As equipas envolvidas nas buscas pelos destroços do avião comercial iraniano que caiu no passado domingo encontraram nas últimas horas os corpos de 30 dos 66 ocupantes do aparelho. O ATR-72 da Aseman Airlines despenhou-se numa cadeia montanhosa a quase 500 quilómetros de Teerão.
Para o local onde caiu o avião, o Monte Dena, a quatro mil metros de altitude, foram destacadas múltiplas equipas de resgate, com a dupla missão de localizar e recuperar cadáveres e a caixa negra do avião da transportadora iraniana Aseman.
As autoridades locais admitem que as caraterísticas
do terreno dificultem a retirada dos corpos, que poderá prolongar-se até
à próxima semana.
Segundo o diretor do Crescente Vermelho para a província de Isfahan, Mohsen Momení, citado pela agência estatal IRNA, os socorristas começam esta quarta-feira a descer a montanha. A identificação dos corpos das vítimas do desastre aéreo será feita em Yasuy, principal cidade da província de Kohguiluye Boyer Ahmad.
Por sua vez, Kamruz Amini, diretor-geral do departamento forense de Kohguiluye Boyer Ahmad, indicou que meia centena de familiares das vítimas forneceram amostras de ADN, tendo em vista o processo de identificação.
A orografia do local onde o avião caiu impossibilita a aterragem de helicópteros de busca e salvamento, o que obriga a que a maior parte das operações seja feita a pé. Na terça-feira, o diretor-geral das operações aéreas da Organização de Aviação Civil do Irão, Mohamad Said Sharafi, sublinhou que o local é "muito perigoso".
O voo EP3704 da Aseman Airlines, que faria a ligação entre Teerão e Yasouj, descolou no domingo do aeroporto Mehrabad, na capital, pelas 8h00 (4h30 em Lisboa). Transportava 60 passageiros e uma tripulação de seis pessoas.
O ATR-72 desapareceu dos radares cerca de 45 minutos após a descolagem. Nesse momento sobrevoava uma região montanhosa já muito próxima do destino.
c/ agências