Está reposto a 100 por cento o abastecimento energético em Portugal, segundo a E-Redes. O operador da rede de distribuição de eletricidade assegura que as zonas do país sem energia não estão relacionadas com o apagão de segunda-feira.
Está reposto a 100 por cento o abastecimento energético em Portugal, segundo a E-Redes. O operador da rede de distribuição de eletricidade assegura que as zonas do país sem energia não estão relacionadas com o apagão de segunda-feira.
Rui Minderico - Lusa
Foto: Nuno Veiga - Lusa
A ANACOM, que é a Autoridade Nacional de Comunicações, está a avaliar a resposta dos operadores durante o apagão e admite vir a aplicar coimas se apurar incumprimentos.
A REN adiantou hoje que o intercâmbio comercial de energia entre Portugal e Espanha não está a funcionar por precaução, após o apagão maciço que atingiu a Península Ibéria.
O administrador da REN, João Faria Conceição, referiu ainda que espera que a "fase final" para a "estabilização completa do sistema" esteja concluída até às 00:00 de quarta-feira, em declarações na CNN Portugal.
João Faria Conceição esclareceu que, pouco antes das 23:30 de segunda-feira, foi restabelecida a ligação a toda a sua infraestrutura, enquanto a operadora da rede de distribuição ligou hoje "muito cedo" os últimos pontos de consumo.
"Estamos a caminhar para uma situação normal", mas "a parte da distribuição está a demorar um pouco mais", sublinhou o administrador da empresa responsável pelo transporte de eletricidade e gás em Portugal.
O administrador executivo da REN realçou que é ainda necessário "garantir a estabilização completa do sistema" para conseguir o normal funcionamento dos mercados grossistas.
"A partir daí, podemos dizer que o sistema voltou, tanto técnica como economicamente, ao funcionamento completamente normal", continuou, acrescentando que espera que esta etapa final esteja concluída até à meia-noite de hoje.
Para isso, é necessário "gerir o sistema em separado", uma decisão tomada em "total coordenação" com o governo português e a Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), bem como com as autoridades e contrapartes da rede elétrica espanhola.
"As interligações entre os sistemas estão operacionais, mas não há troca comercial de energia" entre Espanha e Portugal, explicou Conceição.
Questionado sobre a possibilidade de um excesso de energia renovável no sistema energético estar na origem do apagão, o administrador considerou a ideia plausível, embora "não a única".
"Aparentemente, e de acordo com as autoridades espanholas, as questões cibernéticas foram descartadas e, por isso, temos agora de nos concentrar exatamente no que aconteceu", apontou.
João Faria Conceição afirmou ainda que as energias renováveis são "uma fonte de energia segura" que possui uma série de características, "especificamente, a sua volatilidade", que devem ser acomodadas na gestão de qualquer sistema elétrico para mitigar os efeitos dessa volatilidade.
O responsável da REN salientou que o apagão que ocorreu esta segunda-feira e afetou Portugal, Espanha e o sul de França foi "absolutamente extraordinário", mas alertou que "não há risco zero" de a situação se repetir.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky alertou hoje para a "grave crise energética" vivida na segunda-feira em Portugal e Espanha devido ao apagão maciço, observando que estes situações representam "um desafio" ao qual é necessário "responder em conjunto".
Zelensky, que falava à distância numa reunião de países da Europa de Leste, lamentou o que "os amigos de Espanha e Portugal" viveram e recordou que na segunda-feira falou com o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, sobre "possível assistência".
"Os especialistas ucranianos têm uma experiência única na proteção e restauração de fontes de energia. A guerra ensinou-nos muito, não só como recuperar de ataques com mísseis e bombas russos, mas também como lidar com ataques cibernéticos e outras ameaças", acrescentou.
Desta forma, manifestou a sua disponibilidade para partilhar a experiência, durante um discurso em que defendeu o estabelecimento de redes de segurança "para que os países possam ajudar outros numa crise" relacionada com o fornecimento de energia ou com os sistemas de comunicação.
Zelensky, que pediu assistência para que a Ucrânia possa continuar a proteger as suas infraestruturas energéticas, "especialmente perto das fronteiras com a Rússia", insistiu na necessidade de trabalhar pela paz, para a qual voltou a propor estabelecer um cessar-fogo de "pelo menos 30 dias".
O Presidente ucraniano enfatizou ainda o papel da Bielorrússia durante o conflito, referindo que a Rússia "está a preparar algo este verão" em território bielorrusso.
Não forneceu detalhes, além de dizer que os dois parceiros usariam manobras militares como desculpa.
"É assim que geralmente começa um novo ataque", alertou Zelensky, antes de sublinhar que a ameaça russa também se pode estender a outros países próximos da fronteira, como a Lituânia ou a Polónia.
José Sena Goulão - Lusa
Depois do apagão de ontem, o ministro da presidência admitiu esta noite que no futuro é preciso rever a rapidez e a eficácia das formas de comunicação de eventuais perturbações à população.
Foto: Michael Förtsch - Unsplash
Um português nos Estados Unidos acompanhou à distância o apagão de ontem no nosso território continental. Nelson Abreu trabalha na proteção e controlo de cibersegurança, das redes elétricas em Los Angeles e diz que há lições a tirar sobre o apagão na Península Ibérica.
Foto: RTP
A Ordem dos Despachantes Oficiais alertou hoje para diversas as falhas no Portal das Finanças. Este organismo refere que há mercadorias retidas nas alfândegas e processos de despacho suspensos.
O Departamento de Estado norte-americano manifestou hoje "curiosidade" no apuramento das causas do apagão generalizado de segunda-feira em Portugal e Espanha, que qualificou de "assustador".
"Estamos curiosos para saber [as causas do que aconteceu]. Foi uma visão assustadora para os nossos amigos em Espanha e em Portugal", afirmou a porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Tammy Bruce.
Bruce não respondeu a perguntas sobre se os Estados Unidos têm informações sobre a origem da falha de energia e encaminhou a imprensa para os governos de Portugal e Espanha.
A responsável observou que não houve "qualquer impacto na operação" das missões diplomáticas norte-americanas em Espanha e Portugal, e explicou que a energia foi "totalmente restabelecida esta manhã".
Um corte generalizado no abastecimento elétrico afetou na segunda-feira, desde as 11:30, Portugal e Espanha, continuando sem ter explicação por parte das autoridades.
Aeroportos fechados, congestionamento nos transportes e no trânsito nas grandes cidades e falta de combustíveis foram algumas das consequências do "apagão".
O operador de rede de distribuição de eletricidade E-Redes garantiu hoje de manhã que o serviço está totalmente reposto e normalizado.
Foto: Israa Ali - Unsplash
Durante o apagão e sem eletricidade foi a rádio o meio que mais informação deu aos portugueses. Quem seguia de carro ou quem tinha um aparelho a pilhas conseguiu saber o que se estava a passar a cada minuto.
