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Temer substitui Dilma na Presidência do Brasil com apelo à pacificação
Michel Temer já deu posse ao elenco governativo que o vai acompanhar enquanto durar o processo de impeachment de Dilma Rousseff. O novo Executivo tem 23 ministros, subtraindo nove ao anterior número de pastas. O agora Presidente em exercício propõe-se repor "a credibilidade" do país.
O vice-presidente foi notificado do afastamento de Dilma Rousseff por volta das 11h30 (15h30 em Lisboa) e tornou-se oficialmente Presidente interino.
Temer criou o Ministério da Fiscalização, Transparência e Controle, terminando com a Controladoria-Geral da União. O líder do Partido do Movimento Democrático Brasileiro decidiu também recuperar o Gabinete de Segurança Institucional, com uma categoria semelhante a um Ministério.
O slogan do novo elenco é “Governo Federal: Ordem e Progresso”, que substitui o lema do Executivo de Dilma Rousseff, “Brasil: Pátria Educadora”.
A imagem criada para o novo mote coloca uma esfera celeste com a bandeira brasileira e a frase “Ordem e Progresso” e, ao fundo, em branco, a palavra “Brasil” e a expressão “Governo Federal”.
Temer discursa e empossa ministros
O líder do PMDB fez entretanto o primeiro discurso oficial desde que foi notificado e empossado como Presidente interino: “É urgente pacificar a nação e unificar o país”.
Num estranho exercício de retórica, Temer clamou perante as câmaras de televisão: “Faço questão - e espero que sirva de exemplo - de declarar meu absoluto respeito institucional à senhora Presidente Dilma Rousseff. Não discuto aqui as razões pelas quais foi afastada, quero apenas sublinhar a importância do respeito às instituições e a observância da liturgia e o trato nas questões institucionais, é uma coisa que temos que recuperar em nosso país”.
“Nós não somos donos do poder, somos exercentes do poder. O poder, está na Constituição, é do povo”.
Michel Temer apontou como “maior desafio [do Brasil] estancar o processo de queda livre na atividade económica que leva a desemprego e perda de bem-estar da população”.
Os apelos do novo Presidente foram também no sentido de "restabelecer a credibilidade” do Brasil.
“O nosso lema é ordem e progresso. A expressão da nossa bandeira não poderia ser mais atual, como se hoje tivesse sido redigida”, declarou o Presidente brasileiro.
Acrescentaria logo após que “o que queremos fazer agora com o Brasil é um ato religioso, é um ato de religação de toda a sociedade brasileira com os valores fundamentais de nosso país. Por isso que eu peço a Deus que abençoe a todos nós”.
Os homens do Presidente
O novo elenco governativo brasileiro passa a ter 23 ministérios, tutelados pelos seguintes governantes:
A primeira experiência política de Michel Temer foi entre 1963 e 1966, quando foi chefe de gabinete do então secretário da Educação do Estado de São Paulo.
Em 1983, depois de se filiar no PMDB, Temer é convidado para ser procurador-geral do Estado de São Paulo.
Um ano depois é nomeado secretário de Segurança Pública de São Paulo, cargo que ocupa por dois mandatos de um ano.
Daniel Pessoa e Costa, Helena Cruz Lopes, Carlos Valente - RTP
Em 1986 abandona o cargo de Executivo para concorrer a deputado federal. Recebeu 43 mil votos e ficou como suplente. No entanto, em março de 1987, assume o cargo. Desde então, Temer foi eleito para ocupar o cargo por cinco vezes consecutivas. Entre 1987 e 1988 participa como deputado na Assembleia Constituinte.
Temer foi eleito presidente da Câmara dos Deputados em três ocasiões. Entre 1997 a 2001 e de 2009 a 2010. Em 1999 rejeitou pedidos de abertura de processo de impeachment de Fernando Henrique Cardoso.
Em 2001 é eleito presidente do PMBD e, desde então, tem sido reeleito por aclamação.
Após receber o convite de Dilma Rousseff, em 2011, Temer foi nomeado vice-presidente. Cargo que ocupou até esta quinta-feira.
Temer criou o Ministério da Fiscalização, Transparência e Controle, terminando com a Controladoria-Geral da União. O líder do Partido do Movimento Democrático Brasileiro decidiu também recuperar o Gabinete de Segurança Institucional, com uma categoria semelhante a um Ministério.
O slogan do novo elenco é “Governo Federal: Ordem e Progresso”, que substitui o lema do Executivo de Dilma Rousseff, “Brasil: Pátria Educadora”.
