O Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) anunciou esta segunda-feira a sua dissolução, pondo fim a mais de quatro décadas de luta armada contra o Estado turco que resultaram na morte de cerca de 40.000 pessoas.
Num comunicado citado pela agência pró-curda ANF, o PKK afirma ter cumprido a sua "missão histórica" e considera que, graças às suas armas, a questão curda chegou "a um ponto em que pode agora ser resolvida através de uma política democrática".
No 12.º congresso do partido, realizado na semana passada nas montanhas do norte do Iraque, ficou decidido "dissolver a estrutura organizativa do PKK e pôr fim à via da luta armada", respondendo assim ao apelo feito pelo seu líder histórico e fundador, Abdullah Ocalan, a 27 de fevereiro.
O partido AKP, no poder, congratulou-se com "um passo importante para o objetivo de uma Turquia livre do terrorismo". Omer Çelik, porta-voz do partido, disse ainda que "esta decisão deve ser posta em prática e implementada em todas as suas dimensões".
"Serão tomadas as medidas necessárias para garantir que o processo avance de forma sólida e fluida", acrescentou o diretor de comunicação da Presidência turca, Fahrettin Altun.
No centro de Diyarbakir, a principal cidade do sudeste turco, de maioria curda, o anúncio do PKK foi festejado com dança e música popular, de acordo com imagens da imprensa local."Não é o fim"
Na sua declaração, o PKK sublinhou que a sua dissolução "constitui uma base sólida para uma paz duradoura e uma solução democrática" e apelou ao Parlamento turco que "desempenhe o seu papel de forma responsável perante a História".
"Não é o fim, é um novo começo", declarou Duran Kalkan, membro do comité executivo do PKK, durante o congresso extraordinário do partido armado. De acordo com estimativas, a população curda representa 20 por cento dos 85 milhões de habitantes da Turquia.
A dissolução do PKK é o culminar de um processo iniciado no final do ano passado pelo principal aliado do presidente Recep Tayyip Erdogan, o nacionalista Devlet Bahçeli, que contactou Ocalan e iniciou uma mediação através do partido pró-curdo DEM.
Erdogan também já saudou o acordo, classificando-o como uma "oportunidade histórica" de paz com "os nossos irmãos curdos". Prometeu, no entanto, continuar as operações armadas contra o PKK "se as promessas não forem cumpridas".
Em declarações à agência France-Presse, a analista política Gonul Tol considerou que o principal motor deste processo "foi sempre a consolidação do poder de Erdogan", que poderá assim apresentar-se às eleições de 2028 mais forte face a uma oposição dividida.
c/ agências
No 12.º congresso do partido, realizado na semana passada nas montanhas do norte do Iraque, ficou decidido "dissolver a estrutura organizativa do PKK e pôr fim à via da luta armada", respondendo assim ao apelo feito pelo seu líder histórico e fundador, Abdullah Ocalan, a 27 de fevereiro.
O partido AKP, no poder, congratulou-se com "um passo importante para o objetivo de uma Turquia livre do terrorismo". Omer Çelik, porta-voz do partido, disse ainda que "esta decisão deve ser posta em prática e implementada em todas as suas dimensões".
"Serão tomadas as medidas necessárias para garantir que o processo avance de forma sólida e fluida", acrescentou o diretor de comunicação da Presidência turca, Fahrettin Altun.
No centro de Diyarbakir, a principal cidade do sudeste turco, de maioria curda, o anúncio do PKK foi festejado com dança e música popular, de acordo com imagens da imprensa local."Não é o fim"
Na sua declaração, o PKK sublinhou que a sua dissolução "constitui uma base sólida para uma paz duradoura e uma solução democrática" e apelou ao Parlamento turco que "desempenhe o seu papel de forma responsável perante a História".
"Não é o fim, é um novo começo", declarou Duran Kalkan, membro do comité executivo do PKK, durante o congresso extraordinário do partido armado. De acordo com estimativas, a população curda representa 20 por cento dos 85 milhões de habitantes da Turquia.
A dissolução do PKK é o culminar de um processo iniciado no final do ano passado pelo principal aliado do presidente Recep Tayyip Erdogan, o nacionalista Devlet Bahçeli, que contactou Ocalan e iniciou uma mediação através do partido pró-curdo DEM.
Erdogan também já saudou o acordo, classificando-o como uma "oportunidade histórica" de paz com "os nossos irmãos curdos". Prometeu, no entanto, continuar as operações armadas contra o PKK "se as promessas não forem cumpridas".
Em declarações à agência France-Presse, a analista política Gonul Tol considerou que o principal motor deste processo "foi sempre a consolidação do poder de Erdogan", que poderá assim apresentar-se às eleições de 2028 mais forte face a uma oposição dividida.
c/ agências