Foto: RTP
Em entrevista à RTP, o administrador da REN admitiu que é necessário saber o que levou ao apagão geral e que Portugal não estava preparado para um incidente como este. João Faria Conceição não descartou a possibilidade, referida pelas autoridades espanholas, de um ciberataque.
Foto: Miguel A. Lopes - Lusa
O Governo vai criar uma comissão técnica independente para avaliar a resposta ao apagão. O primeiro-ministro pediu uma auditoria europeia para apurar as causas da quebra do fornecimento de energia. Decisões tomadas em novo conselho de ministros.
Foto: Javier Lizon - EPA
Pedro Sánchez quer apurar responsabilidades e causas para o apagão, continuando sem descartar qualquer possibilidade. O primeiro-ministro espanhol anunciou a criação de uma comissão de investigação.
Foto: Carlos de Saa - EPA
Espanha reativou todo o sistema elétrico ao final da manhã de terça-feira. A circulação ferroviária foi a que tardou mais em ser reposta com muitos atrasos e viagens canceladas.
EPA
A presidente da Comissão Europeia elogiou os cidadãos de Portugal e Espanha pelo sentido de comunidade vivido durante o apagão. No congresso do PPE em Valência, Espanha, Ursula von der Leyen deixou ainda um agradecimento às forças de segurança e às autoridades nacionais.
A normalidade está a voltar ao aeroporto de Lisboa, depois de mais de 24 horas com voos cancelados devido ao apagão de segunda-feira.
O Aeroporto de Lisboa ainda está longe da normalidade. Milhares de bagagens continuam por entregar, e foram muitos os passageiros que passaram a noite no aeroporto à espera de uma solução para centenas de voos cancelados. Nos Aeroportos de Faro e do Porto a situação já é mais tranquila.
Foto: Filipe Amorim - Lusa
Os partidos da oposição acusam o Governo de ter falhado na comunicação sobre o desenrolar da crise energética. Pedro Nuno Santos fala num apagão do próprio governo e falta de liderança.
Foto: Arsyad Basyarudin - Unsplash
A ANACOM - Autoridade Nacional De Comunicações – informou esta tarde que as operadoras já resolveram praticamente todas falhas nos serviços de rede móvel , internet e televisão.
Foto: Miguel A. Lopes - Lusa
O primeiro-ministro garante que a Proteção Civil "funcionou muito bem" durante o apagão mas admite que poderia ser melhorada a comunicação. Luís Montenegro desvalorizou o atraso no SMS enviado aos portugueses.
Lusa
O Governo quer uma comissão técnica independente, na próxima legislatura, para avaliar a resiliência do sistema e da resposta a crises depois do apagão de segunda-feira.
O presidente da Câmara de Leiria admitiu hoje serem necessários mais geradores, mais disponibilidade de combustível e melhores comunicações para responder a situações como a de um corte geral de energia.
Gonçalo Lopes (PS) afirmou na reunião de Câmara de hoje que a resposta de Leiria, "globalmente, foi positiva", mas admitiu que "há sempre coisas a limar".
Tendo em conta a falta de abastecimento de água em algumas zonas do concelho de Leiria, o autarca admitiu que o sistema dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) "precisa de ter mais robustez para ser totalmente autónomo".
"Precisamos de 75 geradores", revelou, frisando que este é um dos "pontos a reforçar", assim como "ter mais geradores de prevenção".
Respondendo ao vereador independente eleito pelo PSD Álvaro Madureira, o presidente afirmou que "há vulnerabilidades" que terão de ser analisadas e será elaborado um "mapa de resiliência em relação à capacidade energética", para que seja possível "ter capacidade de gerar um conjunto de respostas numa situação destas".
Para Gonçalo Lopes, a resposta da autarquia foi "rapidíssima e não falhou", apesar de entender que há necessidades a serem ultrapassadas: "Mais geradores, melhor comunicação e fornecimento mais rápido de combustíveis".
Apesar das dificuldades, o autarca disse que contou com o apoio de vários parceiros económicos e de empresas da região, que cederam geradores e disponibilizaram autotanques de combustível.
"Ficou visível que também temos de ter uma preocupação com as comunicações, que colapsaram. Temos de encontrar soluções para chegar à comunicação com os presidentes de junta e às unidades locais de proteção civil", assegurou.
O vereador da Proteção Civil, Luís Lopes, garantiu que as comunicações de emergência "nunca falharam dentro do concelho de Leiria durante todo o apagão".
"O [rede] SIRESP esteve sempre em funcionamento até ao restabelecimento da energia", afirmou, ao informar que houve o reabastecimento pontual de água a hospitais, lares e estruturas agropecuárias.
Um corte generalizado no abastecimento elétrico afetou na segunda-feira, desde as 11:30, Portugal e Espanha, continuando sem ter explicação por parte das autoridades.
Aeroportos fechados, congestionamento nos transportes e no trânsito nas grandes cidades e falta de combustíveis foram algumas das consequências do "apagão".
O operador de rede de distribuição de eletricidade E-Redes garantiu hoje de manhã que o serviço está totalmente reposto e normalizado.
Foto: João Marques - RTP
Uma dos sectores mais críticos com o apagão foi o da Saúde. A grande maioria dos hospitais suspenderam toda a atividade programada e concentraram-se apenas nas urgências. Com recurso a geradores, mantiveram em funcionamento os cuidados intensivos, cirurgias urgentes e cuidados neonatais.
Foto: João Marques - RTP
O apagão elétrico de segunda-feira provocou limitações no socorro. O INEM teve dificuldades nos contactos mas garante que não houve qualquer pedido que tenha ficado sem resposta. Já os profissionais de emergência médica garantem que houve pelo menos cerca de 100 chamadas sem atendimento ou sem retorno em tempo útil.
As perdas relacionadas com interrupções de negócios após o apagão desta segunda-feira podem levar a grandes indemnizações das seguradoras, que podem chegar a 300 milhões de euros em Espanha e uma fração disso em Portugal, calcula a DBRS.
Numa nota enviada hoje, a DBRS sinaliza que a falha de energia que afetou na segunda-feira, desde as 11:30, Portugal e Espanha pode gerar um aumento nas reivindicações relacionadas com seguros residenciais, comerciais, de viagem e de interrupção de negócios.
"Embora seja difícil fornecer uma estimativa das perdas seguradas na situação atual, a nossa expectativa inicial é que as perdas seguradas variem entre 100 e 300 milhões de euros em Espanha e uma fração disso em Portugal", aponta a agência de notação financeira, destacando que "as perdas económicas totais serão várias vezes maiores que essas estimativas".
Apesar de admitir que as seguradoras provavelmente vão considerar as perdas financeiras derivadas deste evento geríveis, "as seguradoras espanholas e portuguesas provavelmente receberão um volume excecional de sinistros após o apagão, o que poderá colocar as suas capacidades operacionais sob pressão".
