Trump pondera estar em Jerusalém para mudança da embaixada dos EUA

por RTP
Kevin Lamarque - Reuters

O presidente norte-americano recebeu esta segunda-feira na Casa Branca Benjamin Netanyahu. O primeiro-ministro de Israel convidou Donald Trump para estar presente na inauguração da embaixada dos EUA em Jerusalém. Trump admitiu a possibilidade de ser o convidado de honra da cerimónia.

Trump disse a Netanyahu que estará na cerimónia, "se puder". "Estamos a pensar nisso. Se puder, vou", disse.

Caso aconteça a 14 de maio, como já foi anunciado, a inauguração das instalações temporárias da nova embaixada coincidirá com o 70º aniversário da criação do Estado de Israel. A concretizar-se a presença de Donald Trump aquando da transferência da embaixada, seria a segunda visita a Jerusalém enquanto presidente.

O presidente dos Estados Unidos reiterou que a sua decisão quanto à mudança da embaixada "foi apreciada em grande parte do mundo".

O presidente dos EUA anunciou em dezembro que os Estados Unidos reconheciam Jerusalém como a capital de Israel e anunciou a intenção de transferir a embaixada norte-americana de Telavive.

A transferência da embaixada dos EUA para Jerusalém foi condenada por grande parte da comunidade internacional e pelo Mundo Árabe, que acusam Trump de votar ao insucesso qualquer futura iniciativa de paz no conflito israelo-palestiniano.

Na sequência dessa decisão, os palestinianos descartaram os EUA como mediador de um eventual processo de paz, afirmando que não se sentarão à mesa com Israel se o "árbitro" for o Presidente norte-americano.

No entanto, Trump disse esta segunda-feira que acredita que os palestinianos "querem voltar à mesa de negociações".
Neste encontro com Benjamin Netanyahu, o presidente norte-americano afiançou que a relação entre os Estados Unidos e Israel "nunca foi tão boa".

Na agenda esteve ainda o acordo nuclear sobre o Irão. “Se eu tiver de dizer qual o maior desafio do Médio Oriente ou dos nossos dois países, dos vizinhos Árabes, isso está sintetizado numa palavra: Irão”, garantiu Netanyahu. O Irão tem de ser travado. Este é o nosso desafio comum”.

Donald Trump tem ameaçado sair do acordo nuclear se os aliados europeus ajudarem a “emendar” o acordo com uma espécie de acordo posterior que vá de encontro às preocupações norte-americanas.


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