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Reportagem

A situação dos incêndios em Portugal minuto a minuto

por RTP

O incêndio que lavra desde sexta-feira em Monchique obrigou a um reforço de meios. A situação agravou-se durante a tarde e obrigou à retirada de mais de uma centena de pessoas.

Mais atualizações

22h50- Interrompemos aqui o acompanhamento da situação dos incêndios em Portugal:

  • A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) prevê que os incêndios que estão ativos possam ficar resolvidos durante esta noite devido ao aumento da humidade, mas admite que esse desfecho será mais difícil na Serra de Monchique;
  • A situação em Monchique continua a ser a mais grave em território nacional, tendo já obrigado à retirada de uma centena de pessoas por precaução;
  • Há ainda dois incêndios ativos em Santarém, sendo que um deles, em Samora Correia, interditou o acesso a três estradas nacionais;
  • O incêndio em La Rabaza, na zona fronteiriça, levou à deslocalização de vários meios portugueses para aquela região espanhola, com 30 bombeiros portugueses e uma equipa de sapadores florestais na ajuda ao combate ao fogo. No entanto, não é de esperar que as chamas alcancem território nacional durante o dia de amanhã.

21h49 - Trânsito interditado em três estradas nacionais

O incêndio que lavra em Samora Correia desde o início da tarde deste sábado obrigou a interditar o acesso às três estradas nacionais 118, 119 e 362.

Segundo informação da Autoridade Nacional de Proteção Civil pelas 21h10 estavam no combate às chamas 196 operacionais, apoiados por 61 viaturas e dois meios aéreos.

21h36 - Fogo em Monchique já obrigou a deslocar cerca de 100 pessoas

O incêndio que arde em Monchique desde sexta-feira obrigou a deslocar cerca de 100 pessoas para "locais de segurança", 29 das quais no concelho de Monchique e as restantes em localidades do distrito de Beja afetadas pelo fogo, segundo comunicou a Proteção Civil.

No ponto de situação realizado ao início da noite, a Proteção Civil esclareceu que a retirada dessas pessoas foi apenas "feita por precaução".

Vaz Pinto, Comandante Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Faro, garantiu que as equipas de socorro estão a "deslocar as pessoas muito antes de o incêndio chegar" perto das suas povoações e que a "prioridade é deslocar as pessoas preventivamente com muita antecedência".

20h43 - Monchique. Dominada uma frente ativa

Ao início da noite, o comandante Vaz Pinto fez o ponto da situação no incêndio que lavra na Serra de Monchique.

O incêndio continua a com duas frentes ativas, uma delas totalmente dominada e em ações de consolidação de extinção e vigilância. A outra está "muito ativa" e continua a lavrar numa zona inacessível por meios terrestres, onde os meios aéreos são pouco eficazes, devido à orografia do território.

Há mais de 700 operacionais no combate ao fogo. O vento forte registado ao início da tarde dificultou as operações no terreno. Duas frentes continuam ativas, sendo que uma já foi dominada pelas equipas no terreno.

20h38 - Povoações evacuadas em Monchique

O fogo na Serra de Monchique continua indomável e obrigou à evacuação de várias populações. O próprio posto de comando teve de ser deslocalizado este sábado.

Quase 700 homens combatem as chamas. Estão a ser apoiados por sete meios aéreos. Há dois dias que o incêndio está activo e já devorou mais de mil hectares e vários barracões agrícolas.

20h00 - Fogo em Monchique agravou-se

O incêndio agravou-se durante a tarde deste sábado e obrigou à deslocação de mais habitantes, embora as autoridades ainda não consigam precisar quantos.

A informação foi avançada por Rui André, presidente da autarquia, à agência Lusa, que não explicitou que lugares em concreto estão em risco, esclarecendo apenas que um casal de idosos foi deslocado para a escola EB 2,3 de Monchique.

Segundo o presidente da autarquia, o combate "estava a evoluir favoravelmente" ao início da manhã, mas as circunstâncias alteraram-se durante a tarde, com as altas temperaturas e o aumento da intensidade do vento, o que está a dificultar as operações de combate.

19h13 - Bombeiros portugueses em Badajoz ajudam no combate a incêndio

No total, 25 bombeiros voluntários e uma equipa de Sapadores Florestais seguiram este sábado para La Rabaza, em Badajoz, para ajudar a combater um incêndio que deflagra junto à zona fronteiriça.

