Mundo
Tanques israelitas disparam contra posições do Hamas em Gaza
O exército israelita retaliou na última noite com o bombardeamento de posições do movimento palestiniano Hamas, depois de ter sido disparada meia dezena de rockets, a partir da Faixa de Gaza, contra território do Estado hebraico. Esta confrontação ocorreu poucas horas depois de uma grande manifestação palestiniana na fronteira, por ocasião do primeiro aniversário da Grande Marcha do Retorno.
Ao início da manhã deste domingo, não havia notícia de vítimas do lançamento de rockets de Gaza ou da retaliação do Tsahal. Testemunhas citadas pelas agências internacionais adiantam que os projéteis dos tanques israelitas atingiram posições do movimento islamista no centro e a leste da cidade palestiniana.“Foram identificados cinco lançamentos da Faixa de Gaza em direção ao território israelita”, indicou o exército em comunicado.
Os rockets lançados a partir do enclave governado pelo Hamas – há 12 anos debaixo de um bloqueio do Estado hebraico – acionaram os alarmes em Eshkol e levaram a população local a procurar os abrigos daquela região.
Dezenas de milhares de palestinianos de Gaza, empunhando bandeiras, concentraram-se no sábado junto à fronteira israelita. Pelo menos quatro manifestantes foram ali abatidos a tiro por operacionais do exército de Israel – três adolescentes de 17 anos e um jovem de 20.
O número de feridos ultrapassa as três centenas. Sessenta e quatro foram atingidos por munições reais, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.
Convocados a partir dos altifalantes de mesquitas, estes protestos visaram assinalar o primeiro ano desde a denominada Grande Marcha do Retorno – o movimento de contestação, que teve início a 30 de março do ano passado, reclama o direito de regresso a território do qual os palestinianos saíram ou foram expulsos em 1948, no advento do Estado de Israel.
No último ano morreram pelo menos 258 palestinianos atingidos por disparos israelitas, a maior parte no decurso de manifestações semanais perto da barreira de segurança; morreram dois soldados israelitas.
O Tsahal destacou no sábado milhares de soldados e dezenas de atiradores de elite para a linha de fronteira com a Faixa de Gaza, apoiados por peças de artilharia e blindados. No flanco contrário foram incendiados pneus, numa tentativa de tapar a visibilidade dos snipers. Os manifestantes atiraram também pedras aos militares israelitas.
“Mensagem muito importante”
A mobilização de sábado – o exército israelita refere cerca de 40 mil manifestantes – endereçou, de acordo com o Hamas, uma “mensagem muito importante” a Israel e à comunidade internacional.Os israelitas vão ser chamados a votar em eleições legislativas a 9 de abril.
“Milhares e milhares de pessoas [concentram-se] pacificamente para fazer ouvir as suas vozes contra os atos de agressão e o cerco”, afirmou Bassem Naim, um dirigente do movimento islamita ouvido pela France Presse.
O Estado hebraico e o Hamas protagonizaram já três grandes conflitos desde 2007 na Faixa de Gaza, uma porção de território garroteada.
Quer o Governo israelita quer a liderança do movimento palestiniano vivem atualmente sob pressão. Esta última tem enfrentado, por vezes com mão de ferro, a contestação interna pelo quadro de penúria económica. Por sua vez, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, tem sido acusado de fraqueza na resposta ao Hamas. É neste contexto exigente que a crónica mediação egípcia procura estabelecer uma trégua prolongada.
Apesar dos confrontos da noite, Israel abriu já este domingo os pontos de passagem para a Faixa de Gaza. Os postos de Erez, para pessoas, e de Kerem Shalom, para mercadorias, haviam sido encerrados há seis dias, depois de um rocket palestiniano ter atingido uma casa em território israelita, causando sete feridos.
c/ agências
Os rockets lançados a partir do enclave governado pelo Hamas – há 12 anos debaixo de um bloqueio do Estado hebraico – acionaram os alarmes em Eshkol e levaram a população local a procurar os abrigos daquela região.
Dezenas de milhares de palestinianos de Gaza, empunhando bandeiras, concentraram-se no sábado junto à fronteira israelita. Pelo menos quatro manifestantes foram ali abatidos a tiro por operacionais do exército de Israel – três adolescentes de 17 anos e um jovem de 20.
O número de feridos ultrapassa as três centenas. Sessenta e quatro foram atingidos por munições reais, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.
Convocados a partir dos altifalantes de mesquitas, estes protestos visaram assinalar o primeiro ano desde a denominada Grande Marcha do Retorno – o movimento de contestação, que teve início a 30 de março do ano passado, reclama o direito de regresso a território do qual os palestinianos saíram ou foram expulsos em 1948, no advento do Estado de Israel.
No último ano morreram pelo menos 258 palestinianos atingidos por disparos israelitas, a maior parte no decurso de manifestações semanais perto da barreira de segurança; morreram dois soldados israelitas.
O Tsahal destacou no sábado milhares de soldados e dezenas de atiradores de elite para a linha de fronteira com a Faixa de Gaza, apoiados por peças de artilharia e blindados. No flanco contrário foram incendiados pneus, numa tentativa de tapar a visibilidade dos snipers. Os manifestantes atiraram também pedras aos militares israelitas.
“Mensagem muito importante”
A mobilização de sábado – o exército israelita refere cerca de 40 mil manifestantes – endereçou, de acordo com o Hamas, uma “mensagem muito importante” a Israel e à comunidade internacional.Os israelitas vão ser chamados a votar em eleições legislativas a 9 de abril.
“Milhares e milhares de pessoas [concentram-se] pacificamente para fazer ouvir as suas vozes contra os atos de agressão e o cerco”, afirmou Bassem Naim, um dirigente do movimento islamita ouvido pela France Presse.
O Estado hebraico e o Hamas protagonizaram já três grandes conflitos desde 2007 na Faixa de Gaza, uma porção de território garroteada.
Quer o Governo israelita quer a liderança do movimento palestiniano vivem atualmente sob pressão. Esta última tem enfrentado, por vezes com mão de ferro, a contestação interna pelo quadro de penúria económica. Por sua vez, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, tem sido acusado de fraqueza na resposta ao Hamas. É neste contexto exigente que a crónica mediação egípcia procura estabelecer uma trégua prolongada.
Apesar dos confrontos da noite, Israel abriu já este domingo os pontos de passagem para a Faixa de Gaza. Os postos de Erez, para pessoas, e de Kerem Shalom, para mercadorias, haviam sido encerrados há seis dias, depois de um rocket palestiniano ter atingido uma casa em território israelita, causando sete feridos.
c/ agências