Mundo
Guerra na Ucrânia
Zelensky quer referendo ao plano de paz negociado com os Estados Unidos
O presidente ucraniano deu uma conferência de imprensa online na qual avançou ainda que Donald Trump ofereceu garantias de segurança à Ucrânia por 15 anos.
O presidente ucraniano defendeu esta segunda-feira que o plano de paz de 20 pontos negociado com Washington deve ser submetido a um referendo, de modo a que o povo da Ucrânia possa ter uma palavra a dizer sobre o futuro do país.
Em declarações aos jornalistas numa conversa no WhatsApp, Volodymyr Zelensky acrescentou que, para realizar esse referendo, seria necessário um cessar-fogo de pelo menos 60 dias.Zelensky quis ainda vincar que o funcionamento da central nuclear de Zaporizhia, no sul da Ucrânia, e a questão territorial da região do Donbass, reivindicada pela Rússia, continuam a ser dois assuntos por resolver apesar do plano de 20 pontos.
"Duas questões permanecem: como funcionará a central nuclear de Zaporizhia e o problema dos territórios. Estas são as duas questões que permanecem", afirmou, acrescentando que "não há acordo" sobre estes dois temas.
Zelensky disse também que apenas irá levantar a lei marcial - que proíbe os homens ucranianos mobilizados de deixar o país - após o fim da guerra e depois de obter garantias de segurança.
"Todos queremos que a guerra termine e só então a lei marcial será levantada. No entanto, o levantamento da lei marcial vai ocorrer quando a Ucrânia obtiver garantias de segurança. Sem garantias de segurança, esta guerra não pode ser considerada totalmente terminada", defendeu. Jornal da Tarde | 29 de dezembro de 2025
Segundo Zelensky, o presidente Donald Trump confirmou, na reunião de domingo, “fortes garantias de segurança dos Estados Unidos” por um período de 15 anos prorrogáveis.
"Eu queria que essas garantias fossem mais longas. E disse [a Trump] que queremos considerar a possibilidade de 30, 40, 50 anos", revelou, acrescentando que o seu homólogo americano garantiu que iria refletir sobre essa possibilidade.
O líder da Ucrânia considerou ainda que o envio de tropas estrangeiras ao seu país seria uma garantia de segurança necessária e "real" para dissuadir a Rússia de o atacar novamente.
"Para ser honesto, sim. Acredito que a presença de tropas internacionais constitui uma garantia real de segurança, um reforço das garantias de segurança que os nossos parceiros já nos oferecem", acrescentou na conferência de imprensa online.Zelensky quer plano assinado também pela Europa
O presidente disse esperar que se realize muito em breve, na Ucrânia, um encontro entre responsáveis ucranianos, norte-americanos e europeus para avançar nas negociações que visam pôr fim à guerra.
"Nos próximos dias, queremos organizar uma reunião ao nível dos conselheiros. [O negociador ucraniano] Roustem Oumerov já está em contacto com todos os conselheiros americanos e europeus. Queremos que esta reunião se realize finalmente na Ucrânia, e acredito que faremos tudo o que for possível para que isso aconteça", declarou Zelensky.
O líder ucraniano acrescentou que quer ver o plano de paz assinado não só pela Ucrânia e a Rússia, como pelos Estados Unidos e a Europa.
O presidente ucraniano aproveitou ainda para afirmar que as ações do presidente russo, Vladimir Putin, não correspondem às declarações "pacíficas" que fez ao presidente Donald Trump, já que continua a ordenar bombardeamentos contra a Ucrânia.
"Por um lado, [Putin] diz ao presidente dos Estados Unidos que quer acabar com a guerra", referiu Zelensky. "Por outro, comunica abertamente nos meios de comunicação social que quer continuar a guerra - ataca-nos com mísseis, fala abertamente sobre isso, celebra a destruição de infraestruturas civis, dá instruções aos seus generais sobre onde avançar".
"Estas ações não correspondem à retórica supostamente pacífica que ele usa nas suas conversas com o presidente dos Estados Unidos", concluiu.
c/ agências
Em declarações aos jornalistas numa conversa no WhatsApp, Volodymyr Zelensky acrescentou que, para realizar esse referendo, seria necessário um cessar-fogo de pelo menos 60 dias.Zelensky quis ainda vincar que o funcionamento da central nuclear de Zaporizhia, no sul da Ucrânia, e a questão territorial da região do Donbass, reivindicada pela Rússia, continuam a ser dois assuntos por resolver apesar do plano de 20 pontos.
"Duas questões permanecem: como funcionará a central nuclear de Zaporizhia e o problema dos territórios. Estas são as duas questões que permanecem", afirmou, acrescentando que "não há acordo" sobre estes dois temas.
Trump terá prometido garantia de segurança por 15 anos
Zelensky disse também que apenas irá levantar a lei marcial - que proíbe os homens ucranianos mobilizados de deixar o país - após o fim da guerra e depois de obter garantias de segurança.
"Todos queremos que a guerra termine e só então a lei marcial será levantada. No entanto, o levantamento da lei marcial vai ocorrer quando a Ucrânia obtiver garantias de segurança. Sem garantias de segurança, esta guerra não pode ser considerada totalmente terminada", defendeu. Jornal da Tarde | 29 de dezembro de 2025
Segundo Zelensky, o presidente Donald Trump confirmou, na reunião de domingo, “fortes garantias de segurança dos Estados Unidos” por um período de 15 anos prorrogáveis.
"Eu queria que essas garantias fossem mais longas. E disse [a Trump] que queremos considerar a possibilidade de 30, 40, 50 anos", revelou, acrescentando que o seu homólogo americano garantiu que iria refletir sobre essa possibilidade.
O líder da Ucrânia considerou ainda que o envio de tropas estrangeiras ao seu país seria uma garantia de segurança necessária e "real" para dissuadir a Rússia de o atacar novamente.
"Para ser honesto, sim. Acredito que a presença de tropas internacionais constitui uma garantia real de segurança, um reforço das garantias de segurança que os nossos parceiros já nos oferecem", acrescentou na conferência de imprensa online.Zelensky quer plano assinado também pela Europa
O presidente disse esperar que se realize muito em breve, na Ucrânia, um encontro entre responsáveis ucranianos, norte-americanos e europeus para avançar nas negociações que visam pôr fim à guerra.
"Nos próximos dias, queremos organizar uma reunião ao nível dos conselheiros. [O negociador ucraniano] Roustem Oumerov já está em contacto com todos os conselheiros americanos e europeus. Queremos que esta reunião se realize finalmente na Ucrânia, e acredito que faremos tudo o que for possível para que isso aconteça", declarou Zelensky.
O líder ucraniano acrescentou que quer ver o plano de paz assinado não só pela Ucrânia e a Rússia, como pelos Estados Unidos e a Europa.
O presidente ucraniano aproveitou ainda para afirmar que as ações do presidente russo, Vladimir Putin, não correspondem às declarações "pacíficas" que fez ao presidente Donald Trump, já que continua a ordenar bombardeamentos contra a Ucrânia.
"Por um lado, [Putin] diz ao presidente dos Estados Unidos que quer acabar com a guerra", referiu Zelensky. "Por outro, comunica abertamente nos meios de comunicação social que quer continuar a guerra - ataca-nos com mísseis, fala abertamente sobre isso, celebra a destruição de infraestruturas civis, dá instruções aos seus generais sobre onde avançar".
"Estas ações não correspondem à retórica supostamente pacífica que ele usa nas suas conversas com o presidente dos Estados Unidos", concluiu.
c/ agências