Reportagem

Spinumviva, imigração, habitação e saúde dominaram debate a oito

No único confronto televisivo entre os oito líderes partidários com representação parlamentar, transmitido pela RTP, os candidatos abordaram os desafios da crise de habitação, a regulação da imigração, os problemas na saúde, bem como a crise política que conduziu a eleições. Estes foram alguns dos temas centrais da discussão e que também prometem marcar a campanha eleitoral que arrancou este domingo.

Ana Sofia Rodrigues, Andreia Martins, Inês Moreira Santos, Joana Raposo Santos - RTP /

Foto: Pedro A. Pina - RTP

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Debate dos partidos com representação parlamentar - segunda parte

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Debate dos partidos com representação parlamentar - primeira parte

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PAN defende aposta na economia verde e lança críticas a cortes da AD

Inês Sousa Real alerta para os perigos do braço de ferro entre Trump e a Comissão Europeia e alerta que a guerra de tarifas pode afetar várias áreas relevantes do país. Diz que é necessário "proteger o emprego" e apostar na "economia verde".

A porta-voz do PAN assinala que a AD "cortou mais de 700 milhões de euros no combate às alterações climáticas" e aproveita para lembrar que o recente apagão "mostrou importância de apostar na soberania energética".

Para Inês Sousa Real, só há justiça social com justiça ambiental.
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Escolha é entre "dinheiro fácil" e o "verdadeiro enriquecimento", vinca Rui Tavares

O porta-voz do Livre começa por lembrar as previsões demasiado otimistas da AD para a economia, no ano passado. Considera que é necessário fazer uma escolha entre "dinheiro fácil", como o imobiliário de luxo ou o turismo de massas, e o "verdadeiro enriquecimento", que passa por "cuidar daqulo que é nosso" e "valorizar a força de trabalho" que é das mais qualificadas.

Defendeu, no plano internacional, a construção de comunidade europeia de defesa e vincou que, para o Livre, é necessário o "reconhecimento imediato" da Palestina. Da mesma forma, o apoio à Ucrânia não pode ser "abandonado".
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Paulo Raimundo exige cessar-fogo imediato em Gaza

Antes de responder às questões do foro económico, o líder da CDU destaca, no quadro internacional, que há "mais de um milhão de crianças na Palestina a morrer à fome e à sede" e que a ajuda humanitária está bloqueada, pelo que se exige um "cessar-fogo imediato" e o reconhecimento da Palestina.

Na economia, Paulo Raimundo diz que é necessário "coragem para responder às necessidades" e que Portugal não pode continuar a ser um país de "baixos salários e precariedade".

Destaca a importância de aumento e salários e pensões e numa distribuição mais eficaz da riqueza.
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BE quer rever modelo económico. IL quer "legislatura de crescimento económico"

Mariana Mortágua comparou o entusiasmo de André Ventura pela NATO ao entusiasmo de Donald Trump. E sobre o modelo económico, criticou os baixos salários e a massificação do turismo.

 Já Rui Rocha considerou que o contexto atual económico implica que se acelere o que temos de “fazer na Economia portuguesa para termos crescimento económico”.

 “A próxima legislatura tem de ser a legislatura do crescimento económico”, salientando que se deve destacar para os jovens.
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Chega acusa AD de ter "programa de fantasia" para a Economia

O Chega considera que a sua proposta para o cenário macroeconómico é “muito mais próximo do Conselho de Finanças Públicas do que a do PS ou a do PSD”. André Ventura concordou com Pedro Nuno e referiu que o programa da AD no que toca à Economia “é uma fantasia de programa”. Sobre a NATO, Ventura perguntou “quem nos defenderia se saíssemos” e reduzíssemos o investimento em Defesa.
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Pedro Nuno aponta falha de Montenegro na Economia

Pedro Nuno Santos, por outro lado, vê a Economia portuguesa “com preocupação”. “Esta é outra área em que Luís Montenegro falhou”, afirmou.

 “Prometeu crescimento económico e a economia recuou 0,5 por cento”. E continuou: “Este é o resultado que Luís Montenegro nos deixa”.

