Mundo
Guerra no Médio Oriente
Trump a caminho de Israel. "A guerra acabou. Perceberam?"
O presidente norte-americano descolou esta noite a caminho de Israel e do Egito, onde deverá falar segunda-feira perante o Knesset, reunir-se com reféns e familiares israelitas, assinar o acordo de paz que ele próprio conseguiu e presidir a uma cimeira internacional sobre a paz e o futuro de Gaza.
Um dos primeiros momentos da visita será a libertação dos 48 reféns (vivos e mortos) ainda retidos pelo Hamas.
"Será um momento muito especial", declarou Trump aos repórteres antes de embarcar no Air Force One, o avião presidencial dos EUA, na base Andrews.
"Toda a gente está impaciente por viver esse momento", acrescentou Trump. A libertação está prevista para "muito cedo", de madrugada, de acordo com Israel.
Trump afirmou também que a guerra em Gaza "acabou". "A guerra acabou. Certo? Perceberam?", disse o presidente norte-americano aos jornalistas em resposta a uma pergunta sobre o conflito entre Israel e o Hamas.
O presidente dos EUA mostrou-se ainda confiante que o 'Conselho da Paz' previsto no seu plano será criado rapidamente para Gaza. "Foram dadas muitas garantias verbais, nas quais acredito", explicou.O Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, o Secretário da Defesa, Pete Hegseth, o chefe da CIA, John Ratcliffe, e o oficial superior do Exército dos EUA, Dan Caine, viajam com Trump no avião presidencial.
Donald Trump, cujo nome foi gritado pela multidão em Israel no sábado, garantiu que a primeira fase do acordo de paz em Gaza, anunciada na semana passada, foi aplaudida tanto em Israel como nos países muçulmanos e árabes.
"Todos estão a aplaudir ao mesmo tempo, isto é sem precedentes. Normalmente, se uma pessoa aplaude, a outra não", disse. "Esta é a primeira vez que todos estão maravilhados e encantados, e é uma honra fazer parte dela", acrescentou.
Donald Trump, cujo nome foi gritado pela multidão em Israel no sábado, garantiu que a primeira fase do acordo de paz em Gaza, anunciada na semana passada, foi aplaudida tanto em Israel como nos países muçulmanos e árabes.
"Todos estão a aplaudir ao mesmo tempo, isto é sem precedentes. Normalmente, se uma pessoa aplaude, a outra não", disse. "Esta é a primeira vez que todos estão maravilhados e encantados, e é uma honra fazer parte dela", acrescentou.
Trump mostrou convicto de que "vai correr tudo bem em Gaza" admitindo que a libertação dos reféns poderá ocorrer mais cedo do que o inicialmente previsto. Deixou ainda elogios ao Catar, "a quem deve ser dado crédito", e ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.
"Tenho uma boa relação com ele e ele fez um bom trabalho", disse, referindo-se a Netanyahu.
Cimeira da paz
A primeira fase do cessar-fogo entre o Hamas e Israel tem-se mantido desde sexta-feira, apesar
de alguns combates entre o Hamas e grupos e clãs palestinianos que se lhe opõem. Nos termos do acordo de Trump e aceite por Israel e pelo Hamas, devem ser entregues a Israel até
segunda-feira, às 09:00 TMG (10:00 em Lisboa) de segunda-feira, os 48 reféns ou corpos de
reféns ainda detidos na Faixa de Gaza, dos quais se crê que 20 estão
vivos.
Em troca dos reféns, Israel comprometeu-se a libertar 250 palestinianos detidos por "razões de segurança", incluindo vários condenados por atentados mortais anti-israelitas, bem como 1.700 palestinianos detidos em Gaza desde o início da guerra.
Em troca dos reféns, Israel comprometeu-se a libertar 250 palestinianos detidos por "razões de segurança", incluindo vários condenados por atentados mortais anti-israelitas, bem como 1.700 palestinianos detidos em Gaza desde o início da guerra.
A tarde de segunda-feira será marcada pela cimeira internacional, marcada para Sharm-el-Sheik, no Egito. Dezenas de chefe de Estado e de Governo, árabes, islâmicos, europeus e asiáticos, já confirmaram a sua presença.
O Irão referiu que tinha sido convidado mas, até domingo, ainda não tinha respondido. Israel e Hamas anunciaram que não irão a Sharm-el-Sheik, mas os interesses palestinianos serão representados pelo presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas. A Autoridade Palestiniana, que governa a Cisjordânia, prometeu colaborar nas negociações de paz.
A cimeira de paz será copresidida pelos presidentes egípcio, Abdel Fattah al-Sissi, e norte-americano, Donald Trump.
Estes desenvolvimentos seguem-se ao acordo de cessar-fogo que entrou em vigor na sexta-feira, baseado no plano de 20 pontos apresentado pelo Presidente norte-americano, com o objetivo de pôr fim à guerra desencadeada em 07 de outubro de 2023 pelo ataque do Hamas que visou o sul do território israelita.
Apesar do cessar-fogo estar a manter-se, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, avisou este domingo que o país tem pela frente "grandes desafios" em matéria de segurança, referindo q«que "a luta ainda não terminou".
com agências