Mario de Cicco, vice-presidente de Seguros Globais e Classificações de Pensões da Morningstar DBRS, sinaliza, citado em comunicado, que apesar das perdas relacionadas com interrupções de negócios poderem "ser graves e possivelmente levar a grandes indemnizações", a "maioria das apólices de seguro normalmente começa a cobrir danos decorrentes de interrupções de negócios apenas após 12, 24 ou até 48 horas".
"Como resultado, os pagamentos das seguradoras devem ser amplamente mitigados pelo facto de o fornecimento de energia ter sido quase totalmente restabelecido em menos de 12 horas", concluiu.
No que diz respeito aos detentores de seguro de viagem, estes deverão ter "direito a alguma indemnização devido às grandes interrupções no transporte ferroviário e aos cancelamentos de voos, contudo, isso poderá ser amplamente atenuado devido ao lento retorno aos serviços normais no dia seguinte".
Já a incidência de acidentes de carro "parece ser pequena", nota a DBRS.
A transição energética continua a precisar de investimento em petróleo e gás, segundo um estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos que alerta para a falta de rede de segurança para a nova economia energética.
O petróleo e o gás natural representam atualmente 55% do fornecimento mundial de energia, o que torna importante a continuidade do investimento nesta área, tendo em conta que as possibilidades de sucesso da transição energética dependem da manutenção do acesso à energia a preços acessíveis, segundo o estudo "A transição energética da Europa: equilibrar o trilema", realizado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos em parceria com a Brookings Institution, um dos principais `think tanks` do mundo.
De acordo com o mesmo documento, que se centra na transição energética na Europa em tempos de crise e conflitos e no desafio de garantir a segurança energética europeia, "os alicerces sólidos da transição energética devem consistir sobretudo numa gestão coordenada da oferta e da procura, e não tanto na limitação da oferta de combustíveis fósseis".
O relatório divulgado hoje, que faz parte de uma série de seis artigos que compõem o estudo completo a serem publicados até ao final de 2025, aponta ainda que a transição para energias limpas traz riscos e vulnerabilidades próprios, mas também pode reduzir dependências geopolíticas que durante décadas causaram tensão, como a ameaça de falhas no fornecimento de petróleo.
Além disso, alerta para a falta de rede de segurança no novo cenário energético baseado em energia renovável.
"Durante anos, organizações como a Agência Internacional de Energia (AIE) criaram reservas estratégicas e planos de resposta a crises. Mas, para a nova economia energética --- baseada em tecnologias limpas ---, ainda não existe uma rede de segurança semelhante", referem.
Os autores do estudo avisam que se houver "escassez de minerais ou equipamentos essenciais (como painéis solares), o impacto pode não ser imediato como no caso do petróleo, mas pode travar o ritmo da transição energética e desincentivar investimentos. Acautelar essas falhas será crucial para garantir que a transição decorre de forma segura, acessível e sustentável", acrescentam.
Além disso, concluem que o grau de globalização do sistema energético vai ser essencial para ditar o ritmo da transição energética e das suas consequências geopolíticas e dependerá de decisões estratégicas dos principais blocos económicos.
"Se EUA e Europa apostarem mais em produzir localmente e em relações com países aliados, isso pode aumentar os custos e abrandar a mudança", apontam.
Já a China, líder na produção de painéis solares e minerais críticos, tem poder para influenciar este processo a seu favor --- o que, alertam os autores, levanta preocupações sobre dependência e segurança económica.
O relatório conclui ainda que, mesmo nos países ricos, o acesso à energia sobrepõe-se às preocupações de sustentabilidade.
"No `trilema` da transição energética --- otimizar a segurança do aprovisionamento, o preço e a sustentabilidade ambiental ---, em tempos difíceis, a sustentabilidade passa muitas vezes para segundo plano", lê-se no mesmo relatório.
Os autores destacam ainda que as grandes variações nos preços da energia não só afetam negativamente os consumidores e as empresas como também diminuem a confiança nos governantes eleitos e as respetivas taxas de aprovação.
"Nenhum governo que queira combater as alterações climáticas conseguirá manter-se tempo suficiente no poder caso a população considere que não esteja a garantir, no imediato, o fornecimento seguro de energia a preços acessíveis. Idealmente, uma abordagem consensual que incorpore todo o espetro político resultaria num ambiente de políticas estáveis, capaz de promover o investimento em energias mais limpas", concluem.
A falha de abastecimento de água em Leiria que afetou o estabelecimento prisional para jovens está resolvida, pela Câmara Municipal, adiantou o Ministério da Justiça (MJ) no último balanço sobre o impacto do apagão no setor da Justiça.
De acordo com a informação disponibilizada pelo MJ, o Instituto de Registos e Notariado (IRN) apresenta "constrangimentos pontuais", não sendo possível atender pedidos de renovação e autorização de residência.
No Balcão Único do Prédio (BUPI) há problemas de comunicação a afetar a consulta de processos.
Nos tribunais, tal como avançado de manhã, foi retomada a atividade, mas mantém-se a instabilidade na rede.
O MJ garantiu que os prazos judiciais que não puderam ser cumpridos na segunda-feira "estão salvaguardados" por uma norma legal.
Nos estabelecimentos prisionais e centros educativos não há registo de incidentes.
Contactada pela Lusa, a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais precisou (DGRSP) que, na segunda-feira, o abastecimento de eletricidade aos estabelecimentos prisionais e centros educativos foi reposto entre as 18:16 de segunda-feira e as 01:05 de hoje, "estando a atividade dos serviços a decorrer dentro da normalidade".
Na segunda-feira, a energia foi assegurada por geradores e a comunicação por meios rádio, sem que se registassem incidentes nem se verificasse "qualquer constrangimento na distribuição de refeições e medicação".
Já o controlo de vigilância eletrónica foi transferido cerca das 12:30 de segunda-feira para as equipas do Funchal (Madeira) e de Ponta Delgada (Açores).
"O sistema foi progressivamente retomado no continente, sendo que cerca das 24:00 passou integralmente para o Centro Nacional de Acompanhamento de Operações (...) e para as equipas de Vigilância Eletrónica", conclui a DGRSP.
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O dia do apagão foi também o dia de corrida às lojas para comprar um rádio. Para muitas pessoas, foi a única fonte de informação durante todo o dia. Em muitos sítios esgotaram mesmo rádios e pilhas.
Foto: Mathurin Napoly / matnapo - unsplach
Fármacos e vacinas que estiveram sujeitos à carência energética estão por agora em quarentena nos equipamentos de frio onde havia geradores a funcionar na segunda-feira. A explicação é de Bruno Moreno, médico na USF de Coimbra e membro da direção da Associação Nacional das Unidades de Saúde familiar, em declarações à Antena 1.
A ministra da Saúde assegura que "correu tudo muitíssimo bem" durante o apagão de segunda-feira. A preocupação do Governo teve com principal preocupação a capacidade e a autonomia dos geradores dos hospitais e centros de saúde.