 O líder socialista considerou que, perante este cenário, o programa da AD é uma “fantasia” e que “é uma mentira o cenário macro-económico”.
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Montenegro assegura que "estamos um bom momento da economia portuguesa"

Nas últimas intervenções do debate, o primeiro-ministro negou que a economia portuguesa tenha entrado em contração.

 “A economia portuguesa cresceu 1,6 por cento em termos homólogos, face ao mesmo período do ano passado”, afirmou Montenegro, acrescentando que teve uma “taxa de crescimento muitíssimo elevada” no último trimestre de 2024.

“Estamos num bom momento da economia portuguesa. Temos estabilidade económica, temos estabilidade financeira e temos todas as razões para continuar a ter um ano (…) com todas as nossas perspetivas cumpridas”. 

Apesar de “termos de ser prudentes”, temos “ de ser ambiciosos”, continuou Montenegro, explicando que a AD pretende mais investimento nas empresas e que “mantém o otimismo, apesar das incertezas” da situação internacional.
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PAN pede mais investimento no SNS e com gestão pública otimizada e quer SNS para animais

Considera que por exemplo na saúde mental está subfinanciada e doentes oncológicos sem acesso a baixa a 100 por cento. Diz que o PAN defende uma “forte aposta” na saúde de prevenção, e defende que seja criado um SNS para os animais.

Acusa a AD de ter apoiado a tauromaquia mas se recuse a baixar o IVA dos tratamentos dos animais de companhia.
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BE diz que saúde precisa de uma solução de emergência “há muito tempo” e fala de um modelo errado

Sobre a geringonça, Mariana Mortágua diz que não quer voltar a esses tempos e lembra que o Bloco chumbou um orçamento do PS por causa da saúde. 

Sobre os problemas do SNS, fala dos prestadores de saúde e uma enorme dependência das horas extraordinárias. 

“Qualquer modelo vai precisar de investimento”, diz, dizendo que os privados também têm de ser pagos. 

Considera que o modelo existente não está a funcionar e pergunta se queremos dar poder ao privado para “chantagear” nos preços e serviços.
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Ventura diz a Montenegro que o maior falhanço do Governo é a saúde

Ventura diz que “aliens” chegaram ao debate a dizer que nada funciona na saúde, como se não tivessem responsabilidade na governação. O líder do Chega diz que este setor é o maior falhanço do Governo, recordando as urgências fechadas e a necessidade de fazer uma chamada antes de ir a um serviço de urgência. “Isto cabe na cabeça de alguém?”, pergunta. “É ridículo”.

Critica as nomeações partidárias e o cargo de diretor executivo do SNS que veio engrossar as despesas.
“Voltamos a propor que por exemplo o trabalho suplementar em IRS”, algo que não foi aprovado.

O terceiro falhanço, diz, é o acesso de quem vem de fora pode ter cuidados de saúde e os portugueses lá fora não têm acesso.
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PCP diz que há condições para o SNS fazer parte daquilo que transfere para outros fazerem

Paulo Raimundo diz que dos 16 mil milhões de euros do Orçamento do Estado para o SNS, metade do valor serve para pagar a outros para fazer parte das incumbências. O líder do PCP defende que o SNS tem capacidade de fazer pelo menos parte dessas tarefas que transfere.

“Foco do SNS é as pessoas”, diz Raimundo, dizendo que é o único que olha para todos da mesma forma.

“O problema do SNS é a falta de recursos humanos”, diz, acrescentando que o Governo tem de o fazer para que se fixem no SNS, não duvidando que havendo uma boa carreira, os profissionais se vão fixar no serviço nacional de saúde em desfavor do setor privado.
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Rui Tavares apresenta medida que custa zero euros e um programa "regressar saúde"

O líder do Livre faz a comparação entre o privado e público e considera que é essencial que tanto privados com públicos disponibilizem toda a informação sobre a sua prestação para que os privados, que têm acesso a toda a informação sobre o SNS, não fiquem em vantagem. “Há uma competição feroz dos privados com SNS”, diz.