Segundo informação da Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC), os meios portugueses que seguiram para a zona fronteiriça do lado espanhol incluíram ainda quatro viaturas e um meio aéreo de ataque inicial do centro de meios aéreos de Portalegre.

"Este apoio às autoridades espanholas no combate àquele incêndio enquadra-se no protocolo de cooperação bilateral existente entre Portugal e Espanha no domínio do combate aos incêndios rurais nas zonas fronteiriças", explicou entretanto a Proteção Civil.

O protocolo em causa possibilita a colaboração estreita entre a proteção civil dos dois países além da fronteira, até 25 quilómetros no território dentro do outro Estado. Este tipo de intervenção fronteiriça não requer uma autorização do Estado que presta ajuda ao vizinho.



18h58 - Mais de 1.600 operacionais em 30 incêndios

Às 18h00, mais de 1.600 operacionais combatiam 30 incêndios, dos quais nove em curso. A informação foi avançada pela Proteção Civil.

Só nos locais dos nove incêndios em curso, estão destacados 1.336 homens, 362 viaturas e 19 meios aéreos.

O mais preocupante continua a ser o incêndio de Monchique, que deflagrou cerca das 13h30 de sexta-feira, e já obrigou a retirar habitantes do sítio das Taipas e de Foz do Carvalhoso.

No local estavam 723 homens, 192 viaturas e 11 meios aéreos às 18h00.

No distrito de Santarém, a Proteção Civil contabilizava três fogos em curso. Na localidade Prado, cerca de três horas depois do início do incêndio, estavam no local 172 homens, 45 viaturas e três aviões.

Também ao início da tarde deflagrou um incêndio na Quinta do Briçal, concelho de Rio Maior. Às 18h00 o fogo era combatido por 154 homens, apoiados por 45 viaturas e três meios aéreos.

Em Benavente, mais concretamente em Pancas, estavam no local 122 homens, 38 viaturas e um meio aéreo no combate às chamas, que se iniciaram também esta tarde, às 13h08.

Já em Monte da Pedra, Portalegre, estavam a combater as chamas 106 homens, 26 viaturas e um meio aéreo. O incêndio teve início às 16h29 deste sábado.

18h53 - Mensagem da Proteção Civil alcança sete milhões de pessoas

As mensagens enviadas pela Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) para o risco de incêndios rurais em várias zonas do país chegaram a mais de sete milhões de pessoas, segundo revelaram as autoridades.

As mensagens escritas enviadas para telemóveis chegaram a "7.099.858 de cidadãos que se encontravam esta manhã nos distritos de Évora, Setúbal, Lisboa, Santarém, Portalegre, Castelo Branco, Coimbra, Leiria, Viseu, Guarda e Bragança", refere o comunicado da ANPC, citado pela agência Lusa.

O número de mensagens enviadas com sucesso correspondia, até ao meio-dia, a 90,3%.

18h38 - Aviso vermelho de calor mantém-se final de domingo

Os avisos vermelhos devido ao calor mantêm-se até domingo em 11 distritos de Portugal continental, indica o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Devido à "persistência de valores elevados da temperatura máxima", estão em aviso vermelho até à meia-noite de domingo os distritos de Bragança, Évora, Guarda Vila Real, Setúbal, Santarém, Lisboa, Beja, Castelo Branco, Portalegre e Braga.

Em sete destes distritos - Évora, Guarda, Faro, Setúbal, Beja, Castelo Branco e Portalegre - junta-se agora um aviso laranja de trovoada.

17h49 - Santuário de Fátima pede cuidados redobrados

O Santuário de Fátima recomenda aos peregrinos "cuidados redobrados" face às temperaturas elevadas na Cova da Iria, pedindo para não permanecerem no Recinto de Oração nas horas de mais calor.

Segundo a agência Lusa, o complexo religioso tem o "posto de socorros aberto e fontes de abastecimento de água desimpedidas".

O Santuário de Fátima recomenda ainda aos visitantes que se protejam do sol, sobretudo para os chamados ""grupos de risco" (crianças, idosos e doentes crónicos).

17h42 - Autarca de Monchique garante segurança das populações

Rui André, presidente da Câmara de Monchique confia nos meios que estão no terreno, mas o calor extremo pode complicar o combate às chamas.

