Troca de culpas. Netanyahu acusa Macron de apoiar "organização terrorista"
O presidente francês considerou, na terça-feira, que o bloqueio de ajuda humanitária a Gaza pelo primeiro-ministro israelita era "inaceitável" e "uma vergonha". Em retaliação pelas críticas ao Governo israelita, Benjamin Netanyahu acusou Emmanuel Macron de estar a apoiar uma "organização terrorista".
"Macron escolheu mais uma vez ficar do lado de uma organização terrorista islâmica assassina e divulgar propaganda hedionda, acusando Israel de cometer crimes", afirmou Netanyahu em um comunicado.
Numa entrevista ao canal francês TF1, na terça-feira, o presidente francês afirmou que "o que o Governo de Benjamin Netanyahu está fazer hoje [em Gaza] é inaceitável" e "uma vergonha".
"Esta é uma tragédia humanitária inaceitável", insistiu, acrescentando que “não cabe a um presidente dizer que é um genocídio, mas sim aos historiadores”.
Emmanuel Macron defendeu, nas mesmas declarações, que o trabalho de Netanyahu “era fazer tudo o que fosse possível para impedir” uma tragédia humanitária. Contudo, “não há água, não há medicamentos, não se consegue retirar os feridos”.
Questionado sobre possíveis sanções contra Israel, Macron afirmou que a questão da revisão dos “acordos de cooperação” entre a União Europeia e Telavive está “em aberto”, incluindo a ausência de direitos aduaneiros sobre determinados produtos.
“Não podemos fingir que nada está a acontecer”, afirmou Macron, referindo-se à ofensiva militar israelita em Gaza.
Entretanto, também o ministro israelita da Defesa, Israel Katz, criticou os comentários do chefe de Estado francês.
"Lembramo-nos muito bem do que aconteceu com os judeus em França quando não conseguiram defender-se. O presidente Macron não tem lições de moral para nos dar", disse Katz, citado num comunicado do Ministério.
Numa entrevista ao canal francês TF1, na terça-feira, o presidente francês afirmou que "o que o Governo de Benjamin Netanyahu está fazer hoje [em Gaza] é inaceitável" e "uma vergonha".
"Esta é uma tragédia humanitária inaceitável", insistiu, acrescentando que “não cabe a um presidente dizer que é um genocídio, mas sim aos historiadores”.
Emmanuel Macron defendeu, nas mesmas declarações, que o trabalho de Netanyahu “era fazer tudo o que fosse possível para impedir” uma tragédia humanitária. Contudo, “não há água, não há medicamentos, não se consegue retirar os feridos”.
Questionado sobre possíveis sanções contra Israel, Macron afirmou que a questão da revisão dos “acordos de cooperação” entre a União Europeia e Telavive está “em aberto”, incluindo a ausência de direitos aduaneiros sobre determinados produtos.
“Não podemos fingir que nada está a acontecer”, afirmou Macron, referindo-se à ofensiva militar israelita em Gaza.
Entretanto, também o ministro israelita da Defesa, Israel Katz, criticou os comentários do chefe de Estado francês.
"Lembramo-nos muito bem do que aconteceu com os judeus em França quando não conseguiram defender-se. O presidente Macron não tem lições de moral para nos dar", disse Katz, citado num comunicado do Ministério.
O exército israelita, continuou, "age com moralidade inigualável em circunstâncias difíceis e complexas — muito mais do que a França fez nas próprias guerras no passado".
C/agências