Defende um programa “Regressar Saúde” para que profissionais de saúde regressem a Portugal e que pode passar por medidas fiscais ou outras medidas como o alojamento, algo que não se faz de um dia para o outro.

“Connosco não haverá privatização do Serviço Nacional de Saúde”, diz, garantindo que deve haver reforço nos centros de saúde tipo B.
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Rui Rocha considera "inadmissível" que as grávidas encontrem portas sucessivamente fechadas

O líder da Iniciativa Liberal diz que o PS e AD “não funcionaram” nem com o Pedro (Nuno Santos) nem com o Luís (Montenegro).

Fala de uma divergência fundamental com a AD, dizendo que as pessoas não devem ir aos privados de passarem muito tempo de espera, dizendo que os mais desprotegidos são os que ficam sem acesso aos privados.

Defende que se dê “liberdade de escolha” e um sistema concorrencial entre prestadores que vai gerar uma aposta na medicina preventiva.

“Continuando assim, daqui a um ano ou nas próximas eleições, cá estaremos de novo a dizer que as coisas estão mal, que não mudaram”.
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Luís Montenegro nega “falhanço na saúde” e diz que setor está em "transformação"

O candidato da AD considera que o ponto de partida com que chegou ao Governo era “calamitoso”. Considera que o serviço nacional de saúde tem agora mais capacidade de resposta do que há um ano.

“Evidentemente que não está tudo resolvido”, diz, acrescentando que do plano de emergência, estão 80% das medidas concretizadas e outras estruturais que estão em curso. Coloca a tónica no trabalho feito na valorização das carreiras, que aumentou a capacidade de retenção dos profissionais. Explicita que o SNS tem mais 2650 profissionais de saúde, entre saídas e entradas.

Refere que o problema das urgências é falta de recursos humanos, dizendo que a resposta a questões de habitação é essencial também para conseguir ter pessoas a trabalhar na saúde.

“Temos um foco, a pessoa”, depois de dizer que não tem qualquer problema ideológico entre privado e particular.

A intervenção finalizou com uma troca de argumentos com Pedro Nuno Santos sobre a dotação equitativa entre provados e públicos.
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Rui Rocha ironiza com "frente popular da bancarrota", com críticas à esquerda e à direita

O líder da Iniciativa Liberal começou por criticar a defesa de nacionalizações e tectos às rendas, uma solução de "terraplanismo" de uma "frente popular da bancarrota".

Disse ainda estar de acordo com a troca de acusações entre PS e AD: se por um lado os socialistas têm "uma enorme responsabilidade" pela situação atual, a coligação de PSD e CDS adotou medidas que provocaram o "aumento de preços".

Considera que o Estado tem falhado ao não conseguir executar o dinheiro que tem disponível e assinala o "martírio" que os portugueses enfrentam quando querem construir casas para obter licenciamento.

Critica por fim a AD ao considerar que "não tomou medidas do lado da oferta" e que "quem tem propriedadse tem medo dos problemas que o arrendamento pode trazer".
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André Ventura: "Temos imigração a mais. Não há casas para toda a gente"

Antes de falar sobre habitação, André Ventura fez uma crítica à moderação de Carlos Daniel. Afirma que há uma diferença de tratamento do Chega, queixando-se que não lhe foi permitido responder a Rui Tavares sobre a questão das polémicas dentro do partido. A esse respeito, afirmou: "Quando há um caso no Chega, eu resolvo-o".

Sobre habitação, diz que há "falta de vergonha" por parte do PS ao falar neste tema, uma vez que considera Pedro Nuno Santos como o grande responsável pela crise.

André Ventura considera que não há incentivos suficientes aos proprietários para o arrendamento e propõe baixar os rendimentos prediais.

Por fim, considera que há "imigração a mais" e que "não há casas para toda a gente". Remata ao afirmar que há habitação a ser distribuída "por quem não quer fazer nada", nomeadamente as "minorias", como a comunidade cigana.
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Bloco de Esquerda diz que se pede "pacto de paciência" aos jovens

Mariana Mortágua destaca, no tema da habitação, que a medida proposta para a criação de limites às rendas está a marcar o debate da campanha eleitoral. Assinala, por outro lado, a "desistência" do PS quanto a este tema.