Para já, a segurança das populações continua assegurada, refere o autarca. 


16h41 - Centros de saúde e hospitais de região Centro sem conforto térmico em “situações pontuais”

A Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro admitiu este sábado que existem "situações pontuais" em que falta conforto térmico para os utentes em centros de saúde e hospitais, mas assegura a "devida assistência" aos utentes nas diversas instalações de saúde da região.

Em comunicado, a ARS diz que "só a nível de cuidados de saúde primários existem cerca de 500 instalações, pelo que é compreensível e admissível que possam surgir situações pontuais em que não seja possível manter o conforto térmico".

Na sexta-feira, Carlos Cortes, presidente da secção regional do Centro da Ordem dos Médicos, considerava que os centros de saúde e hospitais da região Centro não apresentam condições para profissionais e utentes fazerem face às altas temperaturas.

"O Ministério da Saúde e a Direção-Geral da Saúde esqueceram-se de uma medida essencial: para dar resposta aos doentes, sobretudo aos utentes com doenças crónicas, aos utentes mais idosos e às crianças, são necessárias condições térmicas adequadas", reclamou Carlos Cortes

A Administração Regional de Saúde diz que tem vindo a “identificar e a resolver algumas das situações que, aliás, estão acauteladas nos próprios planos de contingência" de centros de saúde e hospitais.

16h28 - Calor, baixa humidade e vento forte dificultam trabalhos em Monchique


São preocupantes as condições de combate às chamas na Serra de Monchique. Há uma frente de poucas acessibilidades que está a ser combatida apenas com meios aéreos.

As temperaturas a esta hora continuam superiores a 40 graus e os níveis de humidade chegam aos 2 por cento. Ao início da tarde, o vento provocou um reacendimento.

Até ao momento, o incêndio afeta apenas uma zona de mato e não há populações em risco.

16h09 - 4ª Etapa da Volta sem passagem pela Torre devido às temperaturas

A quarta etapa da Volta a Portugal em bicicleta, que se realiza este domingo, não vai passar na Torre devido às condições climatéricas.

"Atendendo às altas temperaturas que continuam a registar-se e aos elevados níveis de cansaço do pelotão provocados pelo calor", a organização entendeu "reduzir o índice de dificuldade da etapa rainha, eliminando 27 quilómetros".

A etapa, que liga a Guarda às Penhas da Saúde, tinha inicialmente 171,4 quilómetros e vai agora ter 144, deixando de ter a passagem da Torre, que será substituída pela subida às Penhas Douradas.

15h19 - Reacendimento

Em direto para a RTP3, a repórter da RTP Rosa Veloso deu conta de pelo menos um reacendimento no fogo que lavra há mais de 24 horas em Monchique. O vento, agora mais forte, está a dificultar o trabalho dos bombeiros.



15h10 - 17 fogos mobilizam mais de mil operacionais

Pelas 14h45, segundo o portal da Proteção Civil, mais de mil operacionais combatiam 17 incêndios, apoiados por 279 viaturas e 15 meios aéreos.

A Proteção Civil indicava estarem "em curso" três fogos: em Pancas, concelho de Benavente; em Silveiras, concelho de Santiago do Cacém; em Monchique, que deflagrou cerca das 13h30 de sexta-feira.

Ao início da tarde, encontravam-se em Monchique 735 homens, 196 viaturas e nove meios aéreos.

Os demais incêndios estavam em fase de resolução ou mesmo em conclusão.

15h01 - Termómetro a subir na capital

A temperatura máxima prevista para Lisboa aumentou para 44 graus. A confirmar-se, será o terceiro dia consecutivo em que é fixada uma marca histórica na capital.

Até às 13h00, Lisboa registou 41 graus.

14h00 - O que diz a meteorologia

Mais de 30 concelhos sob atenção das autoridades e a Proteção Civil enviou mesmo mensagens de alerta de risco extremo para as populações dos distritos de Coimbra, Leira, Lisboa e Santarém. Um risco que aumenta perante as temperaturas previstas.

Santarém, Setúbal e Évora devem chegar este sábado aos 46 graus de temperatura máxima. Para o distrito de Beja estão previstos 45 graus. Em Lisboa e Castelo Branco os termómetros devem atingir os 44 de máxima.

