Buenos Aires. Bairro de Flores chora partida de Francisco
RTP esteve no bairro onde cresceu o papa Jorge Bergoglio
Peregrinos brasileiros desejam que o novo Papa fale português
"Já tivemos um que falava espanhol. Percebo que não pode continuar na América, mas e se o novo Papa falasse português?" -- questionou João Pellegrini, de Belo Horizonte, que está em Roma num grupo de peregrinos da diocese brasileira.
O grupo concorda com a proposta e questiona a Lusa sobre quais as hipóteses dos cardeais portugueses na bolsa dos `papabilli` (cardeais com possibilidade de serem eleitos papas).
"Há um que está cá e que é bom não é? Ele é um poeta muito conhecido. A minha irmã já leu umas coisas deles", insistiu Ana Francisca, do mesmo grupo, que estava na fila para os Museus do Vaticano.
Ana Francisca referia-se ao madeirense Tolentino de Mendonça, 59 anos, Prémio Pessoa e Eduardo Lourenço e prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação, um cargo que mostra a sua importância na Cúria romana e um percurso emergente junto do Papa Francisco, passando de padre a cardeal em pouco mais de um ano.
Andrea, 32 anos, tem outra opinião: "Já houve uma boa escolha com um argentino, deveriam continuar por cá e escolher outro latino", diz a chilena, que vive em Roma e está a acompanhar conterrâneos pelas ruas adjacentes da Praça de São Pedro.
Francisco tem nome de papa mas apenas 47 anos e vive em Roma. "A cadeira de Pedro deveria voltar a um italiano. Somos hoje uma igreja progressista que é hoje muito diferente do tempo de Ratzinger".
A sua escolha, se pudesse, seria Matteo Zuppi, cardeal-arcebispo de Bolonha e presidente da Conferência Episcopal Italiana, considerado o mais progressista de todos os `papabili`.
O sul-sudanês Ibrahim quer um africano. "Pode ser um qualquer, mas é importante que África seja ouvida através da Igreja".
Já o filipino Manoel reza pela eleição de Luis Antonio Tagle, um dos mais próximos de Francisco.
"Se houver um Papa asiático, terá de ser filipino. Somos o maior país católico daqui", justificou.
Mas no grupo de brasileiros, o sonho continua a ser que João Braz de Avis seja eleito, um nome que não consta das listas de quem segue a Santa Sé.
O prefeito emérito do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada é defensor da teologia da libertação, um movimento católico de esquerda que foi duramente reprimido por Bento XVI quando estava à frente da Congregação para a Doutrina da Fé.
"Seria a continuação natural de Francisco. Uma Igreja para os mais pobres que foi como Cristo quis", resumiu João Pellegrini.
O Papa Francisco morreu na segunda-feira aos 88 anos, de AVC, após 12 anos de pontificado.
Na quarta-feira, o seu corpo será colocado na basílica de São Pedro para que os fiéis o possam velar antes das cerimónias fúnebres de sábado.
Por isso, independentemente de quem será o candidato preferido, os peregrinos querem ainda homenagear o jesuíta argentino.
"Claro que vou lá estar. Ele foi o nosso Papa. E olhe que, para mim, é difícil dizer isto de um argentino", disse João Pellegrini.
Morte do Papa está a ser sentida pela população em Roma
Marcelo deixa mensagem de gratidão no livro de condolências de Francisco
Foto: António Antunes - RTP
Peregrinos rumam a Roma para o funeral de Francisco
Vaticano. Roma prepara-se para acolher multidão que quer homenagear Francisco
Funeral de Francisco foi marcado para sábado
Vaticano. Novo Papa deverá ser escolhido após confronto entre duas linhas
Vaticano. Francisco vai ser trasladado para a Catedral de São Pedro
Treze cardeais lusófonos ajudam a escolher sucessor de Francisco
De acordo com os dados da Santa Sé, o sucessor do Papa Francisco será escolhido também com a contribuição de 16 eleitores africanos, do total de 28 cardeais africanos que integram o colégio cardinalício.
