Suécia. Aumento da violência entre gangues rivais faz três mortos em 12 horas

por Rachel Mestre Mesquita - RTP
Pontus Lundahl - TT News Agency via Reuters

Três pessoas morreram em tiroteios e explosões, na quarta-feira, em Estocolmo e Uppsala, uma cidade universitária a norte da capital sueca, devido à guerra de gangues rivais pelo controlo do tráfico de droga, que tem vindo a abalar a segurança do país. A Suécia está a braços com uma onda de violência sem precedentes, que faz vítimas quase diariamente, e tornou setembro o mês mais mortífero dos últimos quatro anos.

A violência do ajuste de contas entre gangues suecos rivais está fora de controlo. Apesar dos esforços das autoridades para travar a criminalidade no país, nas últimas 24 horas tiroteios e explosões voltaram a fazer vítimas. E cada vez mais jovens.

O primeiro tiroteio aconteceu na quarta-feira, ao final da tarde, num subúrbio rico a sul da capital, vitimando um jovem. Foi atingido a tiro perto de um campo desportivo onde decorria uma sessão de treino com crianças, segundo a polícia sueca. Foi entretanto aberto um inquérito por homicídio.

"Pessoas inocentes, sem qualquer ligação com o crime organizado, incluindo várias crianças que tinham vindo para a sua sessão de treino, foram obrigadas a assistir a mais um tiroteio impiedoso em que um homem foi morto", afirmou o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, ao canal de televisão TV4.

Algumas horas depois, num outro subúrbio de Estocolmo, outro tiroteio feriu duas pessoas, uma das quais acabou por morrer em consequência dos ferimentos. Segundo a polícia, três homens foram detidos.

Ainda na noite de quarta-feira, uma explosão nos subúrbios da cidade universitária de Uppsala, considerada a Cambridge da Suécia, vitimou mais uma jovem de 25 anos. “Estes assassinos imprudentes não vão parar de disparar sobre si próprios e sobre os outros até os pararmos", acrescentou, na quarta-feira, Ulf Kristersson.

Segundo noticiou a televisão pública sueca SVT, apenas no mês de setembro onze pessoas morreram no país na sequência de tiroteios e explosões, tornando-o no mês mais mortífero dos últimos quatro anos.

Depois de um ano negro em 2022, em que se registaram 391 tiroteios no país, 62 dos quais mortais, nos últimos meses registaram-se várias vítimas colaterais de explosões e tiroteios.

c/ agências
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