45 anos de poder local: Recursos Naturais, podem fazer a diferença?

por Antena1

Foto: Fátima Pinto

Na parceria Antena 1 - Universidade de Aveiro sobre os desafios do poder local, falamos hoje de valorização dos Recursos Naturais. E vamos conhecer o exemplo Santar Vila Jardim

Em 2013 os herdeiros da Casa dos Condes de Santar e Magalhães decidiram apostar na preservação e valorização do seu legado, que remonta ao século XVI, criando um projeto integrado chamado "Santar Vila Jardim". Além da Casa de Santar, o plano desenhado por um arquiteto paisagista espanhol, une as Casas da Magnólia, das Fidalgas, Ibérico Nogueira, os Jardins de Linhares e os Jardins da Misericórdia, numa espécie de abraço entre vinhas, buchos, fontes e edifícios com muita história. Inserido no coração do Dão, Santar, no Concelho de Nelas, tem a particularidade de ser atravessada por terraços e jardins em contínuo, com edifícios debruçados sobre um tapete de vinhas. O Enoturismo ganhou por aqui uma dimensão relevante chamando mais visitantes e criando uma nova dinâmica na economia local. A reportagem é da jornalista Fátima Pinto.


Alexandra Aragão é professora associada da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Para esta investigadora já se nota uma viragem dos operadores do setor turístico para o turismo do interior, em que a envolvente é determinante. À volta do Enoturismo, por exemplo, gira também a História, a Arquitetura, o Património, a natureza, o sossego. Agora, segundo Alexandra Aragão, importa perceber como é que o setor e os próprios cidadãos se vão reconfigurar pós pandemia: se voltam ao velho normal, ou não. A investigadora do Instituto Jurídico da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, acredita que há uma mudança de paradigma, sobretudo com o teletrabalho, que levou para as terras de origem muitas pessoas que trabalhavam e viviam fora do país. Alexandra Aragão diz que há indicadores que mostram claramente que ao nível imobiliário há uma maior procura de casas, terrenos, e locais com espaços verdes. Se tudo isto se mantiver no tempo, o país pode ficar mais simétrico, sem um fosso tão acentuado entre o litoral e o interior. A entrevista é da jornalista Cláudia Costa.
pub