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Xi Jinping visita Cazaquistão este mês para cimeira Ásia Central-China

por Lusa
Athit Perawongmetha via EPA

O Cazaquistão anunciou hoje a visita do Presidente chinês, Xi Jinping, em meados de junho, para a cimeira Ásia Central - China, com cinco ex-repúblicas soviéticas desta região, onde Pequim disputa com a Rússia o lugar de principal parceiro.

De acordo com a presidência cazaque, Xi Jinping é esperado em 16 de junho em Astana para reuniões bilaterais e para participar na segunda cimeira Ásia Central -- China, que será realizada em 17 de junho com a participação dos chefes de Estado da região.

Esta cimeira acontece dois anos após a primeira, organizada na China em maio de 2023.

A Ásia Central, com uma área equivalente à da União Europeia, mas com apenas cerca de 80 milhões de habitantes, é de importância estratégica para Pequim e a sua Iniciativa Faixa e Rota, um gigantesco projeto internacional de infraestruturas inspirado nas milenares rotas comerciais que outrora ligaram a China Antiga ao mediterrâneo.

Pequim construiu na última década alguns dos maiores portos secos do mundo nos países da Ásia Central, capazes de descarregar um comboio de contentores em menos de 50 minutos.

A primeira ligação ferroviária foi inaugurada em 2013, com destino final em Almati, a maior cidade do Cazaquistão. Nos últimos anos, novas vias passaram a incluir o resto da Ásia Central, Médio Oriente e a região do Cáucaso, com paragem final na Alemanha, Países Baixos, Polónia, Bélgica ou Espanha.

As cinco ex-repúblicas soviéticas da Ásia Central (Cazaquistão, Quirguistão, Uzbequistão, Tajiquistão e Turquemenistão), tradicionalmente sob influência russa desde meados do século XIX, tentam, no entanto, diversificar as suas parcerias.

Esta tendência é particularmente visível desde o ataque russo em grande escala contra a Ucrânia, lançado em fevereiro de 2022. As cimeiras no formato 5+1 a nível presidencial ou ministerial multiplicaram-se com a China, mas também com a União Europeia e outros países ocidentais.

 

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