Um ataque israelita teve como alvo hoje à noite o bairro de Ouzai, nos subúrbios sul de Beirute, pouco depois de o Exército israelita ter avisado os residentes para abandonarem as suas casas, informou a agência de notícias libanesa.
"Um ataque aéreo israelita atingiu o bairro de Ouzai. Esta é a primeira vez que este bairro é alvo desde o início da agressão israelita contra o Líbano", informou a agência estatal.
Imagens da agência France Presse mostraram duas nuvens de fumo a subir dos subúrbios a sul de Beirute, após dois estrondos.
O Exército israelita tinha alertado os habitantes da periferia sul de Beirute para um iminente bombardeamento de sete edifícios e infraestruturas supostamente utilizados pelo grupo xiita Hezbollah.
"Se estiverem perto de instalações do Hezbollah e de locais de interesse do Hezbollah, o Exército irá operar contra eles em breve", alertou o porta-voz em árabe do Exército, Avichay Adraee, numa mensagem na rede social X.
Tal como noutros avisos semelhantes, o porta-voz pedia aos habitantes da zona que se afastassem pelo menos 500 metros do local identificado a vermelho numa fotografia aérea.
As Forças de Defesa de Israel (IDF) informaram hoje em comunicado que atacaram até 300 "alvos terroristas" só no último dia no Líbano, depois de terem anunciado que quase 30 instalações ligadas ao grupo financeiro Al-Qard al-Hassan, afiliado ao Hezbollah, foram atingidas em bombardeamentos realizados no domingo à noite em várias partes do país, incluindo o subúrbio sul de Beirute.
Em sentido contrário, os sistemas de defesa aérea israelitas identificaram o lançamento de cerca de 170 `rockets` contra Israel, a maioria dos quais provenientes do Líbano, segundo o Exército, que não detalhou quantos foram disparados da Faixa de Gaza.
De acordo com as autoridades libanesas, pelo menos 2.483 pessoas foram mortas no Líbano e mais de 11.600 ficaram feridas em ataques israelitas desde 08 de outubro de 2023, quando eclodiram confrontos com o grupo xiita Hezbollah no âmbito da guerra na Faixa de Gaza.
No entanto, a maioria das mortes foi registada desde que Israel iniciou uma campanha de bombardeamentos em grande escala no Líbano em 23 de setembro, que por sua vez obrigaram mais de 1,2 milhões de pessoas a fugir das suas casas.