Um ano de guerra. Zelensky garante que Ucrânia fará "tudo para conseguir a vitória"

A assinalar, esta sexta-feira, um ano da invasão da Rússia, o presidente ucraniano descreveu os últimos 12 meses como "um ano de dor, tristeza, fé e união". Numa mensagem dirigida aos ucranianos, Volodymyr Zelensky assegurou que a Ucrânia não vai parar até que os militares russos sejam responsabilizados pelos crimes de guerra.

Inês Moreira Santos - RTP /
Reuters

Através das redes sociais, Zelensky recordou que, no dia 24 de fevereiro de 2022, milhões de ucranianos “fizeram uma escolha”.

“Não uma bandeira branca, mas uma bandeira azul e amarela. Não fugindo, mas enfrentando. Enfrentando o inimigo. Resistência e luta”, lê-se na publicação.

Nas palavras do presidente ucraniano “foi um ano de dor, tristeza, fé e união”.

“E este é o ano da nossa invencibilidade. Sabemos que esse será o ano da nossa vitória”.



Com o mesmo mote de que este será o ano da vitória da Ucrânia, o chefe de Estado dirigiu-se ao país em declaração oficial.

“Somos fortes. Estamos prontos para tudo. Nós vamos derrotar todos. Porque nós somos a Ucrânia”, começou Zelensky, no discurso oficial.

Desde a manhã de 24 de fevereiro do ano passado, a fé dos ucranianos “fortaleceu-se” e suportaram “o primeiro dia de uma guerra em grande escala”.
“Não sabíamos o que aconteceria amanhã, mas percebemos com certeza: vale a pena lutar por cada amanhã”.
E recordando quem tem defendido a Ucrânia, Zelensky agradeceu "a todos os que tornam possível a nossa resistência", às Forças Armadas da Ucrânia, às forças terrestres, aéreas e navais.

"Graças a vocês, a Ucrânia está de pé".
Cidades atacadas são "capitais da invencibilidade"
No discurso, o presidente da Ucrânia destacou as cidades de Bucha, Irpin, Kherson e Mariupol como alvos das "atrocidades" russas e como "símbolos da ocupação" ou de "resistência".

"São as capitais da invencibilidade", disse Volodymyr Zelensky. "O mundo viu aquilo que a Ucrânia é capaz. São os novos heróis: os defensores de Kiev, os defensores de Azovstal (Marioupol). Kharkiv, Tcherniguiv, Marioupol, Kherson, Mykolaiv, Gostomel, Volnovakha, Boutcha, Irpin, Okhtyrka. Cidades dos heróis. Capitais da invencibilidade".

O primeiro mês da guerra foi "o primeiro ponto de viragem na guerra" e as primeiras mudanças na percepção do mundo sobre a Ucrânia" que "não caiu em três dias".

"Sofremos novos golpes todos os dias, aprendemos sobre novas tragédias todos os dias, mas resistimos graças àqueles que deram tudo de si todos os dias. Pelo bem dos outros".

E depois, continuou Zelensky, "houve as primeiras ofensivas, as primeiras conquistas, os primeiros territórios libertados".
"A Ucrânia surpreendeu o mundo. A Ucrânia inspirou o mundo. A Ucrânia uniu o mundo".
Dirigindo-se à comunidade internacional, o chefe de Estado ucraniano agradeceu a todos os "parceiros, aliados e amigos" que estiveram ao lado da Ucrânia ao longo do ano.

"Fico feliz que a coaligação internacional anti-Putin tenha crescido tanto", declarou ainda.

Esta guerra, como salientou, "mudou o destino de muitas famílias" e todos os ucranianos "perderam alguém no ano passado". Algo que Zelensky deixou claro que nunca será perdoado e, por isso, a Ucrânia só vai parar quando os "assassinos russos forem punidos".

"Nunca lhes vamos perdoar. Nunca descansaremos até que os assassinos russos sejam punidos. Por um tribunal internacional, por um julgamento de Deus ou pelos nossos soldados", disse Zelensky.
De volta às declarações de "invencibilidadeZelensky afirmou que Kiev pretende libertar e reconquistar todo o território ocupado pelas forças russas.

"Faremos de tudo para que a Ucrânia volte. E a todos aqueles que agora são obrigados a ficar no exterior, faremos de tudo para que voltem à Ucrânia. Faremos de tudo para que isso seja possível".


E continuou: "Vamos lutar e trazer de volta cada um dos nossos soldados cativos. Só tudo isso junto será uma vitória".

Em tom de conclusão, o presidente da Ucrânia voltou a sublinhar que o ano que passou foi de resiliência, cuidado, bravura, dor, esperança, resistência e união.

"O ano da invencibilidade. O furioso ano da invencibilidade", repetiu.

"Não fomos derrotados. E faremos de tudo para conquistar a vitória este ano!", concluiu.
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