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"Vamos terminar este trabalho". Biden vai recandidatar-se à Presidência dos EUA
O presidente norte-americano, Joe Biden, anunciou esta terça-feira que pretende recandidatar-se ao cargo nas eleições de 2024. O líder disse querer terminar o trabalho que começou na Casa Branca em 2021 e prometeu proteger as liberdades dos americanos dos "extremistas" associados ao ex-presidente Donald Trump, que também vai entrar na corrida eleitoral.
“Quando concorri à Presidência há quatro anos, disse que estávamos numa batalha pela alma da América. Ainda estamos”, declarou Biden no seu anúncio, divulgado num vídeo que abre com imagens do ataque ao Capitólio por parte de apoiantes de Trump, a 6 de janeiro de 2021.
“Esta não é altura de sermos complacentes. É por isso que estou a concorrer à reeleição”, vincou o presidente. “Vamos terminar este trabalho. Eu sei que conseguimos”.
Biden aproveitou ainda para descrever as “plataformas republicanas” como ameaças às liberdades dos americanos, prometeu lutar contra os esforços para limitar os cuidados de saúde das mulheres, numa referência ao acesso limitado ao aborto nos EUA, e condenou os “extremistas do MAGA” (sigla do movimento originado por Trump, “Make American Great Again”). João Ricardo de Vasconcelos, correspondente da RTP em Washington
“Por todo o país, os extremistas do MAGA estão a fazer fila para retirar essas liberdades fundamentais, cortando na Segurança Social que os cidadãos pagaram durante toda a vida, cortando os impostos dos mais ricos, ditando que decisões de saúde as mulheres podem tomar, censurando livros e dizendo às pessoas quem podem amar, ao mesmo tempo em que tornam mais difícil aos cidadãos votarem”, acusou.
Desde que assumiu o cargo, Biden conseguiu feitos como a aprovação do Congresso para milhares de milhões de dólares em fundos federais para enfrentar a pandemia de covid-19, investiu em novas infraestruturas e alcançou os níveis mais baixos de desemprego desde 1969. O mandato foi marcado, porém, pela inflação mais alta dos últimos 40 anos nos EUA.Se vencer as próximas eleições e se mantiver no cargo até ao fim desse mandato, em 2029, Biden terminará a presidência com 86 anos.
Trump já reagiu ao anúncio de recandidatura do adversário, criticando-o pelas suas posições quanto à imigração, pela inflação e pela “caótica” retirada das tropas norte-americanas do Afeganistão em 2021.
"As famílias americanas estão a ser dizimadas pela pior inflação do último meio século. Os bancos estão a falir", declarou na sua rede social, a Truth Social. "Abdicámos da nossa independência energética e rendemo-nos no Afeganistão".
Idade de Biden pode ser entrave à vitória
Joe Biden tem neste momento 80 anos e a sua idade tem sido motivo de preocupação entre os americanos, com 44% dos democratas a considerá-lo demasiado velho para concorrer, segundo uma sondagem da agência Reuters lançada na segunda-feira.
Donald Trump, também candidato, tem 76 anos. Na sondagem da Reuters, 35% dos republicanos consideraram-no demasiado velho para liderar o país.
A sondagem revelou que, no geral, os eleitores não querem nem Biden nem Trump no poder novamente. Ainda assim, acreditam que o atual presidente pode voltar a vencer o adversário.
Noutra sondagem, da Associated Press-NORC Center for Public Affairs Research, 26% dos americanos - e apenas cerca de metade dos democratas - disseram querer ver Biden a concorrer novamente. No entanto, 81% dos democratas disseram que iriam, "pelo menos provavelmente" apoiar o presidente numa eleição geral.
Já do lado dos Republicanos, além do ex-Presidente Donald Trump, encontram-se na corrida a antiga embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley, o governador do Arkansas, Asa Hutchinson, o apresentador de rádio Larry Elder e o empreendedor Vivek Ramaswamy.
c/ agências
“Esta não é altura de sermos complacentes. É por isso que estou a concorrer à reeleição”, vincou o presidente. “Vamos terminar este trabalho. Eu sei que conseguimos”.
Biden aproveitou ainda para descrever as “plataformas republicanas” como ameaças às liberdades dos americanos, prometeu lutar contra os esforços para limitar os cuidados de saúde das mulheres, numa referência ao acesso limitado ao aborto nos EUA, e condenou os “extremistas do MAGA” (sigla do movimento originado por Trump, “Make American Great Again”). João Ricardo de Vasconcelos, correspondente da RTP em Washington
“Por todo o país, os extremistas do MAGA estão a fazer fila para retirar essas liberdades fundamentais, cortando na Segurança Social que os cidadãos pagaram durante toda a vida, cortando os impostos dos mais ricos, ditando que decisões de saúde as mulheres podem tomar, censurando livros e dizendo às pessoas quem podem amar, ao mesmo tempo em que tornam mais difícil aos cidadãos votarem”, acusou.
Desde que assumiu o cargo, Biden conseguiu feitos como a aprovação do Congresso para milhares de milhões de dólares em fundos federais para enfrentar a pandemia de covid-19, investiu em novas infraestruturas e alcançou os níveis mais baixos de desemprego desde 1969. O mandato foi marcado, porém, pela inflação mais alta dos últimos 40 anos nos EUA.Se vencer as próximas eleições e se mantiver no cargo até ao fim desse mandato, em 2029, Biden terminará a presidência com 86 anos.
Trump já reagiu ao anúncio de recandidatura do adversário, criticando-o pelas suas posições quanto à imigração, pela inflação e pela “caótica” retirada das tropas norte-americanas do Afeganistão em 2021.
"As famílias americanas estão a ser dizimadas pela pior inflação do último meio século. Os bancos estão a falir", declarou na sua rede social, a Truth Social. "Abdicámos da nossa independência energética e rendemo-nos no Afeganistão".
Idade de Biden pode ser entrave à vitória
Joe Biden tem neste momento 80 anos e a sua idade tem sido motivo de preocupação entre os americanos, com 44% dos democratas a considerá-lo demasiado velho para concorrer, segundo uma sondagem da agência Reuters lançada na segunda-feira.
Donald Trump, também candidato, tem 76 anos. Na sondagem da Reuters, 35% dos republicanos consideraram-no demasiado velho para liderar o país.
A sondagem revelou que, no geral, os eleitores não querem nem Biden nem Trump no poder novamente. Ainda assim, acreditam que o atual presidente pode voltar a vencer o adversário.
Noutra sondagem, da Associated Press-NORC Center for Public Affairs Research, 26% dos americanos - e apenas cerca de metade dos democratas - disseram querer ver Biden a concorrer novamente. No entanto, 81% dos democratas disseram que iriam, "pelo menos provavelmente" apoiar o presidente numa eleição geral.
Para constar nos boletins que serão presentes a milhões de norte-americanos no dia 5 de novembro de 2024, Biden terá de ultrapassar, nas primárias, os outros candidatos democratas.
Por agora, a lista declarada conta com o advogado ambiental Robert F. Kennedy Jr., conhecido também pela sua postura antivacinas, e a autora de autoajuda Marianne Williamson.
Já do lado dos Republicanos, além do ex-Presidente Donald Trump, encontram-se na corrida a antiga embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley, o governador do Arkansas, Asa Hutchinson, o apresentador de rádio Larry Elder e o empreendedor Vivek Ramaswamy.
c/ agências