente a todos os níveis do Estado, todos os olhos estarão em busca de potenciais sucessores”, disse o presidente russo durante uma entrevista no início desta semana.
No referendo, os russos terão que responder sim ou não a um único projeto de reforma constitucional, apesar de esta abranger quase 200 emendas. A mais importante é a proposta que potencialmente permite que Putin lidere a Rússia até 2036, mas também pressupõe alterações conservadoras à Constituição, nomeadamente a proibição efetiva do casamento homossexual e uma afirmação da “fé em Deus” na Rússia. Segundo o Kremlin, “mais de metade” dos russos que vão a votos deverão apoiar as alterações à lei constitucional.
Espera-se que aproximadamente 110 milhões de eleitores se dirijam às urnas e os funcionários estão já a tomar medidas de acordo com os conselhos de saúde a seguir, fornecendo máscaras e desinfetantes nas mesas de votos em todo o país.
“Violação da Constituição”Putin considerou que a sua proposta estava correta e disse estar “absolutamente convencido de que estamos a fazer a coisa certa”.
No entanto, a atual votação tem sido alvo de críticas. Navalny classificou as emendas como um “golpe” e uma “violação da Constituição”.
O referendo sobre as emendas à Constituição estava inicialmente previsto para 22 de abril, mas Putin foi obrigado a adiar para julho devido à atual pandemia do Covid-19. Vários ativistas manifestaram-se em abril em oposição à votação, mas os protestos foram proibidos para evitar a propagação do novo coronavírus.
A Rússia é o terceiro país mais afetado pela pandemia em todo o mundo, com mais de 613 mil casos confirmados e mais de 8.500 mortos, apesar de os analistas acreditaram que o verdadeiro número de óbitos seja muito superior.
Os últimos dados divulgados mostram que foram registados 7113 casos nas últimas 24 horas.