O Brasil é o país que, no universo da lusofonia, mais contribui para a escolha: João Braz de Avis, Odilo Pedro Scherer, Orani João Tempesta, Leonardo Ulrich, Sérgio da Rocha, Jaime Spengler e Paulo Ceza Costa são os sete cardeais que vão votar no próximo Conclave, no qual vão participar também o timorense Virgílio do Carmo da Silva e o cabo-verdiano Arlindo Gomes Furtado, ambos com direito de voto, ao contrário do cardeal moçambicano Júlio Duarte Langa, que não é eleitor.
Os portugueses eleitores são os cardeais António Marto, Manuel Clemente, José Tolentino de Mendonça e Américo Alves.
De África, o cardeal cabo-verdiano é o único representante da lusofonia, de entre os 16 eleitores africanos que vão contribuir para a escolha do sucessor do papa Francisco.
Entram em Conclave para eleger o Papa apenas os cardeais que não tenham já cumprido 80 anos de idade no primeiro dia da Sé vacante, pelo que, dos 252 membros do Colégio Cardinalício, apenas 135 serão chamados a votar, já que 117 têm mais de 80 anos.
O Papa Francisco morreu na segunda-feira aos 88 anos, de AVC, após 12 anos de pontificado.
Nascido em Buenos Aires (Argentina), em 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta e primeiro latino-americano a chegar à liderança da Igreja Católica.
A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.
O Papa Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março.
Portugal decretou três dias de luto nacional.
Cardeal António Marto lembrou legado de proximidade do Papa Francisco
Paulo Rangel passou pela Nunciatura Apostólica
Lula da Silva é um dos chefes de Estado a marcar presença no funeral
"Sim, o Presidente vai estar presente no funeral" do Papa Francisco, afirmou fonte do gabinete de imprensa do Palácio do Planalto.
A mesma fonte adiantou que a comitiva que acompanhará Lula da Silva nesta deslocação ao Vaticano ainda não está decidida.
O Presidente do Brasil lamentou esta segunda-feira a morte do Papa Francisco e destacou que o líder da Igreja Católica procurou de forma incansável levar o amor onde existia o ódio.
"A humanidade perde hoje uma voz de respeito e acolhimento ao próximo. O Papa Francisco viveu e propagou no seu dia a dia o amor, a tolerância e a solidariedade que são a base dos ensinamentos cristãos", salientou Lula da Silva.
"Assim como ensinado na oração de São Francisco, o argentino Jorge Bergoglio buscou de forma incasável levar o amor onde existia o ódio. A união onde havia a discórdia. E a compreensão de que somos todos iguais, vivendo numa mesma casa, o nosso planeta", acrescentou.
O chefe de Estado decretou sete dias de luto oficial no Brasil e lembrou que Francisco também trouxe a questão das mudanças climáticas ao Vaticano e "criticou vigorosamente os modelos económicos que levam a humanidade a produzir tantas injustiças".
"[Francisco] mostrou que esse mesmo modelo é que gera desigualdades entre países e pessoas e sempre se colocou ao lado daqueles que mais precisam: os pobres, os refugiados, os jovens, os idosos e as vítimas das guerras e de todas as formas preconceito", frisou o governante.
Francisco morreu aos 88 anos, após 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, guerras e uma pandemia.
Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.
O Papa esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março.
A sua última aparição pública aconteceu no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.
Príncipe William vai representar Carlos III no funeral
Sessão solene do 25 de Abril mantém-se apesar dos três dias de luto
Javier Milei vai assistir ao funeral do papa Francisco
Javier Milei viajará na quinta-feira à noite, acompanhado por uma delegação invulgarmente numerosa nas suas deslocações ao estrangeiro, que inclui a sua irmã Karina, secretária-geral da Presidência, e vários ministros, incluindo o chefe da diplomacia Gerardo Werthein.
Patriarca Latino de Jerusalém elogia o empenhamento do Papa em Gaza
“Gaza representa, de certa forma, tudo o que estava no coração do seu pontificado”, declarou Monsenhor Pizzaballa diante de alguns jornalistas, incluindo um da AFP.
