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Guerra na Ucrânia
Volodymyr Zelensky quer entender "claramente" as garantias de segurança do plano de paz
O presidente ucraniano afirmou em conferência de imprensa esta segunda-feira, em Berlim, que Kiev precisa de um entendimento claro das garantias de segurança oferecidas por seus aliados para pôr fim ao conflito com a Rússia.
Para Volodymyr Zelensky, esta é uma exigência necessária antes de tomar qualquer decisão sobre a linha de frente nas negociações de paz que estão a decorrer.
Quaisquer garantias de segurança devem incluir o monitoramento do cessar-fogo, acrescentou o presidente ucraniano, referindo "progressos" sobre as preocupações de Kiev nesta área. Domingo, os ucranianos admitiram poder desistir da sua candidatura a membro da NATO.
"Avançámos nesta área" da segurança, disse Zelensky na conferência de imprensa, referindo que já consultou os detalhes da proposta em cima da mesa, os quais parecem "bastante promissores, embora seja apenas um primeiro rascunho".
"Estas conversas nunca são fáceis, para ser honesto. Mas a conversa foi produtiva, com muitos detalhes, mesmo muitos", disse Volodymyr Zelensky no 8.º Fórum Económico Germano-Ucraniano em Berlim, no qual participou ao lado do chanceler alemão, Friedrich Merz, falando depois aos jornalistas.
No segundo dia consecutivo de negociações entre o presidente ucraniano e a equipa de negociadores norte-americanos, a cedência de territorio à Russia voltou a dividir opiniões. Moscovo exige o controlo do Donbass, no leste da Ucrânia, que não conseguiu tormar pela força, Kiev recusa capitular.
"Há questões complexas, particularmente as que dizem respeito ao território", referiu."Para ser franco, ainda temos posições divergentes", mostrando-se mesmo assim confiante de que os EUA irão ajudar a Ucrânia a encontrar um acordo.
O presidente da Ucrânia saudou de forma particular que as questões consideradas inaceitáveis por Kiev já não estejam incluídas no documento em que ucranianos e norte-americanos estão a trabalhar.
As negociações têm envolvido os norte-americanos Steve Witkoff e Jared Kushner - respetivamente, o enviado especial da Casa Branca e o genro do Presidente Donald Trump.
"É importante que os nossos parceiros americanos me tenham compreendido muito bem", comentou Zelenskly, que insistiu que a Ucrânia não pode aceitar ceder mais território do que aquele que perdeu no campo de batalha, como exige a Rússia.
Zelensky explicou que os Estados Unidos não estão a pedir a Kiev que ceda território, mas simplesmente a transmitir as exigências russas e também a ouvir a posição ucraniana.
"Temos certamente posições diferentes da Rússia em relação aos territórios", reiterou o líder ucraniano, acreditando que espera que Washington, enquanto mediador, proponha várias medidas para encontrar algum tipo de consenso.
A Ucrânia está pronta para um trabalho justo que conduza a um acordo de paz sólido e que os negociadores de Kiev continuarão a falar com os seus homólogos americanos, acrescentou Zelensky nas declarações à imprensa em Berlim.
Desafio aos europeus
O presidente da Ucrânia defendeu esta segunda-feira ainda a utilização de ativos russos congelados na União Europeia para que a Ucrânia possa resistir à agressão russa e como forma de exercer pressão, aproximando assim o fim da guerra.
"Este dinheiro deveria realmente ser usado para resistir à agressão russa", disse o chefe de Estado, durante o seu discurso no 8.º Fórum Económico Germano-Ucraniano.
Quaisquer garantias de segurança devem incluir o monitoramento do cessar-fogo, acrescentou o presidente ucraniano, referindo "progressos" sobre as preocupações de Kiev nesta área. Domingo, os ucranianos admitiram poder desistir da sua candidatura a membro da NATO.
"Estas conversas nunca são fáceis, para ser honesto. Mas a conversa foi produtiva, com muitos detalhes, mesmo muitos", disse Volodymyr Zelensky no 8.º Fórum Económico Germano-Ucraniano em Berlim, no qual participou ao lado do chanceler alemão, Friedrich Merz, falando depois aos jornalistas.
O chanceler da Alemanha afirmou por seu lado que os Estados Unidos estão a garantir medidas de segurança substanciais.
