As estruturas militares iranianas voltaram a bombardear com mísseis, durante a noite de domingo para segunda-feira, várias cidades israelitas, causando pelo menos oito mortes e mais de 90 feridos.
Imagens da France-Presse captadas em Telavive mostram edifícios devastados e equipas de bombeiros à procura de sobreviventes entre os escombros. Os projéteis iranianos visaram ainda as cidades de Petah Tikva e Bnei Brak, próximas de Telavive, indica a agência noticiosa francesa.De acordo com o embaixador dos Estados Unidos em Israel, Mike Huckabee, a embaixada norte-americana em Telavive sofreu "pequenos danos". A representação diplomática vai permanecer encerrada.
A partir de Teerão, o presidente iraniano, Massoud Pezeshkian, exortou no Parlamento à unidade da população, que, nas suas palavras, deve manter-se "forte contra a agressão criminosa genocida".
Em Jerusalém, o ministro israelita da Defesa, Israel Katz, veio, por sua vez, avisar que o povo de Teerão "pagará o preço" dos ataques contra civis do Estado hebraico.
A Guarda revolucionária garante que a vaga de bombardeamentos da última madrugada permitiu "que os mísseis atingissem com êxito alvos" em solo israelita. Isto "apesar do apoio total dos Estados Unidos e das potências ocidentais" a Israel.As sirenes ecoaram durante a noite em Jerusalém, de onde saíram relatos de "fortes explosões".
Haifa, no norte de Israel, foi igualmente vista por mísseis iranianos, que ali atingiram a maior refinaria de petróleo do país, causando um incêndio.
Os mísseis israelitas visaram Teerão, onde as defesas aéreas foram também acionadas. Terão sido atingidos centros de comando da Força Qods, unidade de elite da Guarda Revolucionária. A Força Aérea do Estado hebraico atingiu ainda "dezenas" de plataformas de mísseis superfície-superfície e outras instalações militares no oeste do Irão.
A escalada do conflito, espoletada por um ataque israelita a instalações nucleares, fez já 224 mortos e feriu mais de mil pessoas no Irão. No flanco israelita, pelo menos 18 pessoas morreram e quase 400 ficaram feridas desde a passada sexta-feira.
c/ agências