Foram entretanto estabelecidas marcas históricas nas temperaturas mínimas.

13h43 - "Se houver alteração de vento, as coisas podem complicar-se"

Ouvido pela reportagem da RTP, ao início da tarde, o presidente da Câmara Municipal de Monchique manifestou "uma grande confiança" no dispositivo montado para o combate às chamas.

O autarca não deixou, todavia, de sinalizar alguma preocupação com eventuais alterações das condições climatéricas nas próximas horas.

13h30 - Vinte e quatro horas de combate

Os bombeiros combatem ainda duas frentes ativas no incêndio que começou na sexta-feira em Monchique. A noite obrigou a um reforço de meios.

Estão mais de 700 homens no terreno, apoiados por uma dezena de meios aéreos. Duas aldeias foram evacuadas, mas não há casas atingidas.

13h05 - Área ardida

O incêndio que deflagrou há cerca de 24 horas em Monchique já queimou aproximadamente mil hectares, sendo que 20 por cento da área está inacessível a meios terrestres, de acordo com o Comando Operacional.

12h21 - Ocorrências

Na sede da Autoridade Nacional de Proteção Civil, em Carnaxide, a reportagem da RTP obteve o número de ocorrências em território português desde as 0h00 desde sábado: 37, boa parte das quais durante a noite.

Só o incêndio de Monchique permanece ativo.

12h06 - O dispositivo. Atualização

Em conferência de imprensa, o comando da Proteção Civil atualizou ao início da tarde os dados relativos aos meios envolvidos nas operações de combate às frentes que permanecem ativas em Monchique.

Estão nesta altura a participar nas operações 710 operacionais, apoiados por 181 veículos e 11 meios aéreos. Há também dez máquinas de rasto no terreno.

Sem querer avançar com qualquer previsão para o desfecho do combate às chamas, o comandante Vítor Vaz Pinto confirmou a informação de que não há, por agora, qualquer povoação diretamente ameaçada pelo incêndio.

11h58 - Reforço de meios aéreos

Dez aviões combatem a esta hora o incêndio em Monchique, que mantém duas frentes ativas. No local estão ainda cerca de 700 operacionais, apoiados por mais de 170 veículos.

10h58 - Moradores de regresso

As pessoas que na sexta-feira e durante a última noite tiveram de sair das suas casas, por causa do incêndio em Monchique, puderam entretanto regressar às habitações.



O número de feridos - por exaustão e inalação de fumo - no combate às chamas permanece inalterado: nove operacionais, oito dos quais bombeiros.

No local do incêndio chegaram a ser registadas temperaturas de 47 graus.

10h30 - Radiação UV

Outro dos avisos da meteorologia prende-se com a radiação ultravioleta: Portugal continental, o arquipélago da Madeira e o grupo central dos Açores apresentam este sábado um risco muito elevado de exposição.

Para as regiões sob risco muito elevado ou elevado, o Instituto do Mar e da Atmosfera aconselha o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, t-shirt, guarda-sol, protetor solar e evitar a exposição das crianças ao Sol.

O índice ultravioleta varia entre 1 e 2 (risco baixo), 3 a 5 (moderado), 6 a 7 (elevado), 8 a 10 (muito elevado) e superior a 11 (extremo).

10h18 - Dias de calor intenso

Recorde-se que, perante a onda de calor que atinge o país o país - com máximas acima dos 40 graus -, a Autoridade Nacional de Proteção Civil decidiu ontem alargar o estado de alerta especial relativo aos meios de combate a incêndio aos distritos do Porto, Leiria, Aveiro, Braga, Viana do Castelo e Coimbra.

Por sua vez, a Direção-Geral da Saúde aconselha as pessoas a permanecerem em ambientes frescos e a beberem muita água, evitando a ingestão de álcool.

Por causa da persistência das altas temperaturas, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera estendeu também o aviso vermelho - o mais acentuado - a 11 distritos de Portugal continental até ao início da tarde de domingo.

Para este sábado estão previstas temperaturas superiores a 40 graus em grande parte do território.

9h33 - Habitações fora da rota das chamas

Em direto de Monchique, a repórter da RTP Rosa Veloso recolheu junto do presidente da Câmara local os últimos dados sobre as operações de combate ao incêndio que ali lavra desde a tarde de sexta-feira.