A mais alta autoridade católica do Oriente, o Patriarca Latino de Jerusalém, explicou que o Papa Francisco, falecido na segunda-feira aos 88 anos, sempre defendeu “a proximidade aos pobres, aos que ficaram para trás” e “a paz”.
Estes compromissos, disse, foram particularmente evidentes na sua posição sobre a guerra na Faixa de Gaza, desencadeada pelo ataque a Israel pelo movimento islâmico palestiniano Hamas em 7 de outubro de 2023.
“Ele estava muito próximo da paróquia de Gaza, telefonava-lhes constantemente, durante algum tempo todas as noites às 19h00, tinha-se tornado algo regular para a comunidade, (era) também reconfortante para eles, e ele sabia-o”, recordou Pierbattista Pizzaballa.
Dos 2,4 milhões de habitantes da Faixa de Gaza, cerca de mil são cristãos, na sua maioria ortodoxos.
O Patriarcado Latino conta com cerca de 135 católicos neste território palestiniano. Refugiaram-se na paróquia da Sagrada Família, na cidade de Gaza, nos primeiros dias da guerra entre Israel e o Hamas.
O papa Francisco condenou a guerra em Gaza até à véspera da sua morte: na sua mensagem pascal de domingo, denunciou a “dramática situação humanitária” no território.
“Trabalhar pela justiça, mas sem participar no conflito”, resumiu Pierbattista Pizzaballa, dizendo que a Igreja abraçaria este “importante legado”.
Francisco retirou peso institucional à figura do Papa
Francisco retirou também peso institucional à figura do sumo pontífice e aliviou a proposta moral da Igreja sem alterar a doutrina.
Rei e a Rainha de Espanha vão marcar presença no funeral de Francisco
“Recordaremos (...) o seu compromisso com os mais pobres, a sua denúncia da desigualdade, a sua constante aspiração a um mundo mais justo e melhor e, finalmente, a sua bondade e sentido de humor”, disse o rei Felipe VI sobre o Papa Francisco num almoço na terça-feira no palácio real.
FPF decretou minuto de silêncio em memória do papa Francisco
A Liga Portugal também emitiu uma nota de profundo pesar pela morte do Papa.
Velório do papa Francisco vai decorrer entre quarta e sexta-feira
Os fiéis católicos e o público em geral poderão visitá-lo das 11h00 locais à meia-noite de quarta-feira, das 7h00 à meia-noite de quinta-feira e das 7h00 às 19h00 de sexta-feira.
Durão Barroso lembra o Papa pela compaixão e tolerância
Plano de segurança em preparação para o funeral de Francisco
Foto: Susana Vera - Reuters
Sucedem-se as homenagens ao papa Francisco na Argentina
Na catedral de Buenos Aires, centenas de fiéis marcaram presença nas cerimónias religiosas, como conta o enviado da RTP, Pedro Sá Guerra.
Continuam a chegar vários peregrinos a Fátima
As mensagens de Francisco aos jovens
Foto: Nuno Patrício - RTP
Cardeais vão reunir para preparar o conclave
Montenegro confirma presença no funeral do Papa
Da Ásia à Argentina, multiplicam-se as homenagens a Francisco
Funeral do Papa realiza-se na manhã do próximo sábado
Quatro cardeais portugueses com direito de voto no conclave
Presidente de São Tomé e Príncipe destaca "exemplo de fé"
"Conhecido por ser acolhedor, por promover a simplicidade e por se envolver em questões sociais, ambientais e de justiça, (...) deixa-nos o exemplo de uma liderança na fé e convida-nos a ser empreendedores de sonhos e não administradores de medos", disse Carlos Vila Nova numa nota de condolências enviada ao Vaticano.
O Papa Francisco, acrescenta o chefe de Estado de São Tomé e Príncipe, "foi um Papa reformador e referência universal de humanismo em defesa dos deserdados da terra".