Em relação às medidas da AD, aponta que estas "fizeram subir o preço das casas". Perante a solução de esperar pela construção de habitação, a líder do BE diz que se espera um "pacto da paciência" por parte de quem precisa de casa neste momento.

Mariana Mortágua assinala que os tectos às rendas "funcionam noutros países", dando os exemplos da Holanda e da Alemanha e lembrou que o salário mínimo em Portugal é muito inferior ao que se verifica nestes países.
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PAN acredita que violência doméstica é "flagelo maior" que imigração. Livre pergunta pelos portugueses que emigraram

Por sua vez, Inês Sousa Real é necessário distinguir “pessoas que cometeram crimes e têm de responder” à lei de pessoas que contribuíram “com coisas positivas” para o país, nomeadamente com os mais de três mil milhões de euros para a Segurança Social.

Segundo o PAN, o pior problema do país não é a imigração mas a “violência doméstica” e questionou se também vão ser criadas leis de expulsão nesses casos.

“O PAN defende que, se existem crimes cometidos em Portugal, (…) temos que responsabilizar essas pessoas e fazê-las cumprir a lei”, sublinhou.

Já Rui Tavares pediu ao primeiro-ministro para “não tomar por parvas” as pessoas. Sobre a imigração ilegal, relembrou que representam 0,2 por cento e que pouco se fala dos restantes 99 por cento do país.

“Quantos portugueses regressam?”, questionou o porta-voz do Livre.
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"Ajudámos os jovens casais portugueses a comprar casas", observa Montenegro

O presidente do PSD considera que o PS se apresenta com uma "postura incoerente" neste debate e diz mesmo que Pedro Nuno Santos está "a ficar alterado" e "particularmente nervoso" nesta discussão.

Afirma que a AD "mais do que duplicou o objetivo de construção e reabilitação de casas na esfera pública" e que está a trabalhar com o Banco Europeu de Investimento com vista à criação de uma linha de financiamento para construir mais 130 mil novas habitações.

Luís Montenegro afirma que o Governo ajudou os jovens a comprar casas nos últimos 11 meses, lembrando a isenção do pagamento do IMT, do Imposto de Selo e ainda a garantia pública.

Critica ainda o PS por ter dado a maior "machadada" ao mercado de arrendamento, com a introdução ao arrendamento coercivo, medida que gerou "insegurança".
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Pedro Nuno Santos: "Casas estão mais caras do que há um ano"

O terceiro tema a ser abordado neste debate é o da habitação. Pedro Nuno Santos, que tutelou esta área como ministro, lançou críticas às políticas da AD. Considera que estas tiveram como consequência a "aceleração dos preços do setor imobiliário".

"Grande parte dos jovens ficou ainda mais longe de conseguir comprar uma casa", apontou o líder do PS. Aponta ainda que as casas entregues pelo Governo de Montenegro se devem ao trabalho que desempenhou como ministro.

Defendeu, para ajudar à resolução da crise, a criação de uma conta corrente no Estado financiada não apenas com os lucros da Caixa Geral de Depósitos, "mas com dinheiro do Orçamento do Estado, que permita às nossas autarquias recorrer a esse financiamento para construírem casas que as pessoas consigam pagar".

Questionado sobre a eventual demora desta solução, o secretário-geral do PS insiste que é necessário aumentar a construção a critica a medida aparentemente "bondosa" do Bloco de Esquerda, que prevê um tecto às rendas. Considera que tal medida teria um "efeito perverso".

Por fim, criticou ainda a AD por ter "retirado logo" a regulação do alojamento local.


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Questão de imigração é "ação de campanha do Governo", acusa Paulo Raimundo

Paulo Raimundo comparou os milhares de processos de imigrantes que chegam a Portugal “à procura de uma vida melhor”, com os milhares de portugueses que saem do país pela mesma razão.

“Estamos numa ação de campanha eleitoral do Governo”, critica o líder comunista, acrescentando que é preciso pensar como é que as forças policiais vão controlar o “aumento das máfias do tráfico humano”, que também está a acontecer em Portugal.

