UE saúda libertação de presos políticos na Bielorrússia

A União Europeia saudou a libertação, no sábado, de 123 "presos políticos" na Bielorrússia, após um perdão do Presidente Alexander Lukashenko, incluindo o Nobel da Paz 2022 Ales Bialiatski, e apelou à libertação de outros "injustamente detidos".

Lusa /

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, aplaudiu "a libertação de presos políticos na Bielorrússia, incluindo Ales Bialiatski, Maria Kolesnikova e cidadãos da UE", através de uma mensagem nas redes sociais.

"Este facto deve reforçar a nossa determinação. A determinação de continuar a lutar por todos os prisioneiros que permanecem presos na Bielorrússia, porque tiveram coragem de dizer a verdade ao poder", defendeu a líder do executivo comunitário.

Von der Leyen afirmou que "a luta pelos direitos humanos e pela justiça na Bielorrússia deve continuar, até que as aspirações democráticas do povo bielorrusso sejam realizadas".

Por sua vez, a alta representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Kaja Kallas, elogiou a intervenção da administração norte-americana de Donald Trump: "o mérito vai para os Estados Unidos por terem tornado isto possível", escreveu, nas redes sociais.

A chefe da diplomacia europeia apelou também à libertação de "todos os que permanecem injustamente detidos."

Já a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, disse que os eurodeputados continuarão a "pressionar para que todos os prisioneiros políticos na Bielorrússia sejam libertados, incluindo o jornalista Andrzej Poczobut, a quem iremos homenagear com o Prémio Sakharov em Estrasburgo na terça-feira".

A Ucrânia confirmou no sábado que, das 123 pessoas perdoadas pelo Presidente bielorrusso Alexander Lukashenko, incluindo prisioneiros políticos, 114 serão recebidas no país, incluindo os principais líderes da oposição que foram presos, Maria Kolesnikova e Viktor Babariko.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, convenceu o autoritário líder bielorrusso a perdoar os prisioneiros em troca do levantamento de mais um pacote de sanções contra Minsk, considerada a última ditadura da Europa e o principal aliado da Rússia na guerra com a Ucrânia.

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