Aluna do Porto ganha medalha de prata no Concurso Europeu para Jovens Cientistas

Uma aluna da escola Carolina Michaëlis, no Porto, venceu o segundo prémio do Concurso Europeu de Jovens Cientistas, organizado pela Comissão Europeia, no valor de 5.000 euros, foi hoje divulgado pela Fundação da Juventude.

Lusa /

De acordo com um comunicado, Carolina Coelho, da Escola Básica e Secundária Carolina Michaëlis, no Porto, arrecadou o segundo prémio com o projeto "Observational constraints on vector-like dark Energy" (Restrições observacionais na energia escura vetorial, em tradução livre para português).

A estudante foi escolhida para representar Portugal, na Letónia, com a vitória no Concurso Nacional para Jovens Cientistas e Investigadores 2025, organizado pela Fundação da Juventude, sendo orientada pela professora Elsa Alves e pelo investigador Carlos Martins.

O trabalho "analisa um modelo alternativo ao modelo canónico ?CDM, chamado tríade cósmica, que utiliza campos vetoriais em vez de escalares para explicar a energia escura", detalha-se no comunicado da Fundação da Juventude.

"Pela primeira vez, estes modelos foram comparados com dados observacionais, recorrendo a análises estatísticas e dados cosmológicos, concluindo-se que os campos vetoriais são uma alternativa viável ao ?CDM, que é uma descrição aproximada da evolução cosmológica", explica.

Esta foi a 36.ª edição destes prémios europeus, nos quais se apresentaram a concurso 85 projetos em várias áreas do conhecimento, envolvendo mais de 150 jovens cientistas, com idades compreendidas entre os 14 e os 20 anos, provenientes de 40 países.

A Fundação da Juventude levou ainda a Riga o projeto "Utilização de cabelo humano na adsorção de corantes de águas poluídas", desenvolvido por Madalena Silva e Neuza Rodrigues, estudantes da Escola Secundária de Azambuja, com a coordenação da professora Margarida Soares.

"As jovens cientistas estudaram a utilização de cabelo humano como material adsorvente, através da sua capacidade de remover corantes (Azul de Metileno) de soluções aquosas, testando diferentes parâmetros e avaliando o processo em modelos de adsorção (Langmuir e Freundlich). Os resultados mostraram rendimentos de cerca de 90% em apenas 30 minutos, comprovando que o cabelo pode ser um adsorvente promissor de corantes em efluentes industriais", detalha-se no comunicado da Fundação da Juventude.

A fundação relembra que as delegações portuguesas "têm conseguido frequentemente distinções", recordando que o projeto SPIDER-BACH2 venceu o primeiro prémio em 2023.

A Fundação da Juventude "organiza, desde 1992, o Concurso Nacional para Jovens Cientistas e Investigadores, uma das principais iniciativas de ciência em Portugal", destinado a jovens entre os 15 e os 20 anos com projetos científicos e de investigação desenvolvidos no âmbito escolar.

 

Tópicos
PUB