“Não pudemos ser cúmplices com isto”, continuou, lembrando que o PCP tinha proposto o reforço para “a AIMA poder responder”.

O problema da imigração é, segundo Raimundo, “um problema que o Estado tem de resolver, cumprindo e fazendo cumprir os direitos e deveres iguais para todos”. Mas há outro problema, disse: “estamos a empurrar para fora do país milhares de jovens”, porque Portugal não tem condições de trabalho.

Trazer de volta os jovens portugueses que emigraram “devia ser um esforço que devíamos fazer”, em vez de “responder à agenda eleitoral que Luís Montenegro nos quis impor”.
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IL sobre imigração: "quem tem trabalho entra e quem cumpre a lei fica"

A IL acha que o “timing” para falar d imigração faz parte “destas situações”.

“Podemos passar o tempo a criticar eleitoralismo, mas o essencial é ter uma ideia clara”, afirmou Rui Rocha.

O Iniciativa Liberal quer “uma imigração com regras e uma imigração com dignidade”. Isto é: “quem tem trabalho entra e quem cumpre a lei fica”.

A extinção do SEF, na opinião do IL, foi "uma péssima ideia" do PS que contribuiu para o descontrolo nas fronteiras. E a AIMA não tem competências para fiscalizar.
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"Atacamos imigrantes" para não debater qualquer problema do país, aponta Mortágua

Mariana Mortágua lamentou a “moda da vitimização” da direita e a moda “de atacar imigrantes, que de repente se tornou um bode expiatório e uma forma fácil de sair de qualquer debate”.

“Há um problema na Habitação, não temo de debater soluções e atacamos imigrantes. Há um problema na Saúde, não temo de debater soluções e atacamos imigrantes. Qualquer que seja o problema, não é preciso debater soluções: atacamos imigrantes”, afirmou a líder do Bloco de Esquerda.

Segundo a bloquista, para saber quem entra no país, é preciso “regularizar as pessoas”, que entram “porque há trabalho”.

“A única forma (…) é conceder-lhes documentos que permitam regularizar-se e integrar-se em Portugal”.

Mariana Mortágua criticou Luís Montenegro de “atacar imigrantes” como “propaganda política para disputar votos com o Chega”. Além disso, considerou que a “instalação da AIMA foi um desastre”.
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Chega acusa PS e PSD de "igual culpa" no descontrolo da imigração

Dirigindo-se a Pedro Nuno Santos, o líder do Chega afirmou que o Governo anterior deixou entrar milhares de imigrantes e, dessa forma, “deixou-nos na bandalheira em que estamos hoje”.

Contudo, Ventura aponta o dedo também a Montenegro: “o PSD tem igual culpa do PS nesta bandalheira em que estamos”.

“PS e PSD sempre se entenderam para deixar entrar toda a gente sem controlo”, continuou. “E agora dizem que ‘há pouco a fazer’”.

A AD, segundo André Ventura, está a fazer “eleitoralismo” e “o mesmo que o PS, que é não controlar” a imigração.

Para o Chega, “quem está ilegal neste país tem de sair, quem cumpra crimes neste país tem de sair e quem não sair a bem (…) sairá a mal”.
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Montenegro acusou Governo anterior de deixar questões da imigração "uma balburdia"

Em resposta Luís Montenegro concordou com o opositor socialista em como “a lei é para cumprir”, mas rejeitou a ideia de “Trumpização”.

Segundo o primeiro-ministro, o Governo anterior, liderado pelo PS, deixou 400 processos pendentes. O que Montenegro classificou como uma “situação de balburdia efetiva”.

“O Partido Socialista não sabia quem é que estava efetivamente no país, quem é que estava a cumprir o seu desejo de legalizar a sua situação e o que é que estava a fazer”, começou por reiterar. “O que está a acontecer hoje é um processo de normalização”.

A AIMA, de acordo com o líder do PSD, tem hoje uma “capacidade sete vezes superior” para atender à que tinha antes quem chega ao país. Ainda assim, não se sabe onde “estão 177 mil imigrantes” que, acusou Montenegro, o PS deixou entrar.