Foto: Will - Unsplash
O apagão que ontem assolou Portugal, Espanha e parte de França, no entender do professor emérito do Instituto Superior Técnico, José Tribolet, especialista em cibersegurança, não tem contornos de um ataque informático, mas adianta que não é impossível isso acontecer.
O Governo quer inserir as centrais do Baixo Sabor e do Alqueva na função de `black start`, ou seja, arranque autónomo do sistema elétrico, para acelerar o restabelecimento da energia, caso haja uma situação como a de segunda-feira.
No final do Conselho de Ministros, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, disse que o Governo já tinha "tomado a decisão de prorrogar, relativamente à central da Tapada do Outeiro a sua função de `black start` do sistema até março de 2026", e irá agora "acionar os mecanismos para que essa prorrogação se opere até 2030".
"Por outro lado, estamos a aprofundar todo o procedimento com vista a concretizarmos a inserção também na função de `black start` de mais centrais, em particular a do Baixo Sabor e a do Alqueva", indicou.
"Se há ilação que já podemos tirar é que a central da Tapada do Outeiro e [a] de Castelo de Bode são insuficientes para habilitar o sistema a um reinício numa situação de crise como ontem [segunda-feira] vivemos. Insuficientes do ponto de vista da rapidez", esclareceu.
Estas duas centrais foram a usadas na segunda-feira para arrancar com o serviço inicial.
"Já sabemos que são suficientes do ponto de vista da eficácia, por isso hoje temos a situação restabelecida", salientou, destacando que o entendimento do executivo é que é preciso "um mecanismo que torne ainda mais célere, mais rápida, mais eficiente a capacidade de recuperação e superação de uma circunstância" como a do apagão de segunda-feira.
Foto: Kasia Derenda - Unsplash
Apesar de ainda não serem conhecidas as causas do apagão, Bruxelas admite estar atenta à situação e refere que Portugal e Espanha devem ter uma maior ligação energética ao resto da Europa.
O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, disse hoje que o país "caminha com passos firmes para a recuperação da plena normalidade" depois do apagão de segunda-feira que atingiu toda a Península Ibérica.
"Espanha, felizmente, e com todas as cautelas, está a superar o pior da crise", disse Sánchez, numa conferência de imprensa em Madrid, no palácio da Moncloa, a sede do Governo espanhol.
O abastecimento de eletricidade foi totalmente reposto hoje de manhã em todo o território de Espanha continental e o sistema superou o primeiro pico de consumo do dia às 08:35 locais (07:35, hora de Lisboa), encontrando-se normalizado, segundo as autoridades espanholas.
Sánchez considerou que "o sistema reagiu com agilidade" e "mostrou grande capacidade de recuperação" nas últimas 24 horas, perante um apagão inédito.
Hospitais, centros de saúde, escolas, bancos, comércios e outras empresas estão a funcionar sem perturbações na generalidade de Espanha, disse Sánchez, que se congratulou pela tranquilidade nas bolsas e mercados financeiros.
A rede de telemóvel e fibra ótica já está restabelecida em 90% do território espanhol e não houve registo de problemas de segurança ou ocorrências graves de proteção civil durante o dia de segunda-feira e a madrugada passada.
Segundo o primeiro-ministro, também "tudo indica" que não haverá impacto no setor do turismo e nas reservas na hotelaria para os próximos dias, em que é feriado nacional na quinta-feira e regional em Madrid na sexta, numa das maiores "pontes" do ano em Espanha.
Também os aeroportos e portos funcionam sem problemas em Espanha, com os comboios a continuarem a ser o maior problema depois do apagão.
Mais de 35 mil pessoas foram retiradas na segunda-feira e na última madrugada de comboios que ficaram parados em zonas de difícil acesso, incluindo túneis.
As estações de comboio das grandes cidades de Espanha estiveram abertas toda a noite para milhares de passageiros terem um local para dormir e há ainda ligações ferroviárias em todo o território com perturbações ou serviços suspensos, tanto a nível de suburbanos como de comboios de média e longa distância.
Espanha é o país da Europa e o segundo do mundo com a maior rede de comboio de alta velocidade.
O Governo espanhol espera que as ligações ferroviárias sejam normalizadas ao longo do dia de hoje.
Quanto às redes de metro das cidades, retomaram hoje de manhã o serviço, de forma progressiva.
O apagão ocorreu às 11:33 de Lisboa de segunda-feira e não há ainda uma explicação oficial para o ocorrido.
Os governos de Portugal e Espanha anunciaram hoje comissões técnicas independentes para apurar os motivos do apagão e que vão pedir relatórios e uma auditoria à União Europeia.
A empresa responsável pela gestão da rede elétrica de Espanha descartou hoje a possibilidade de o apagão ter sido provocado por um ciberataque à companhia, enquanto o Governo de Espanha disse que se mantêm em aberto todas as hipóteses.
Segundo o diretor de operações da empresa Red Elétrica de Espanha (REE), Eduardo Prieto, na segunda-feira foi identificado "um elemento compatível com uma perda de geração" no sudoeste do país "que foi superado satisfatoriamente", mas 1,5 segundos depois ocorreu um segundo, coincidindo com o momento do apagão.
O diretor da gestora da rede nacional espanhola acrescentou que "é muito possível que a geração [de eletricidade] afetada possa ser solar", mas sublinhou que todas estas conclusões são preliminares.
Foto: António Antunes - RTP
O sistema integrado de redes de emergência, SIRESP, enfrentou dificuldades de funcionamento esta manhã, em diversos comandos da Policia de Segurança Pública.
Foto: Filipe Amorim - Lusa
O secretário-geral do PS acusa o executivo de Luís Montenegro de ter "falhado" na gestão da falha de energia de segunda-feira. Para Pedro Nuno Santos, "houve um apagão no Governo central".
A Associação de Distribuidores Farmacêuticos (ADIFA) adiantou hoje que a rede de distribuição de medicamentos está "absolutamente normalizada", assinalando que a "operação nunca parou" durante o apagão de segunda-feira e que apenas foram detetadas falhas nos sistemas de comunicação.
Em declarações à Lusa o presidente executivo da ADIFA, Nuno Flora, explicou que as "infraestruturas da distribuição farmacêutica, nomeadamente em termos de armazém, estão preparadas com geradores para substituição em caso de falhas elétricas".
"[A distribuição de medicamentos] está absolutamente normalizada. Inclusive, devo referir que no dia de ontem [segunda-feira] a nossa operação nunca parou. Tivemos sempre em contínuo de operação durante todo o dia", salientou.
Nuno Flora lembrou que os distribuidores já estavam preparados para uma situação de crise, porque aprenderam "um bocadinho no passado" com a pandemia da covid-19, em 2020, e com a greve dos motoristas de matérias perigosas, em 2019.
"Conseguimos manter, do ponto de vista da operação dos armazéns e do próprio transporte, a operação. Onde não correu tão bem foi do ponto de vista das comunicações. Foi um dia atípico no sentido em que não conseguimos obter as encomendas normais dos nossos clientes, principalmente das farmácias, porque houve muitos problemas de comunicação", realçou.
