O Controlador-Geral venezuelano, Elvis Amoroso, anunciou que 28 deputados da antiga Assembleia Nacional liderada pelo opositor Juan Guaidó, foram impedidos legalmente de exercer cargos públicos.
"Todos os funcionários públicos são obrigados" a apresentar esta declaração "para que se conheça o património" que possuem, sublinhou Amoroso, numa conferência de imprensa, em Caracas.
O procurador solicitou à comunidade internacional que respeite as decisões das instituições do Estado venezuelano.
"Algo têm que ocultar estas pessoas. Sabemos que estes personagens estão imersos em factos de corrupção e se apoderaram de dinheiro dos venezuelanos, tanto no país como no estrangeiro", frisou.Reação de Guaidó
Em resposta ao anúncio do controlador-geral, o líder opositor Juan Guaidó atribuiu, em comunicado, a decisão a "uma nova afronta da ditadura de Nicolás Maduro contra a democracia e as instituições do país".
"Ameacem tudo o que quiserem que continuaremos a trabalhar (...) O meu compromisso é com os venezuelanos, em recuperar a democracia no nosso país", salientou.
Para Guaidó, "são estas ações da ditadura que fecham as portas a eleições livres" no país.
"Enquanto a ditadura inabilita dirigentes políticos, sequestra partidos políticos (...) impede que se cumpram as condições para que a vontade do povo venezuelano seja respeitada nas urnas, o mundo vai continuar a ignorar e a agir contra os que hoje usurpam o poder e contra os seus cúmplices", concluiu.
c/ agências