Trump emite perdões presidenciais para dois polícias condenados por morte de homem negro
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, emitiu na quarta-feira perdões presidenciais para dois polícias que foram condenados pela morte de um jovem negro de 20 anos em Washington, em 2020. A informação foi avançada pela Casa Branca.
Essa colisão “causou a morte de Karon Hylton-Brown, 20 anos, na zona noroeste de Washington DC”, determinou o Departamento de Justiça dos EUA no ano passado. Os dois agentes permaneciam, no entanto, em liberdade enquanto aguardavam o resultado dos recursos que submeteram.
Segundo o Departamento de Polícia Metropolitana, o agente Sutton, com cerca de 40 anos, e o agente Zabavsky, na casa dos 50, estavam em “suspensão indefinida sem remuneração” enquanto se aguardava pelo desfecho do processo administrativo.
Terence Sutton foi unanimemente considerado culpado por um júri federal no final de 2022, após um julgamento de nove semanas, de assassinato em segundo grau, conspiração para obstruir e obstrução da justiça.
O mesmo júri considerou Zabavsky culpado de conspiração para obstruir e obstrução da justiça.
Mãe de jovem assassinado em choque com perdões
A Justiça concluiu que que Sutton causou a morte de Hylton-Brown ao conduzir um veículo da polícia em "desrespeito consciente" por um risco extremo de morte ou de lesões corporais graves para Hylton-Brown.O tribunal considerou também que Sutton e Zabavsky conspiraram para ocultar às autoridades as circunstâncias do acidente de viação que provocou a morte do jovem.
O Sindicato da Polícia de Washington DC tinha pedido perdões presidenciais para os dois agentes.
Em comunicado, o advogado de Sutton, elogiou a decisão de Trump acerca do perdão presidencial. “Estávamos confiantes de que a Justiça teria revertido esta condenação, mas estamos entusiasmados com o facto de o presidente Trump ter encerrado o assunto de uma vez por todas”, vincou.
À CNN, a mãe de Hylton-Brown, Karen Hylton, disse ter ficado chocada quando soube dos que seriam emitidos perdões.
O incidente ocorreu meses depois do assassinato de George Floyd, um homem negro que perdeu a vida depois de um agente da polícia de Minneapolis se ter ajoelhado sobre o seu pescoço durante vários minutos.
Essa morte deu origem a protestos contra a brutalidade policial e a desigualdade racial nos Estados Unidos e em todo o mundo, reavivando o lema “Black Lifes Matter”.
c/ agências