A Comissão Europeia apelou hoje ao Governo venezuelano para parar com a "campanha de intimidação" da oposição e reconheceu estar "seriamente preocupada" com a instabilidade política e social no país.
"Apelamos às autoridades [venezuelanas] para acabarem com esta campanha de intimidação", disse o porta-voz do executivo comunitário com a pasta da diplomacia, Peter Stano, em conferência de imprensa, em Bruxelas.
Em causa está a abertura de dois processos contra os principais representantes da oposição, que contestaram a reeleição de Nicolás Maduro nas presidenciais de 28 de julho.
A população, descontente com a reeleição de Nicolás Maduro para um terceiro mandato, e a oposição manifestam-se desde que o Conselho Nacional Eleitoral anunciou os resultados, exigindo transparência no processo e a verificação independente.
A este coro de críticas juntou-se grande parte da comunidade internacional, que reivindica a verificação dos resultados eleitorais.
De acordo com as autoridades oficiais do país, Maduro venceu as eleições com pouco mais de 50% dos votos, mas a oposição reivindica uma vitória de pelo menos 70%.
O alto representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, já tinha exigido o acesso às atas eleitorais, para uma verificação independente que corrobore (ou não) o que as autoridades da Venezuela apontam como resultado.