O responsável reforçou que "os distribuidores farmacêuticos aplicaram os seus planos de contingência, os seus planos de continuidade de negócio, e a operação decorreu sem problemas de maior e conseguiu-se continuar a fazer distribuição em todo o território nacional" na segunda-feira.
Nuno Flora indicou que os distribuidores estão preparados para "continuar a operação, recorrendo a fontes alternativas", durante alguns dias, dependendo "de cada armazém".
"Eu diria, que sem medidas, cinco, seis dias, uma semana, conseguir-se-ia manter a atividade. Caso fosse drasticamente afetada, então, tinham de ser aplicadas outras medidas, e ter-se-ia de reduzir o serviço normal. Nós ontem [segunda-feira] mantivemos a operação diária normal, com duas entregas diárias que fizemos às farmácias. Portanto, foram abastecidas ao final da tarde como num dia normal", disse.
Em relação a possíveis medicamentos danificados, Nuno Flora referiu que "não houve qualquer quebra", porque, "mal houve o corte, imediatamente entraram em funcionamento os geradores que estão associados às plataformas logísticas".
O presidente executivo da ADIFA acrescentou que "deve haver melhor articulação" entre todos e investimento do Estado, "para garantir que há uma continuidade das operações e não afetada por questão de comunicações ou por uma questão de trânsito condicionado".
"Temos de continuar a trabalhar neste sentido de aperfeiçoar estes mecanismos de atuação em situações de emergência", sublinhou.
Num comunicado hoje divulgado, a ADIFA reforçou a alerta para "a importância vital do reconhecimento da distribuição farmacêutica como infraestrutura crítica como forma de assegurar, em situações de emergência, o acesso rápido, seguro e contínuo a terapêuticas indispensáveis".
Um corte generalizado no abastecimento elétrico afetou na segunda-feira, desde as 11:30, Portugal e Espanha, continuando sem ter explicação por parte das autoridades.
Aeroportos fechados, congestionamento nos transportes e no trânsito nas grandes cidades e falta de combustíveis foram algumas das consequências do "apagão".
O operador de rede de distribuição de eletricidade E-Redes garantiu hoje de manhã que o serviço está totalmente reposto e normalizado.
Foto: Estela Silva - Lusa
Os partidos criticam o Governo por alegadamente não ter sabido gerir a informação e pela falta de soberania energética do país.
A água esgotou em muitas grandes superfícies. Tal como enlatados e produtos como massa e arroz.
Foto: Sara Piteira - RTP
Os balcões estão encerrados devido a problemas no sistema informático e o portal das Finanças também está em baixo. Não há para já uma previsão para que o problema fique resolvido.
Foto: Miguel A. Lopes - Lusa
O primeiro-ministro assegurou esta terça-feira que Portugal "está ligado com normalidade" após a situação "grave" e "inesperada" que afetou a Península Ibérica na segunda-feira. Luís Montenegro salientou a capacidade de superação de Portugal que conseguiu reiniciar autonomamente o sistema de energia e assegurar o seu transporte a todos os seus clientes.
Sérgio Janeiro foi entrevisto no Jornal da Tarde da RTP e garantiu que ninguém ficou sem assistência e não houve nenhuma chamada de emergência perdida, mesmo aquelas que foram interrompidas e objecto de uma chamada de retorno.
Houve alturas, durante o tempo em que durou a falha energética, em que houve falhas nas comunicações, garante o comandante Pedro Ferreira, dos Bombeiros Voluntários da Moita, dizendo que o SIRESP funcionou até às 19h00, altura em que falhou durante duas horas na central dos bombeiros. O socorro não falhou, garante.
O presidente da entidade que gere a distribuição da energia elétrica em Portugal, José Ferrari Careto, sublinhou, em entrevista ao Jornal da Tarde, esta terça-feira, que o país "viveu uma situação excecional, provavelmente única nas nossas vidas". O responsável sustentou que foi possível obter "uma recuperação da rede em tempo muito curto", isto "a partir do momento em que o sistema conseguiu arrancar".
O INEM reconheceu hoje que o apagão de segunda-feira provocou "constrangimentos pontuais" no acionamento dos meios de emergência e falhas no acesso à rede do Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP).
Num comunicado enviado às redações, o Instituto Nacional de Emergência Médico (INEM) reconhece estes constrangimentos e diz que foram "consequência das falhas registadas nas infraestruturas de comunicação nacionais".
Diz ainda que entre as 13:00 e as 15:00 se verificou "um período de maior pressão no sistema devido a falhas registadas nas redes móveis de comunicações em todo o país".
O pico de chamadas em espera e desligadas na origem, segundo o INEM, ocorreu cerca das 14:00, com um total de 100 chamadas, "tendo os sistemas de `callback` e de atendimento automático dos CODU [Centro de Orientação de Doentes Urgentes] recuperado 100% destas chamadas", acrescenta.
Durante a tarde foram "progressivamente restabelecidas as comunicações telefónicas, o acesso à internet e à rede SIRESP" e o serviço ficou normalizado pelas 23:20.
Devido ao apagão, o INEM ativou o seu plano de contingência e manteve os seus sistemas, telefónico e informático, "a funcionar com recurso a geradores", que foram acionados de forma automática.
"Todas as chamadas com origem no Número Europeu de Emergência -- 112 foram atendidas e o tempo médio de atendimento situou-se nos 40 segundos", acrescenta o instituto.
Na nota hoje divulgada, diz que os CODU registaram na segunda-feira um total de 4.576 chamadas recebidas e 3.877 meios de emergência acionados, números "em linha com os valores registados habitualmente às segundas-feiras", o dia da semana com maior atividade de emergência médica.
Segundo a informação, foram igualmente reforçadas as equipas, designadamente dos profissionais escalados nos CODU, pelas 11:40.
"As aplicações próprias do INEM, de atendimento telefónico, triagem e processamento das chamadas, mantiveram-se sempre operacionais, não se tendo registado qualquer interrupção no seu funcionamento e consequente atendimento e triagem telefónica das chamadas recebidas", afirma.
Na segunda-feira, diversos funcionários do INEM disseram à Lusa que o instituto esteve sem conseguir contactar alguns meios próprios, fosse via telemóvel, fosse através do SIRESP.
Segundo uma das fontes ouvidas pela Lusa, o acionamento de meios atrasou em mais de 100 chamadas e cerca de 400 foram perdidas.
Questionado na segunda-feira sobre os constrangimentos registados nas comunicações do INEM, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, frisou que o Governo ainda estava a "apurar exatamente o que aconteceu".
"É provável que terá havido um período com maior dificuldade nas comunicações, não tenho ainda conclusões sobre tudo o que aconteceu, mas será certamente alvo de aprofundamento, vamos tirar todas as concussões do que correu bem e menos bem", sublinhou.
Na informação hoje divulgada, o INEM garante ainda que "a autonomia energética dos edifícios onde estão instalados os CODU do INEM esteve sempre garantida através dos geradores próprios existentes".