“Estamos a tentar terminar este processo para termos uma imigração regulada e humanista, que valoriza quem vem trabalhar, quem vem acrescentar valor aos nossos recursos humanos”.

A AD considera que há três condições para ter uma “política de retorno eficaz”: haver centros de instalação temporária, para “deter e encaminhar essas pessoas com humanismo e dignidade” para os seus países; haver uma unidade de Estrangeiros e Fronteiras na PSP; e haver “mais agilidade na lei de retorno”.
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Pedro Nuno diz que falta de sentido de Estado de Montenegro "fragiliza emigrantes"

Sobre a imigração Pedro Nuno Santos não tem dúvidas de que “a lei é para cumprir” e quanto à notificação de abandono voluntário pela AIMA garantiu não haver “nenhuma novidade no que foi apresentado nos últimos anos”.

A diferença está, explicou, na forma como um primeiro-ministro, “de forma propagandista”, se apropria do “trabalho normal e natural” da AIMA para “fazer campanha política na sua disputa direta com o Chega”. Desse ponto de vista, o líder socialista comparou o processo ao que Donald Trump pôs em ação nos Estados Unidos.

Segundo Pedro Nuno, há emigrantes portugueses que vivem e trabalham nos Estados Unidos e no Canadá que não têm documento e cuja “falta de sentido de Estado de Luís Montenegro acaba por fragilizar a posição” destes milhares de emigrantes.

“No passado, nenhum primeiro-ministro teve o prazer de anunciar que há emigrantes expulsos”, apontou, acusando Montenegro de “eleitoralismo”. “É um trabalho regular, que deve ser feito com descrição e sentido de Estado e responsabilidade”.
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Montenegro responde sobre Spinumviva. "Objetivo é apenas luta política"

Depois de todos os líderes parlamentares, e candidatos às eleições, terem comentado a polémica Spinumviva que levou às Legislativas antecipadas, Luís Montenegro respondeu que “é importante dizer (…) que não há nenhuma destas sete personalidades (…) que se vai sentir algum dia esclarecida, porque o objetivo não é o esclarecimento mas a luta política”.

Dirigindo-se aos portugueses, o candidato da AD afirmou nunca ter violado “o dever de exclusividade”.

“Nunca tomei nenhuma decisão influenciado por outro interesse que não seja o interesse coletivo, o interesse público”, acrescentou. “Não há nenhuma acusação que esteja pendente sobre mim”.

E repetiu estar sempre “disponível para o escrutínio e as explicações”, considerando que não é justo fazerem “ofensas” à própria honra e honestidade, “de forma gratuita”.

“É apenas pela luta política que isto está aqui a ser suscitado”, reforçou.
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Inês Sousa Real chama "grande artista" a Montenegro

Inês Sousa Real disse diretamente a Luís Montenegro que este é “um grande artista, porque conseguiu transformar um problema pessoal seu num problema do país”.

“No entender do PAN, o que os portugueses querem neste momento é uma resposta”, declarou a deputada, acrescentando que o PSD “adiou a votação” da regulamentação do lobbying, que permitiria saber “a agenda dos governantes”.
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Rui Tavares acusa Montenegro de tornar Spinumviva em "potencial veículo de influências"

Olhos nos olhos com Luís Montenegro, Rui Tavares acusou-o de ter ocultado e continuar a ocultar informação relativamente aos seus negócios.

“Luís Montenegro sabia algo que só muito recentemente disse (…) à Entidade para a Transparência através da declaração sobre os clientes da Spinumviva”, afirmou o líder do Livre.

“Porque é que não fez aquilo que se faz em tantos lugares do mundo dos países com os quais gostamos de nos comparar?”, questionou.