O autarca Rui André confirmou que há ainda duas frentes ativas a mobilizar os bombeiros. Deu também conta do trabalho levado a cabo pelas máquinas de rasto.

O presidente da Câmara Municipal de Monchique afirmou que, por agora, não há quaisquer habitações em risco.

9h07 - Risco de incêndio

São mais de 30 os concelhos de Portugal continental que estão este sábado sob risco máximo de incêndio, designadamente no Algarve e no interior Norte e Centro do país.

No Algarve, mostram os dados do Instituto do Mar e da Atmosfera, estão com risco máximo de incêndio os concelhos de Monchique, Odemira, Portimão, Silves, Loulé, São Brás de Alportel, Tavira, Castro Marim e Alcoutim.

No interior norte e centro estão sob risco máximo de incêndio os concelhos de Torre de Moncorvo, Vila Nova de Foz Côa, Mêda, Trancoso, Figueira de Castelo Rodrigo, Pinhel, Celorico da Beira, Guarda, Sabugal, Penamacor, Fornos de Algodres, Gouveia, Seia, Manteigas, Covilhã, Arganil, Pampilhosa da Serra, Oleiros, Proença-a-Nova, Vila Velha de Rodão, Nisa, Marvão, Gavião, Abrantes, Ferreira do Zêzere, Vila de Rei, Vila Nova da Barquinha.

O risco de incêndio engloba cinco níveis, que podem variar entre o "reduzido" e o "máximo". O cálculo é feito com base nos valores observados às 13h00 em cada dia relativamente à temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação nas últimas 24 horas.

8h41 - Marcelo assinala resposta em Monchique

O Presidente da República elogiou na última noite a capacidade das populações para prevenir incêndios.

Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que tem sido feito um bom trabalho para minimizar as consequências das altas temperaturas.

8h15 - Mais operacionais

Setecentos operacionais combatem agora as chamas no concelho de Monchique, com o apoio de 188 viaturas e seis meios aéreos, que entretanto retomaram os voos.

Foi também ativado o Plano Municipal de Emergência e a Câmara está a prestar apoio social a pessoas retiradas das suas casas, designadamente da localidade de Foz do Carvalhoso.

Parte dos moradores retirados por precaução foi encaminhada para a Santa Casa da Misericórdia, entre os quais dois idosos acamados. Outras duas pessoas estão numa escola e as demais ficaram em casa de familiares.

Não há, por ora, registo de habitações ardidas, além de algumas infraestruturas de apoio agrícola.

A Proteção Civil alerta para risco de incêndio muito elevado a máximo no distrito de Faro e em concelhos dos distritos de Castelo Branco, Portalegre, Santarém e Beja.

8h00 – Monchique, ponto de situação


Duas frentes ativas mobilizavam, pela 1h00 deste sábado, 685 operacionais, apoiados por 177 veículos.

Antena 1

A localidade de Foz do Carvalhoso foi a última a ser evacuada, uma medida de precaução tomada face à aproximação de uma frente ativa, segundo o Comando Distrital de Operações de Socorro de Faro. Horas antes haviam sido retirados habitantes do sítio das Taipas.

As pessoas retiradas das suas casas foram encaminhadas para uma escola de Monchique preparada para o efeito pela Câmara Municipal.

Ao início da madrugada, o CDOS adiantava que não havia mais populações em risco.

Há notícia de nove feridos ligeiros, dos quais oito bombeiros, por exaustão e inalação de fumo.

“Uma situação complexa”

Em conferência de imprensa, pelas 19h00 de sexta-feira, Abel Gomes, comandante das operações de socorro, explicava que o incêndio havia deflagrado “de forma explosiva”.

“É uma situação complexa, mas é fruto daquilo que são as condições no terreno e as condições meteorológicas”, acrescentaria o comandante, insistindo que a orografia “é muito complicada, com declives acentuados e dificuldade nos acessos”.

Um quadro posteriormente confirmado em declarações à RTP.

Além do fogo de Monchique, na última noite estavam ativos outros quatro incêndios: em Tavira, com 16 homens e quatro veículos envolvidos no combate; em Aveiro, com 17 operacionais e quatro veículos; em Sintra, no Parque de Monserrate, enfrentado por 26 bombeiros, apoiados por oito veículos; no Porto, com cinco homens e um carro a combater as chamas.