Apresentando as condolências "à Igreja Católica pela morte do Papa Francisco, (...) guia espiritual", Vila Nova espera "que a memória de sua liderança e fé inspire esperança e união entre todos nós.
Papa Francisco pediu funeral simples
Para quarta-feira, está marcada a procissão que vai sair de Santa Marta em direção à Basílica de São Pedro, onde o féretro poderá ser visto por todos os fiéis.
Primeiro-ministro britânico vai estar presente no funeral do papa Francisco
Luto nacional deverá ser de 24 a 26 de abril. Comitiva portuguesa para funeral de Francisco com quatro pessoas
O presidente da República revelou que vai assinar hoje o luto nacional anunciado pelo Governo. Os dias de luto nacional deverão ser entre 24 e 26 de abril, sendo que 26 é sábado, data do funeral de Francisco.
Marcelo Rebelo de Sousa escreve no livro de condolências na Nunciatura Apostólica
Durão Barroso destaca compaixão de Francisco
Roma prepara-se para receber enchente de peregrinos
Em Roma, a despedida de Francisco está a ser rodeada de fortes medidas de segurança. As autoridades preparam a cidade para a grande enchente de peregrinos e de turistas dos próximos dias.
António Costa e Ursula von der Leyen estarão presentes no funeral
A informação foi adiantada pelos respetivos serviços de imprensa.
A história da Capela Sistina
A capela foi batizada com o nome do Papa Sisto IV e construída entre 1473 e 1481. Tem 40 metros de comprimento, 13 metros de largura e 21 metros de altura, sendo iluminada de ambos os lados por janelas altas.
Michelangelo foi encarregado por Júlio II de pintar os frescos do teto, concluídos entre 1508 e 1512. Os frescos mostram cenas do Antigo e do Novo Testamento da Bíblia, sendo a mais famosa “A Criação de Adão”, em que Deus estende o dedo para tocar na mão estendida do primeiro homem.
Mais de 20 anos depois, Miguel Ângelo foi encarregado de pintar o imponente “Juízo Final” na parede por detrás do altar, que foi revelado em 1541.
No entanto, Miguel Ângelo foi imediatamente acusado de imoralidade e obscenidade por ter pintado figuras nuas numa igreja. Após a sua morte, foi promulgada uma lei para cobrir os órgãos genitais ofendidos com “calças de modéstia”, que foram acrescentadas por um aprendiz.
As paredes laterais são decoradas por outros artistas, incluindo Pietro Perugino, Sandro Botticelli e Domenico Ghirlandaio.
Entre 1980 e 1994, especialistas realizaram um dos mais ambiciosos projetos de restauro de arte do mundo, removendo séculos de sujidade e fuligem acumuladas que tinham escurecido os frescos. Os resultados dividiram especialistas e amadores, com alguns a criticarem as cores deslumbrantes como demasiado brilhantes.
A Capela Sistina foi utilizada pela primeira vez para um conclave após a morte de Sisto IV, em 1484. Foram realizados vários conclaves noutros locais, incluindo vários no século XIX no Palácio do Quirinale, antigo palácio de verão dos papas e atual residência oficial do presidente italiano.
Cerca de 6,8 milhões de pessoas visitaram o Museu do Vaticano, que inclui a Capela Sistina, em 2023 - o segundo museu mais visitado do mundo a seguir ao Louvre.
O papel do cardeal camerlengo
É também o camerlengo que convoca as reuniões dos cardeais, chamadas “congregações”, e decide com eles os preparativos para o funeral e o conclave.
Gianfranco Ravasi considera que próximo papa deve prosseguir o espírito de Francisco
Foto: Susana Vera - Reuters
Américo Aguiar "pensativo e orante" por participar no conclave
Na escolha do novo papa vão estar presentes cardeais de "mais de 70 nacionalidades" de várias idades, no entanto, apenas podem votar os que têm menos de 80 anos.
Conclave deve decorrer entre 5 e 10 de maio
Os boletins de voto das duas votações e as notas tomadas pelos cardeais são depois destruídos, queimados num forno.