Diz igualmente que foi estabelecida "uma rede de acionamento de meios através dos Comandos Sub-regionais da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, através de canais dedicados de rádio SIRESP".
SO (DMC) // FPA
Depois do adiamento da data inicialmente prevista, por causa do apagão, o debate entre os líderes da AD e do PS, Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos, foi agendado para esta quarta-feira, às 20h30, nas instalações da Nova SBE, em Carcavelos.
A cidade da Guarda regressou hoje à normalidade depois de sete horas sem eletricidade, num apagão que fechou escolas e afetou o funcionamento dos serviços municipais e de saúde.
"Estamos gradualmente a regressar ao normal funcionamento dos serviços, depois do corte de energia na segunda-feira. Prevemos que todas as consultas externas sejam estabelecidas ao longo do dia", disse fonte da administração da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda à agência Lusa.
A mesma fonte adiantou que o serviço de Urgência Pediátrica regressou "ao local habitual, ainda durante a manhã", depois de ter estado a funcionar no edifício das consultas externas na segunda-feira.
Para o início da tarde de hoje está agendada nova reunião da Comissão de Catástrofe da ULS para fazer ponto de situação.
A administração hospitalar reiterou o apelo para que só recorra às Urgências "quem é urgente" e que o faço após ligar para o 808 24 24 24.
As aulas foram hoje retomadas nas escolas da Guarda e em quase todo o distrito. A exceção acontece na Mêda, onde o Agrupamento de Escolas local optou pelo encerramento dos estabelecimentos de ensino do concelho durante o dia de hoje.
Na sede do distrito, o município confirmou à agência Lusa que está "tudo a funcionar sem constrangimentos".
Adiantou também que o corte de energia de segunda-feira continua a afetar a rede abastecimento de água, causando pouca pressão nas torneiras, "nalguns pontos da zona alta da Guarda, como o Bairro do Bonfim, a Rua Duque de Bragança (Bairro da Caixa) e envolvente, a Rua António Sérgio e envolvente, Alfarazes, Bairro Nª Sr.ª dos Remédios e Bairro da Luz".
"O problema está a ser resolvido pela Águas do Vale do Tejo", informou fonte do município da Guarda, referindo que a reposição da normalidade do sistema de abastecimento de água poderia ocorrer durante a manhã.
Um corte generalizado no abastecimento elétrico afetou na segunda-feira, desde as 11:30, Portugal e Espanha, situação que continua sem ter explicação por parte das autoridades.
Aeroportos fechados, congestionamento nos transportes e no trânsito nas grandes cidades foram algumas das consequências do "apagão".
O restabelecimento de energia aconteceu de forma gradual ao longo do dia, começando pela zona centro do país.
O operador de rede de distribuição de eletricidade E-Redes garantiu hoje que o serviço está totalmente reposto e normalizado.
A maioria dos parques de estacionamento de Lisboa geridos pela EMEL "encontra-se já em funcionamento", informou hoje a empresa, referindo ainda que já foram repostos 98% dos semáforos da cidade, afetados pela falha de energia registada na segunda-feira.
Num ponto de situação atualizado às 11:00, a EMEL - Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa refere que apenas oito dos 570 cruzamentos da cidade "estão com intervenções em curso".
Dos 37 parques de estacionamento sob a sua gestão, persistem "constrangimentos operacionais" nos de Alcântara, Alto dos Moinhos, Ameixoeira, Avenida Lusíada, Campo das Cebolas, Casal Vistoso, Colégio Militar e Universidade.
A empresa acrescenta que "a rede de bicicletas partilhadas GIRA está a funcionar", mas 19 das 192 estações ainda não recuperaram as comunicações.
No que diz respeito à acessibilidade pedonal, o funicular e todos os elevadores estão operacionais, com exceção do de Entrecampos, "que ainda tem uma intervenção em curso".
A aplicação ePark e os parquímetros estão a funcionar normalmente, bem como os postos de carregamento elétrico e os controlos de acesso aos bairros históricos.
A EMEL garante que está "a desenvolver todos os esforços para restabelecer, com a maior celeridade, o normal funcionamento" de todos os seus serviços.
Um corte generalizado no abastecimento elétrico afetou Portugal e Espanha na segunda-feira, a partir das 11:30 de Lisboa, continuando sem uma explicação por parte das autoridades.
Aeroportos fechados, congestionamento nos transportes e no trânsito e falta de combustíveis foram algumas das consequências do apagão.
O operador de rede de distribuição de eletricidade E-Redes garantiu hoje de manhã que o serviço está totalmente reposto e normalizado.
A rede SIRESP continuava hoje de manhã a funcionar com dificuldades nos comandos da PSP de Bragança, Braga, Porto, Portalegre e Coimbra, no INEM e em algumas corporações de bombeiros da região Norte, segundo fontes destas autoridades.
Fonte oficial da PSP indicou à Lusa que o Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP) está a funcionar, mas com dificuldades naqueles cinco comandos distritais da PSP.
Fonte ligado ao INEM avançou também à Lusa que na região Norte o INEM e os bombeiros estão com problemas no acesso ao SIRESP por falta de rede.
Segundo a PSP, a eletricidade e os telefones estão a funcionar em todas as esquadras do país.
Também o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses disse à Lusa que a rede SIREP entrou "em degradação" ao final da tarde de segunda-feira em determinados pontos do país, nomeadamente na cidade de Lisboa onde alguns rádios não funcionaram.
Um corte generalizado no abastecimento elétrico afetou na segunda-feira, desde as 11:30, Portugal e Espanha, continuando sem ter explicação por parte das autoridades.
Aeroportos fechados, congestionamento nos transportes e no trânsito nas grandes cidades e falta de combustíveis foram algumas das consequências do apagão.
O operador de rede de distribuição de eletricidade E-Redes garantiu hoje de manhã que o serviço está totalmente reposto e normalizado.
O Tribunal Nacional espanhol acaba de anunciar uma investigação para apurar se o apagão pode ter sido um ciberataque e o presidente do governo avança com uma comissão de inquérito.
O apagão verificado na segunda-feira em toda a Península Ibérica demonstrou o "papel essencial" da central da Tapada do Outeiro, em Gondomar (distrito do Porto), considerou hoje a Turbogás, empresa que gere a infraestrutura.
"Este incidente reforça o papel essencial da Central da Tapada do Outeiro na resiliência do sistema elétrico nacional", pode ler-se num comunicado emitido por fonte oficial da empresa do grupo EML, continuando hoje a "manter a mais elevada operacionalidade".
"A Central da Tapada do Outeiro concretizou ontem [segunda-feira] com sucesso o procedimento de arranque autónomo (`black start`) após ter sido instruída pelo gestor global do sistema (REN)", recorda a Turbogás.