A imagem criada para o novo mote coloca uma esfera celeste com a bandeira brasileira e a frase “Ordem e Progresso” e, ao fundo, em branco, a palavra “Brasil” e a expressão “Governo Federal”.
Temer discursa e empossa ministros
O líder do PMDB fez entretanto o primeiro discurso oficial desde que foi notificado e empossado como Presidente interino: “É urgente pacificar a nação e unificar o país”.
Num estranho exercício de retórica, Temer clamou perante as câmaras de televisão: “Faço questão - e espero que sirva de exemplo - de declarar meu absoluto respeito institucional à senhora Presidente Dilma Rousseff. Não discuto aqui as razões pelas quais foi afastada, quero apenas sublinhar a importância do respeito às instituições e a observância da liturgia e o trato nas questões institucionais, é uma coisa que temos que recuperar em nosso país”.
“Nós não somos donos do poder, somos exercentes do poder. O poder, está na Constituição, é do povo”.
Michel Temer apontou como “maior desafio [do Brasil] estancar o processo de queda livre na atividade económica que leva a desemprego e perda de bem-estar da população”.
Os apelos do novo Presidente foram também no sentido de "restabelecer a credibilidade” do Brasil.
“O nosso lema é ordem e progresso. A expressão da nossa bandeira não poderia ser mais atual, como se hoje tivesse sido redigida”, declarou o Presidente brasileiro.
Acrescentaria logo após que “o que queremos fazer agora com o Brasil é um ato religioso, é um ato de religação de toda a sociedade brasileira com os valores fundamentais de nosso país. Por isso que eu peço a Deus que abençoe a todos nós”.
Os homens do Presidente
O novo elenco governativo brasileiro passa a ter 23 ministérios, tutelados pelos seguintes governantes:
- Ministro da Ciência, Tecnologia e Comunicações: Gilberto Kassab
- Ministro da Defesa: Raul Jungmann
- Ministro do Planeamento, Desenvolvimento e Gestão: Romero Jucá
- Ministro-chefe da Secretaria do Governo: Geddel Vieira Lima
- Ministro-Chefe do Gabinete de Segurança Institucional: Sérgio Etchegoyen
- Ministro das Cidades: Bruno Araújo
- Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento: Blairo Maggi
- Ministro da Fazenda: Henrique Meirelles
- Ministro da Educação e Cultura: Mendonça Filho
- Ministro-chefe da Casa Civil: Eliseu Padilha
- Ministro do Desenvolvimento e Setor Agrário: Osmar Terra
- Ministro do Desporto: Leonardo Picciani
- Ministro da Saúde: Ricardo Barros
- Ministro do Meio Ambiente: José Sarney Filho
- Ministro do Turismo: Henrique Alves
- Ministro das Relações Exteriores: José Serra
- Ministro do Trabalho: Ronaldo Nogueira de Oliveira
- Ministro da Justiça e Cidadania: Alexandre Moraes
- Ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil: Mauricio Quintella
- Ministro da Fiscalização, Transparência e Controle: Fabiano Augusto Martins Silveira
- Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio: Marcos Pereira
- Ministro da Integração Nacional: Helder Barbalho
- Ministro das Minas e Energia: Fernando Coelho
A primeira experiência política de Michel Temer foi entre 1963 e 1966, quando foi chefe de gabinete do então secretário da Educação do Estado de São Paulo.
Em 1983, depois de se filiar no PMDB, Temer é convidado para ser procurador-geral do Estado de São Paulo.
Um ano depois é nomeado secretário de Segurança Pública de São Paulo, cargo que ocupa por dois mandatos de um ano.
Daniel Pessoa e Costa, Helena Cruz Lopes, Carlos Valente - RTP
Em 1986 abandona o cargo de Executivo para concorrer a deputado federal. Recebeu 43 mil votos e ficou como suplente. No entanto, em março de 1987, assume o cargo. Desde então, Temer foi eleito para ocupar o cargo por cinco vezes consecutivas. Entre 1987 e 1988 participa como deputado na Assembleia Constituinte.
Temer foi eleito presidente da Câmara dos Deputados em três ocasiões. Entre 1997 a 2001 e de 2009 a 2010. Em 1999 rejeitou pedidos de abertura de processo de impeachment de Fernando Henrique Cardoso.
Em 2001 é eleito presidente do PMBD e, desde então, tem sido reeleito por aclamação.
Após receber o convite de Dilma Rousseff, em 2011, Temer foi nomeado vice-presidente. Cargo que ocupou até esta quinta-feira.