A chaminé, visível para os fiéis a partir da Praça de São Pedro, emite fumo preto se não for eleito nenhum papa e fumo branco se for eleito um papa, através da adição de produtos químicos.
Após três dias sem resultados, o escrutínio foi interrompido para um dia de orações. Depois, serão organizadas outras rondas de votação até à eleição propriamente dita.
Os cinco cardeais franceses eleitores do futuro papa
Principal arquiteto da visita do papa Francisco a Marselha em setembro de 2023, foi eleito em abril, à primeira volta, para presidir à Conferência Episcopal Francesa (CEF), cargo que assumirá em julho.
Philippe Barbarin, arcebispo emérito de Lyon. Intelectual, maratonista, poliglota e conservador, nasceu em Rabat em 1950, foi criado cardeal em 2003 por João Paulo II e é membro da Igreja Católica francesa desde então.
O prelado mediático tornou-se o símbolo do silêncio da Igreja perante a pedofilia. Condenado em primeira instância em 2019 a uma pena de prisão suspensa de seis meses por ter tolerado as agressões sexuais cometidas - muito antes da sua chegada - por um padre da sua diocese, o “Primaz das Gálias” foi absolvido em recurso antes de se demitir em 2020 do seu cargo de arcebispo de Lyon, que ocupava desde 2002.
François Bustillo, Bispo de Ajaccio, filho de um soldado, nasceu em 1968 em Pamplona, Espanha, onde viveu até aos 17 anos. Monge franciscano e desportista, serviu no sudoeste da França, nomeadamente em Lourdes, antes de se tornar bispo de Ajaccio em 2021.
Próximo dos fiéis e envolvido na vida local, acredita que é necessário continuar a “reparar a Igreja a partir de dentro”.
Mediático e enérgico, foi nomeado cardeal em setembro de 2023 pelo papa Francisco, que fez a sua última visita à Córsega em dezembro de 2024.
Dominique Mamberti, diplomata na Cúria, nascido em 1952 em Marraquexe, este diplomata de formação foi representante da Santa Sé na Argélia, no Chile, nas Nações Unidas, no Líbano, no Sudão e na Somália. De 2006 a 2014, ocupou o cargo estratégico de “Ministro dos Negócios Estrangeiros”, durante a maior parte do pontificado de Bento XVI, de quem é próximo.
Criado cardeal em 2015, é Prefeito do Supremo Tribunal da Signatura Apostólica, um dos tribunais do Vaticano, desde 2014.
Como cardeal “protodiácono”, será responsável por pronunciar a famosa fórmula “Habemus Papam”, que anuncia a eleição do novo papa.
Christophe Pierre, uma longa carreira diplomática, bretão de Rennes, de 79 anos, que passou parte do seu percurso escolar em Madagáscar e Marrocos, tem uma longa e variada carreira diplomática: esteve colocado na Nova Zelândia, Moçambique, Zimbabué, Cuba, Brasil, Genebra, Uganda e México.
Desde 2016, é o embaixador da Santa Sé nos Estados Unidos. Foi criado cardeal por Francisco em 2023.
Putin não tenciona assistir ao funeral do papa Francisco
“Não, o Presidente não tem tais planos”, disse o porta-voz, Dmitri Peskov, quando questionado durante o seu briefing diário sobre uma possível deslocação de Vladimir Putin ao funeral do pontífice, que morreu na segunda-feira aos 88 anos.
Indonésia honra o compromisso do Papa Francisco com a harmonia inter-religiosa
Grupos islâmicos proeminentes na Indonésia, onde cerca de 90% da população de 280 milhões de habitantes é muçulmana, e o público em geral elogiaram o líder da Igreja Católica Romana em declarações públicas e publicações nas redes sociais.
“As suas exigências para acabar com o genocídio (em Gaza), as suas ideias sobre a paz e o seu grande desejo de fraternidade humana - tudo isto está em linha com os valores do conselho”, disse à Reuters Sudarnoto Abdul Hakim, da Nahdlatul Ulama, a maior organização islâmica da Indonésia, com cerca de 40 milhões de membros, é considerada uma das maiores do mundo.