“A resposta é muito simples: é que Luís Montenegro queria continuar a saber quem eram os clientes da Spinumviva (…), e sabendo os clientes que o primeiro-ministro sabe, a Spinumviva converte-se num potencial veículo de influências”, respondeu Rui Tavares

O deputado defendeu ainda que “o essencial é haver uma muralha de fogo na informação”.
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Paulo Raimundo diz que Montenegro deveria ter-se demitido

Do lado da CDU, Paulo Raimundo considerou que Luís Montenegro devia ter anunciado a demissão após a polémica com a Spinumviva. "Era um grande contributo que tinha dado à democracia", vincou.

“Aquilo que se conhecia há um mês era mais do que suficiente para que Luís Montenegro se tivesse demitido”, já que “havia uma profunda incompatibilidade entre aquilo que era o cargo do primeiro-ministro e as suas opções de negócio”, declarou.
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Montenegro é "vítima das suas escolhas", defende BE

Mariana Mortágua considerou que “Luís Montenegro é vítima apenas das suas escolhas e da falta de noção do que implica ser primeiro-ministro”.

A bloquista acusou ainda o chefe de Governo de arrastar o país para eleições “porque não quer dar explicações e lidar com as consequências das suas escolhas”, acusando-o também de contribuir para a “normalização da promiscuidade entre o setor público e o setor privado”.
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Rui Rocha responsabiliza todos os partidos menos a IL pela crise política

Rui Rocha assinalou que, na votação da moção de confiança ao Governo de Luís Montenegro, todos os partidos à exceção da Iniciativa Liberal “contribuíram para uma crise política, para irmos a eleições”.

Na opinião do líder da IL, Luís Montenegro foi também responsável, já que “quis pôr o destino do país nas mãos de André Ventura e Pedro Nuno Santos”.

“O interesse dos portugueses está em primeiro lugar”, acrescentou, dizendo que o seu partido quer quebrar um ciclo de instabilidade política.
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Ventura quer Comissão Parlamentar de Inquérito

André Ventura afirmou, por sua vez, que Luís Montenegro “não é vítima de nenhum arranjo parlamentar” nem de “nenhuma conspiração”.

“O primeiro-ministro não foi transparente e, quando soube que ia haver uma comissão de inquérito, quis evitá-la. E mandou o país para eleições para evitar um escrutínio no Parlamento”, declarou.

O presidente do Chega acredita que tem de existir uma Comissão Parlamentar de Inquérito “sempre que há suspeitas de que, entre o negócio público e o privado, as coisas estão a funcionar de forma irregular”.
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"O que nos leva à moção de confiança são todos estes casos", frisa Pedro Nuno

Pedro Nuno Santos vincou, de seguida, que “vamos para eleições porque uma moção de confiança foi chumbada, mas o que nos leva à moção de confiança são todos estes casos”.

“É para mim claro que Luís Montenegro não tem a credibilidade nem a idoneidade necessária para a função de primeiro-ministro. Um primeiro-ministro é transparente, não foge ao escrutínio”, declarou o líder socialista.

O candidato acusou ainda o chefe de Governo de ter deixado “a economia a cair”, com casas mais caras do que há um ano e o SNS “num caos”.
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Montenegro diz que causa direta das eleições foi rejeição da moção de confiança

O primeiro tema a ser debatido foi a polémica em torno da Spinumviva, empresa da esfera familiar de Luís Montenegro, que voltou agora a garantir que nunca decidiu nada na esfera pública em função da sua vida profissional.

“Eu fiz tudo de boa-fé, fiz tudo dentro daquilo que são os parâmetros da lei, dos parâmetros do comportamento ético. Eu nunca tive nenhum comportamento ilegal, eu não sou acusado de cometer nenhuma ilegalidade”

“A causa direta destas eleições foi a rejeição de uma moção de confiança”, assinalou o líder da AD.
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Spinumviva. Rui Tavares promete confrontar Montenegro no debate deste domingo

Foto: Manuel de Almeida - Lusa

Esta manhã, em Cascais, Rui Tavares não quis traçar metas para as eleições, mas admitiu que quer eleger deputados em distritos onde o Livre não tem representação parlamentar.
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Legislativas. Debate com os oito líderes partidários na RTP

Foto: João Marques - RTP

Este é o último confronto televisivo dos líderes com assento parlamentar antes das eleições.
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