O procedimento "permitiu dar início ao processo de reposição da rede elétrica nacional, confirmando assim a sua relevância enquanto infraestrutura crítica para garantir a segurança e estabilidade do sistema elétrico, demonstrando, uma vez mais, a sua importância estratégica para o sistema energético do país".
Um corte generalizado no abastecimento elétrico afetou na segunda-feira, desde as 11:30, Portugal e Espanha, continuando sem ter explicação por parte das autoridades.
Aeroportos fechados, congestionamento nos transportes e no trânsito nas grandes cidades e falta de combustíveis foram algumas das consequências do apagão.
O operador de rede de distribuição de eletricidade E-Redes garantiu hoje de manhã que o serviço está totalmente reposto e normalizado.
De acordo com o comunicado da Turbogás, a empresa mantém "todos os esforços concentrados na estreita colaboração com a REN, contribuindo de forma decisiva para garantir a segurança e a reposição integral do sistema elétrico nacional, mesmo nas situações mais críticas como a ocorrida".
A Turbogás afirma que "mobilizou todos os seus recursos, de forma célere, demonstrando elevada competência técnica e uma forte capacidade de atuação em situações de elevada exigência e criticidade", salientando ainda o "compromisso das suas equipas em assegurar a continuidade e a fiabilidade do fornecimento de energia aos portugueses".
De acordo com o `site` da Turbogás, a central localizada no concelho de Gondomar tem uma capacidade instalada de 990 megawatts, tendo sido lançada em 1994 e marcado o lançamento do gás natural em Portugal.
Em novembro do ano passado, a então secretária de Estado da Energia, Maria João Pereira, disse, numa visita à central, que o Governo queria lançar o concurso público para a concessão da central de ciclo combinado da Tapada do Outeiro até março deste ano, assegurando os postos de trabalho.
Na altura, a ex-governante referiu que a central a gás "é uma segurança e um `backup` para a segurança do sistema elétrico nacional".
O antigo Contrato de Aquisição de Energia (CAE) terminou em 29 de março de 2024, mas foi criado um período de transição para o novo contrato até 31 de dezembro desse ano, que foi estendido até 31 de março deste ano pelo atual Governo.
Durante este período, a central funcionou sem atividade comercial em mercado, mas apenas como resguardo, podendo ser ativada caso se verificassem falhas no abastecimento feito por fontes renováveis.
Maria João Pereira disse então aos jornalistas que ainda era possível "fazer uma nova renovação" dos contratos.
A Lusa questionou hoje o Ministério do Ambiente e Energia sobre o atual regime funcionamento da central a gás natural e lançamento do concurso e aguarda resposta.
Os motivos apontados indicam uma "oscilação na tensão" em Espanha num momento em que Portugal estava a importar eletricidade.
A normalidade está a ser reposta nos aeroportos nacionais mas a situação em Lisboa é ainda muito complicada. Há muitos passageiros retidos e sem estimativa para chegarem ao destino.
"Há uma normalidade instaurada" no Aeroporto do Porto, descreveu a equipa de reportagem da RTP na infraestrutura.
Foto: João Marques - RTP
Foi ativado o plano de contingência, mas os serviços do Instituto de Emergência Médica terão estado sem conseguir contactar alguns meios próprios, nem por telemóvel, nem através do Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal, o SIRESP.
Em matéria de tráfego humano, a situação no Aeroporto de Faro parecia, ao início da tarde desta terça-feira, "relativamente normalizada", segundo a equipa de reportagem da RTP no local. Já quanto ao tráfego aéreo, estavam a ser repostos gradualmente voos cancelados na véspera.
Foto: António Antunes - RTP
Há apenas alguns casos pontuais de bombas que ainda não terão sido reabastecidas, disse à Antena 1 António Comprido, secretário-geral da APETRO, associação de empresas portuguesas de combustíveis.
Algumas escolas fecharam mais cedo nesta segunda-feira porque ficaram às escuras, mas a maioria manteve-se em funcionamento. Hoje foi retomada toda a atividade letiva.
Foto: António Antunes - RTP
A grande maioria dos hospitais suspendeu toda a atividade programada e assistiu apenas urgências.
Foi a partir do Hospital de Gaia-Espinho que a ministra da Saúde e a Direção Executiva do SNS acompanharam a gestão da crise energética no país.
Foto: Miguel A. Lopes - Lusa
Só o Metropolitano de Lisboa esteve encerrado às primeiras horas da manhã, mas antes das nove a circulação já estava totalmente restabelecida.
A crise energética em Espanha está perto de ter um fim. O líder do Governo espanhol adianta que não há registo de incidentes.
Os tribunais e conservatórias retomaram hoje a atividade normal com constrangimentos na rede, informou o Ministério da Justiça, que garantiu que os prazos judiciais que não puderam ser cumpridos na segunda-feira "estão salvaguardados" por uma norma legal.
Num balanço às 11:00 remetido à Lusa, o ministério liderado por Rita Alarcão Júdice referiu que foi "reposta a normalidade" nos tribunais e que o Citius (o portal usado por magistrados e advogados) está "a funcionar, mas com instabilidade na rede".
Na segunda-feira, os tribunais mantiveram-se abertos somente para atos urgentes, tendo o presidente do Sindicato dos Funcionários Judiciais, António Marçal, dito à Lusa que na prática estavam parados.
Na nota de hoje, a tutela sustenta que todos os prazos judiciais "que não puderam ser cumpridos ontem [segunda-feira] estão salvaguardados" pelo artigo 140.ª do Código de Processo Penal, que alude a situações de "justo impedimento" não imputáveis às partes.
No caso do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), os sistemas estão todos operacionais e os atos cujo prazo terminavam a 28 de abril "podem ser praticados hoje".
O INPI tinha encerrado na segunda-feira à tarde, tal como as conservatórias, que estão hoje abertas, "com constrangimentos nas interoperabilidades", nomeadamente na consulta de informações da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT).
Na área tutelada pelo Ministério da Justiça, há ainda registo de "alguns constrangimentos na ligação à Internet" dos serviços do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses, que não impedem que a "atividade pericial" esteja a decorrer "com normalidade".
Nos estabelecimentos prisionais e centros educativos não há registo de incidentes, embora a prisão de Leiria destinada a jovens esteja com problemas no abastecimento de água.
Contactada pela Lusa, a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais precisou (DGRSP) que, na segunda-feira, o abastecimento de eletricidade aos estabelecimentos prisionais e centros educativos foi reposto entre as 18:16 de segunda-feira e as 01:05 de hoje, "estando a atividade dos serviços a decorrer dentro da normalidade".
Na segunda-feira, a energia foi assegurada por geradores e a comunicação por meios rádio, sem que se registassem incidentes nem se verificasse "qualquer constrangimento na distribuição de refeições e medicação".
Já o controlo de vigilância eletrónica foi transferido cerca das 12:30 de segunda-feira para as equipas do Funchal (Madeira) e de Ponta Delgada (Açores).