Os utilizadores das redes sociais indonésias também se manifestaram, com “Paus Fransiskus” - como Francisco é referido em indonésio - a ser tendência no país na plataforma social X.
Cardeal filipino Luis Antonio Tagle é um dos possíveis candidatos
Tagle, 67 anos, é muitas vezes chamado de “Francisco asiático” devido ao seu compromisso semelhante com a justiça social. Se for eleito, será o primeiro pontífice da Ásia, onde apenas as Filipinas e o Timor Leste têm uma população maioritariamente católica.
Tem décadas de experiência pastoral, depois de ter sido ordenado sacerdote em 1982, e uma sólida experiência administrativa como bispo de Imus e depois como arcebispo de Manila.
A Igreja Católica nas Filipinas tem sido uma força poderosa na sociedade, ajudando a destituir dois líderes, mais notavelmente o pai e homónimo do atual presidente, e pronunciando-se contra os abusos dos direitos humanos, incluindo uma série de assassinatos que informam a controversa "guerra contra a droga" do presidente Rodrigo Duterte.
O presidente das Filipinas, Ferdinand Marcos Jr., católico, descreveu Francisco como o “melhor papa da minha vida”, ao mesmo tempo que exprimia a sua profunda tristeza pelo seu falecimento.
As Filipinas, onde vivem mais de 80 milhões de católicos, há muito que têm uma ligação especial com Francisco, que visitou o país em 2015, atraindo uma multidão recorde de até sete milhões de pessoas numa missa histórica na capital. Na homilia dessa visita, o papa exortou os filipinos a fugir das “estruturas sociais que perpetuam a pobreza, a ignorância e a corrupção”.
A viagem de Francisco incluiu uma visita a Tacloban, onde se encontrou com os sobreviventes do tufão Haiyan, a tempestade mais mortífera da história das Filipinas.
Tolentino, o cardeal poeta na lista dos dez nomes que podem suceder a Francisco
Poderá o conclave escolher alguém que representará “continuidade”? Será que a Igreja Católica vai ter o primeiro papa asiático? Ou o primeiro pontífice negro?
Por exemplo, o jornal The Telegraph escreve que o “cardeal José Tolentino Calaça de Mendonça” é um dos candidatos “da ala liberal da Igreja”, vem “da ilha portuguesa da Madeira e foi nomeado pelo papa Francisco como chefe do departamento de cultura e educação” do Vaticano.
A imprensa internacional lembra que José Tolentino de Mendonça, nascido em 1965 na Ilha da Madeira, antes de assumir o cargo no Dicastério para a Cultura e a Educação foi arquivista e bibliotecário da Santa Sé, além de reitor da Universidade Católica Portuguesa.
Quanto à escolha do próximo papa, esta vai, provavelmente, resumir-se a uma batalha entre os progressistas que aplaudem a postura relativamente liberal do papa Francisco em relação aos divorciados, aos gays e à situação dos refugiados, e os conservadores que viravam as costas a estas ideias.
Cerimónias estão marcadas para o próximo sábado
Após o funeral, no sábado, o féretro vai ser transferido para a Basílica de Santa Maria Maggiore, no centro de Roma, onde o Francisco será sepultado.
O que diz o mundo sobre o papa?
Santa Sé liberta primeiras imagens de Francisco no caixão
Nas fotos e no vídeo captados na última noite, o papa está num caixão de madeira forrado com veludo vermelho, vestido com mitra branca e casula púrpura e a segurar um rosário.As imagens são da cerimónia de falecimento, realizada às 20h00 de segunda-feira (19h00 em Lisboa).
Os cardeais presentes em Roma reúnem-se esta terça-feira para a primeira congregação, esperando que ultimem os pormenores da trasladação do corpo definam a data do funeral.
O papa Francisco morreu na segunda-feira aos 88 anos.
