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UE aprova tratamento da Roche contra o cancro da mama
A farmacêutica suíça Roche anunciou esta quarta-feira que obteve luz verde da União Europeia (UE) para um novo tratamento contra o cancro da mama em estado avançado, assim como a marcação CE de conformidade europeia para um novo teste de diagnóstico da doença de Alzheimer.
Após ter sido aprovado em outubro nos Estados Unidos, a Comissão Europeia aprovou esta quarta-feira o inavolisibe, comercializado sob o nome de Itovebi, em combinação com palbociclib e fulvestrant, para uma forma avançada ou metastática de cancro da mama.
De acordo com a Roche, sediada em Basileia, a autorização foi concedida com base num estudo clínico em fase III publicado no New England Journal of Medicine que demonstrou uma redução de 57 por cento no risco de agravamento da doença ou de morte. Em comunicado, a farmacêutica suíça explica que este tratamento se destina a um subtipo muito comum da doença.
"O Itovebi é o primeiro tratamento do seu género a melhorar os resultados de sobrevivência para pessoas que vivem com cancro da mama avançado com mutação (do gene) PIK3CA e ER (recetor hormonal) positivo", declara Levi Garraway, médico e diretor de Desenvolvimento Global de Produtos da Roche."O tratamento baseado em Itovebi pode ajudar a
responder a uma importante necessidade não satisfeita das pessoas com
este subtipo de cancro da mama", explica.
Em Portugal, o cancro da mama afeta uma em cada oito mulheres. De acordo com a Liga Portuguesa contra o Cancro, são diagnosticados nove mil novos casos por ano e contabilizadas duas mil mortes.
Um teste para diagnosticar Alzheimer a caminho
Noutro comunicado, divulgado esta quarta-feira, a Roche também anunciou que Bruxelas aprovou a marcação CE de conformidade europeia para um teste minimamente invasivo de diagnóstico da doença de Alzheimer, chamado "Elecsys pTau 181".
Este teste, desenvolvido em colaboração com a Eli Lilly and Company, consiste numa análise de sangue concebida para identificar um dos biomarcadores da doença e permitir aos médicos descartar a possibilidade de Alzheimer quando os pacientes apresentam sintomas de declínio cognitivo.
"Com o Elecsys pTau181, os médicos podem dar aos pacientes e seus
cuidadores a clareza de que precisam para determinar a causa do declínio
cognitivo. Ao permitir um diagnóstico mais precoce e menos invasivo,
este teste tem o potencial de melhorar os resultados dos pacientes e
reduzir os custos para os sistemas de saúde em todo o mundo", afirma Matt Sause, CEO da Roche Diagnostics, em comunicado.
De acordo com a Roche, persistem as barreiras ao diagnóstico precoce e preciso da doença de Alzheimer em todo o mundo, uma patologia que consideram que está a sobrecarregar a sociedade e os sistemas de saúde à medida que a população mundial envelhece.
"Até 75% das pessoas que vivem com sintomas não são diagnosticadas, e aquelas que receberam um diagnóstico esperaram em média quase três anos após o início dos sintomas", esclarece.