Chega/Açores diz que região merece "muito mais" do que Orçamento "tímido e acomodado"

O Chega/Açores considerou hoje que a região merece "muito mais" do que um Orçamento "tímido e acomodado" como aquele que é apresentado pelo Governo Regional de coligação PSD/CDS-PP/PPM para 2026.

Lusa /

"Os Açores merecem mais. Muito mais do que este Orçamento tímido e acomodado. Merecem ambição, merecem visão, merecem coragem", disse hoje o líder parlamentar do Chega, José Pacheco, no parlamento regional açoriano, na Horta, nas declarações finais da discussão do Plano e Orçamento para 2026.

E prosseguiu: "Enquanto aqui estivermos, podem ter a certeza de que continuaremos a ser a voz dos que trabalham, dos que produzem, dos que pagam impostos, dos que não têm lóbis, nem têm gabinetes para os proteger".

Segundo Pacheco, o Orçamento proposto pelo Governo Regional "é, mais uma vez, aquele clássico Orçamento que tenta agradar a todos, mas não resolve os problemas de ninguém".

"Um Orçamento sem norte, sem coragem, sem estratégia para transformar os Açores, um Orçamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e pouco mais. A lógica é simples: vamos fazer o que está no PRR porque é obrigatório e o resto logo se vê. O problema é que o `resto` são os açorianos", disse.

Para o parlamentar do Chega, nos documentos apresentados "falta coragem na habitação, falta transparência e rigor na agricultura, falta proteção e investimento real nas pescas, falta apoio sério às empresas. Até falta um novo hospital".

"E falta, sobretudo, cortar pela raiz a cultura de dependência e de assistencialismo que tem destruído a iniciativa individual e arrastado os Açores para um ciclo de atraso que é preciso quebrar", vincou.

José Pacheco também salientou que o partido "vota com responsabilidade".

"Onde há avanços, reconhecemos. Onde há falhas, denunciamos. Onde há incompetência, combatemos. Onde há promessas por cumprir, lembramos quem as fez e quem paga o preço", justificou.

Para o líder parlamentar do Chega/Açores "dizer que está tudo mal seria falso", mas "dizer que está tudo bem também seria falso".

"O que está bem é obrigação do Governo [Regional], não é medalha para ninguém. O que interessa é o que falta fazer, onde falhamos, onde podemos e devemos ir mais longe. E, sejamos francos: falta muito", declarou.

Os terceiros Planos e Orçamentos da legislatura preveem um investimento público global de 1.191 milhões de euros, incluindo 990,9 milhões de responsabilidade direta do Governo Regional, que apresentou como "grande desiderato" a execução dos fundos comunitários, em particular do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

O parlamento dos Açores é composto por 57 deputados, 23 dos quais da bancada do PSD, outros 23 do PS, cinco do Chega, dois do CDS-PP, um do IL, um do PAN, um do BE e um do PPM.

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