Presidente da Ucrânia prepara presença no funeral de Francisco
O Papa Francisco morreu na segunda-feira de um acidente vascular cerebral, aos 88 anos, e o Vaticano deve anunciar hoje a data do funeral.
A fonte da Presidência ucraniana disse hoje à France Presse que Kiev aguarda a divulgação da data do funeral para preparar a deslocação de Zelensky.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou hoje que vai estar presente nas cerimónias fúnebres.
O anúncio do chefe de Estado francês ocorreu durante uma conferência de imprensa em Saint-Denis, capital da Ilha da Reunião, território ultramarino francês no Índico.
Anteriormente, o gabinete da Presidência dos Estados Unidos anunciou que Donald Trump vai estar presente no funeral do chefe de Estado do Vaticano.
O Papa nasceu em Buenos Aires a 17 de dezembro de 1936 tendo sido o primeiro jesuíta e o primeiro sul-americano a liderar a Igreja Católica.
Portugal decretou três dias de luto nacional.
Diocese de Macau recorda líder exemplar que "percorreu muitas terras"
O Papa "proclamou ardentemente a infinita misericórdia de Deus, semeou esperança entre os fiéis, percorreu muitas terras e cuidou com ternura dos mais frágeis, tornando-se um modelo exemplar de liderança pastoral", de acordo com um comunicado divulgado no portal da diocese na Internet.
Na nota refere-se que o bispo de Macau, Stephen Lee Bun-sang, está entre os que rezam "preces fervorosas pelo eterno descanso da alma do Papa Francisco e para que seja recebido na glória do Reino Celestial".
A diocese agradeceu as condolências expressas por "todos aqueles que, com bom coração, partilham deste momento de luto" e prometeu anunciar mais tarde os preparativos para os serviços religiosos em memória de Francisco a realizar em Macau.
Segundo estatísticas da diocese de Macau, até ao fim de 2020, o número de católicos no território era de 32.013, sendo a maioria membros da comunidade chinesa.
Ao contrário da China continental, as dioceses das duas regiões administrativas especiais chinesas de Macau e Hong Kong continuam a reconhecer a liderança do Papa e os bispos são nomeados diretamente a partir do Vaticano.
Em 1951, já com o regime comunista de Mao Zedong no poder, a excomunhão dos bispos designados por Pequim pelo papa Pio XII levou a China e o Vaticano a cortarem relações diplomáticas.
A China estabeleceu então a Associação Patriótica Católica Chinesa, levando os fiéis a terem de optar entre esta, com bispos nomeados pelo regime, ou a Igreja Católica, leal ao papa, então na clandestinidade.
Já durante a liderança de Francisco, deu-se uma aproximação dos dois lados, com a assinatura em 2018 de um acordo para a nomeação de bispos. Estima-se que existam cerca de 12 milhões de católicos no país.
Francisco expressou repetidamente o desejo de visitar a China.
Em 2014, Francisco tornou-se o primeiro Papa a sobrevoar a China, entrando no espaço aéreo do país, e enviou um telegrama ao Presidente chinês, Xi Jinping, durante uma viagem apostólica à Coreia do Sul.
Algo que voltaria a fazer em 2023, durante um voo em direção à Mongólia.
O Papa Francisco morreu na segunda-feira aos 88 anos, de AVC, após 12 anos de pontificado.
Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta e primeiro latino-americano a chegar à liderança da Igreja Católica.
A última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer. O Papa Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março.
Portugal decretou três dias de luto nacional.
Presidente e chefe da diplomacia de Timor-Leste nas cerimónias fúnebres
"O Governo será representado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, que viaja ainda hoje ou quarta-feira, que acompanhará o chefe de Estado", afirmou o vice-primeiro-ministro.
Mariano Assanami Sabino falava aos jornalistas na residência do arcebispo de Díli, após ter assinado o livro de condolências.
José Ramos-Horta está fora do país em visita oficial à Bulgária, seguindo depois para o Reino Unido.
O Papa Francisco morreu na segunda-feira aos 88 anos, após 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, guerras e uma pandemia. Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.
Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março. A última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.