Promessas da UE
A União Europeia admitiu entretanto, esta segunda-feira, a possibilidade de a Ucrânia ser forçada a prescindir da integração na NATO, mas comprometeu-se com a segurança do país nessa eventualidade.
"Os ministros concordaram todos que é preciso dar garantias de segurança à Ucrânia e como o país está a ser pressionado para não aderir à NATO, essa será a única garantia de que a Rússia não volta a invadir", disse a alta representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Kaja Kallas, em conferência de imprensa em Bruxelas, no final de uma reunião dos chefes da diplomacia dos 27.
A representante da diplomacia da UE acrescentou que o bloco político-económico vai "continuar a fazer a sua parte" na instrução de militares ucranianos e em assegurar que a Rússia não vai além dos territórios que já anexou.
A representante da diplomacia da UE acrescentou que o bloco político-económico vai "continuar a fazer a sua parte" na instrução de militares ucranianos e em assegurar que a Rússia não vai além dos territórios que já anexou.
Líderes de países europeus e da União Europeia propuseram entretanto liderar uma "força multinacional" na Ucrânia e fornecer apoio "sustentável" ao exército ucraniano, limitado a 800.000 soldados, segundo um comunicado emitido pelo Governo alemão.
Esta força seria "composta por contribuições de nações voluntárias e apoiada pelos Estados Unidos", que liderariam, por seu lado, um "mecanismo para monitorizar e verificar o cessar-fogo", anunciaram os líderes europeus.
Também apelam à Rússia para aceitar "um cessar-fogo".
O DonbassEsta força seria "composta por contribuições de nações voluntárias e apoiada pelos Estados Unidos", que liderariam, por seu lado, um "mecanismo para monitorizar e verificar o cessar-fogo", anunciaram os líderes europeus.
Também apelam à Rússia para aceitar "um cessar-fogo".
No segundo dia consecutivo de negociações entre o presidente ucraniano e a equipa de negociadores norte-americanos, a cedência de territorio à Russia voltou a dividir opiniões. Moscovo exige o controlo do Donbass, no leste da Ucrânia, que não conseguiu tormar pela força, Kiev recusa capitular.
Zelensky admitiu as pressões norte-americanas para que a Ucrânia ceda território, referindo as posições "diferentes" entre ucranianos e norte-americanos nesta questão.
"Há questões complexas, particularmente as que dizem respeito ao território", referiu."Para ser franco, ainda temos posições divergentes", mostrando-se mesmo assim confiante de que os EUA irão ajudar a Ucrânia a encontrar um acordo.
O presidente da Ucrânia saudou de forma particular que as questões consideradas inaceitáveis por Kiev já não estejam incluídas no documento em que ucranianos e norte-americanos estão a trabalhar.
As negociações têm envolvido os norte-americanos Steve Witkoff e Jared Kushner - respetivamente, o enviado especial da Casa Branca e o genro do Presidente Donald Trump.
"É importante que os nossos parceiros americanos me tenham compreendido muito bem", comentou Zelenskly, que insistiu que a Ucrânia não pode aceitar ceder mais território do que aquele que perdeu no campo de batalha, como exige a Rússia.
Zelensky explicou que os Estados Unidos não estão a pedir a Kiev que ceda território, mas simplesmente a transmitir as exigências russas e também a ouvir a posição ucraniana.
"Temos certamente posições diferentes da Rússia em relação aos territórios", reiterou o líder ucraniano, acreditando que espera que Washington, enquanto mediador, proponha várias medidas para encontrar algum tipo de consenso.
A Ucrânia está pronta para um trabalho justo que conduza a um acordo de paz sólido e que os negociadores de Kiev continuarão a falar com os seus homólogos americanos, acrescentou Zelensky nas declarações à imprensa em Berlim.
Desafio aos europeus
O presidente da Ucrânia defendeu esta segunda-feira ainda a utilização de ativos russos congelados na União Europeia para que a Ucrânia possa resistir à agressão russa e como forma de exercer pressão, aproximando assim o fim da guerra.
"Este dinheiro deveria realmente ser usado para resistir à agressão russa", disse o chefe de Estado, durante o seu discurso no 8.º Fórum Económico Germano-Ucraniano.
A medida em debate pelos 27 de usar os ativos e financiar um empréstimo à Ucrânia "é inteligente e funcionará", sustentou Zelensky, como "forma de aproximar o fim da guerra, de convencer a Rússia de que os seus objetivos não são alcançáveis".
com Lusa