TikTok está a restaurar acesso a serviços nos EUA após garantias de Trump
O TikTok anunciou este domingo que está a restaurar os seus serviços nos EUA depois de o presidente eleito, Donald Trump, ter avançado que iria emitir uma ordem executiva na segunda-feira para reativar a rede social.
O grupo agradece a Donald Trump por "fornecer a clareza e a garantia necessárias aos nossos prestadores de serviço de que eles não enfrentarão penalizações por disponibilizarem o TikTok a mais de 170 milhões de americanos e permitir que mais de sete milhões de pequenas empresas prosperem".
A declaração foi feita depois de vários utilizadores norte-americanos terem relatado que conseguiram voltar a ter acesso ao site do TikTok. Alguns utilizadores também já conseguiram voltar a entrar na aplicação.
O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, anunciou este domingo que tenciona emitir uma ordem executiva quando tomar posse, na segunda-feira, para suspender a lei que proíbe o uso do TikTok nos EUA. Em contrapartida, Trump exige que 50% da rede social seja controlada por acionistas americanos.
Trump encorajou mesmo os fornecedores de Internet e as lojas de aplicações a restabelecerem imediatamente o acesso ao TikTok, prometendo que o seu decreto os protegeria retroativamente de quaisquer sanções.
A lei aprovada no Congresso em 2024 entrou em vigor este domingo, tornando a rede social inacessível para os mais de 170 milhões de utilizadores nos Estados Unido.
A lei prevê multas muito pesadas para estes prestadores de serviços técnicos, que podem ir até 5.000 dólares por utilizador para as lojas de aplicações.
Trump prometeu reativar TikTok na segunda-feiraNuma mensagem publicada na sua rede social, Truth Social, Trump disse que vai “alargar o período de tempo antes que as proibições da lei entrem em vigor, para que possamos fazer um acordo para proteger a nossa segurança nacional".
O presidente eleito dos EUA propõe que os EUA possam assumir uma “posição de propriedade de 50%” do TikTok como parte de uma “sociedade conjunta”.
"Ao fazer isso, salvamos o TikTok, mantemo-lo em boas mãos e permitimos que continue ativo", acrescentou.Trump já tinha revelado anteriormente que adiaria a suspensão da rede social por 90 dias enquanto se procura um comprador.
De acordo com a lei, a aplicação tinha até este domingo para se desvincular da empresa mãe ByteDance, sob alegada ameaça à segurança dos dados dos utilizadores norte-americanos. No entanto, a empresa controladora chinesa recusou, até ao momento, vender o TikTok.
O Supremo Tribunal deu luz verde à lei na passada sexta-feira, mas a Casa Branca anunciou que o atual Executivo não faria cumprir a lei, deixando a decisão para o presidente eleito, Donald Trump, que toma posse na segunda-feira. No entanto, de acordo com a administração do presidente cessante, Joe Biden, a TikTok tomou a decisão de suspender a rede social nos EUA às 00h01 deste domingo por iniciativa própria.
A incerteza sobre o futuro da aplicação fez com que muitos utilizadores procurassem alternativas e migrassem para outras redes sociais, em especial para a Red Note, ou a Xiaohongshu, que também é uma rede social chinesa.
Mesmo que Trump decida reverter a medida, a entrada em vigor desta lei marca a primeira vez na história que os Estados Unidos da América proíbem uma rede social a nível nacional. A suspensão, mesmo que temporária, deverá ter um impacto abrangente nas relações entre os EUA e a China, na política dos EUA, no mercado de redes sociais e em milhões de americanos que dependem da aplicação, económica e culturalmente.