Segundo a legislação em vigor do Vaticano, o caixão de Francisco deverá ser levado quarta-feira para a Basílica de São Pedro, para ser visto pelos fiéis, e o funeral deverá realizar-se entre sexta-feira e domingo.
Governo timorense decreta luto nacional até 28 de abril
O luto, que teve início às 10:00 de hoje (02:00 em Lisboa) em Díli, termina às 00:00 locais da próxima segunda-feira (16:00 de domingo).
"Durante o período de luto nacional, a bandeira nacional deve ser mantida a meia haste em todos os edifícios públicos, incluindo embaixadas, consulados e outras representações do Estado no estrangeiro, bem como nas embarcações do Estado", pode ler-se no comunicado.
Os membros do Governo também se deslocaram hoje à Residência Episcopal para prestar homenagem ao Papa Francisco e assinar o livro de condolências, que estará disponível, durante o período da tarde, para as organizações internacionais e corpo diplomático acreditado em Díli.
O Papa Francisco morreu segunda-feira aos 88 anos, após 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, guerra e uma pandemia.
Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral e teve alta em 23 de março. A última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.
Em comunicado, divulgado segunda-feira à imprensa, o Governo timorense lembrou Francisco como um "líder espiritual de inestimável impacto para a humanidade" e um "defensor incansável dos mais vulneráveis e promotor da paz, da justiça e da fraternidade".
O arcebispo de Díli e cardeal de Timor-Leste, Virgílio do Carmo da Silva, viaja hoje para o Vaticano para participar nas cerimónias fúnebres e no conclave para a eleição do novo Papa, que se vai realizar após o funeral de Francisco.
Cardeais chamados a reunirem-se
O Vaticano está em periodo de sede vacante até que seja eleito o sucessor de Francisco. O conclave deverá realizar-se dentro de 15 a 20 dias e apenas os cardeais com menos de 80 anos podem votar: são neste momento cerca de 120 de todos os continentes.Quatro cardeais portugueses podem votar para escolher o próximo sumo pontífice da Igreja Católica e são também elegíveis para o cargo: Américo Aguiar, Manuel Clemente, António Marto e Tolentino de Mendonça.
A Santa Sé revelou a causa da morte do papa. Francisco morreu na sequência de um AVC e de insuficiência cardíaca - eram 6h30 de segunda-feira, hora de lisboa.
O papa, com 88 anos, recuperava de uma pneumonia bilateral, depois de ter estado internado por 38 dias.
O Governo português decretou três dias de luto nacional, que vão coincidir com o funeral de Francisco. E o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou, em comunicação ao país, que há um sentimento de orfandade por causa do morte do papa.
Centenas de pessoas participaram, na última noite, numa missa de homenagem a Francisco em Lisboa. A eucaristia teve lugar na Sé e estiveram presentes o chefe de Estado e vários elementos do Executivo.
Muitos dos fiéis tiveram de assistir à missa no exterior da Sé de Lisboa e o momento da comunhão estendeu-se para lá das portas da igreja.
Vaticano anuncia data do funeral do papa Francisco
Fabio Frustaci - EPA
Donald Trump foi o primeiro chefe de Estado a anunciar que vai comparecer no funeral. Os restos mortais do papa Francisco são trasladados da residência de Santa Marta para a Basílica de São Pedro, onde ficarão expostos para a homenagem dos fiéis.
O papa vai ficar sepultado na Basílica de Santa Maria Maior, num túmulo sem decorações, só com o nome Francisco - em latim.
A data do conclave, durante o qual os 135 cardeais eleitores escolherão o sucessor de Francisco, também não é conhecida. Mas, segundo as mesmas disposições funerárias, o conclave deve iniciar-se entre os 15.º e 20.º dia após a sua morte, ou seja, entre 5 e 10 de maio.
Os cardeais reunir-se-ão na Capela Sistina e realizarão quatro escrutínios por dia, dois de manhã e dois à tarde.
Argentina presta homenagem a Francisco
Foto: EPA
De Buenos Aires, a reportagem do enviado especial da Antena 1.