"O sistema foi progressivamente retomado no continente, sendo que cerca das 24:00 passou integralmente para o Centro Nacional de Acompanhamento de Operações (...) e para as equipas de Vigilância Eletrónica", conclui a DGRSP.
Um corte generalizado no abastecimento elétrico afetou na segunda-feira, desde as 11:30, Portugal e Espanha, continuando sem ter explicação por parte das autoridades.
Aeroportos fechados, congestionamento nos transportes e no trânsito nas grandes cidades e falta de combustíveis foram algumas das consequências do apagão.
O operador de rede de distribuição de eletricidade E-Redes garantiu hoje de manhã que o serviço está totalmente reposto e normalizado.
A Federação Nacional dos Médicos (Fnam) exigiu hoje responsabilidades políticas pelas "graves dificuldades" que o apagão registado na segunda-feira provocou no acesso aos cuidados de saúde, acusando o Ministério da Saúde de falta de liderança.
"A Fnam exige responsabilidades políticas e medidas urgentes para garantir que a segurança dos doentes e a dignidade dos profissionais sejam asseguradas. A saúde pública exige respeito, investimento e liderança competente --- valores que, infelizmente, têm estado ausentes na atual governação", manifesta a força sindical num comunicado hoje divulgado.
De acordo com a Fnam, o colapso dos sistemas de comunicação "evidenciou a fragilidade das infraestruturas do Serviço Nacional de Saúde (SNS), negligenciadas por sucessivos alertas ignorados pela tutela".
"É inaceitável que, em 2025, o SNS dependa de sistemas de comunicação ultrapassados, colocando em risco vidas humanas e deteriorando a confiança da população no serviço público de saúde", lamenta.
Manifestando "profunda preocupação e indignação" pelas falhas de energia, a Fnam alertou que os utentes ficaram "reféns de linhas telefónicas obsoletas e ineficazes, cuja responsabilidade política pertence à ministra da Saúde, Ana Paula Martins".
A Fnam lembrou, no entanto, que, em plena crise, os profissionais de saúde "voltaram a demonstrar um empenho extraordinário, assegurando cuidados urgentes e emergentes com meios reduzidos e sob enorme pressão".
Na segunda-feira, várias unidades hospitalares tiveram de limitar as suas atividades devido à situação de contingência causada pelo corte da energia elétrica.
Na noite desse dia, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, admitiu que o mais difícil de gerir no apagão foi o abastecimento de energia aos hospitais, mas assegurou que não se registou "nenhuma situação limite".
O operador de rede de distribuição de eletricidade E-Redes garantiu hoje de manhã que o serviço está totalmente reposto e normalizado.
O Aeroporto de Lisboa está a implementar um plano para tratamento das bagagens, face à elevada afluência nos balcões para entrega das malas, avançou hoje a ANA, adiantando que os passageiros vão começar a ser contactados pelas companhias aéreas.
"Está a ser implantado no aeroporto de Lisboa um plano para tratamento das bagagens articulado com as várias entidades. Os passageiros vão começar a ser contactados pelas companhias aéreas com informação sobre a entrega da sua bagagem", adiantou a gestora aeroportuária, em comunicado.
A ANA deu conta de uma elevada afluência nos balcões das companhias aéreas, para reagendamento de voos cancelados na segunda-feira, devido ao corte de eletricidade total que afetou a Península Ibérica e parte do território francês, e de serviços de assistência em terra (`handling`), para entrega de bagagens.
Centenas de passageiros aguardavam esta manhã a entrega das respetivas bagagens no aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, que na segunda-feira não foram imediatamente desembarcadas no momento das chegadas devido ao apagão, constatou a Lusa no local.
Um passageiro que chegou na segunda-feira da África do Sul disse à Lusa que tenta desde o momento de desembarque receber as malas e uma bicicleta dobrável.
"As bagagens não estão perdidas mas é a segunda vez que faço esta fila desde ontem [segunda-feira]. Por motivos ligados com a falha de eletricidade, as bagagens não foram diretamente para o tapete das malas. Ficaram no avião e disseram-nos que as poderíamos levantar depois", lamentou à Lusa o passageiro sul-africano Martin Roberts.
Um outro passageiro que chegou dos Estados Unidos, a meio da manhã de hoje, e que espera viajar hoje à noite num voo com destino a Luanda, Angola, contou que tem de recuperar as bagagens para poder embarcar.
"A minha mala e até a mochila de mão foram para o porão e agora tenho de tentar tudo para levantar aqui. Venho de Newark (Estados Unidos)", disse Justino de Melo.
O passageiro angolano tem centenas de pessoas à frente que também aguardam a devolução das malas que não foram transportadas, como habitualmente, para o tapete das bagagens após a aterragem do avião em que seguiam.
A Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) está a acompanhar os efeitos do apagão de energia na segunda-feira e está a preparar com a ASAE orientações para ajudar empresários no cumprimento das regras de segurança alimentar.
A par do impacto que a falha energética teve na operação normal dos restaurantes -- em que apenas os que tinham meios alternativos como fogões a lenha, grelhadores ou fogões a gás conseguiram operar -- a AHRESP aponta a questão do funcionamento dos equipamentos de frio.
Neste sentido, a secretária-geral da associação, Ana Jacinto, adiantou que a AHRESP está já a preparar, em articulação com a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), um conjunto de "orientações claras para apoiar os empresários na gestão desta situação e assegurar o cumprimento rigoroso das boas práticas de segurança alimentar".
Ana Jacinto refere, contudo, que as empresas do setor que representa têm um grande histórico de responsabilidade e compromisso com a qualidade e segurança dos produtos e serviços e que "não há motivos para alarmismo".
Numa declaração escrita enviada à Lusa, Ana Jacinto reitera a disponibilidade da associação para colaborar com o Governo e autoridades e manifesta intenção de acompanhar de perto as medidas adotadas, de forma a garantir que os setores da restauração e do alojamento turístico conseguem minimizar eventuais prejuízos.
"A AHRESP continuará a monitorizar atentamente o evoluir da situação, em articulação permanente com os empresários e as autoridades competentes", refere Ana Jacinto, assinalando que a falha no abastecimento de eletricidade casou a paralisação total ou parcial de alguns restaurantes.
Alguns restaurantes contactados pela Lusa indicam que o maior impacto do apagão resultou na quebra de faturação -- com muitas reservas a não se concretizarem e diminuição no número de clientes -- e não na parte da conservação dos alimentos.
A operação nos aeroportos nacionais está hoje a decorrer com normalidade, embora persistam alguns impactos relacionados com os voos cancelados ou atrasados de segunda-feira, devido ao apagão, e afluência elevada para entrega de bagagens, avançou a ANA.
"A operação nos aeroportos portugueses está a decorrer com normalidade, com todos os sistemas operacionais a funcionarem", adiantou a gestora aeroportuária, em comunicado.
No Porto e em Faro, as operações decorrem regularmente, ainda com alguns impactos relacionados com os voos cancelados ou atrasados do dia anterior, enquanto no aeroporto de Lisboa a "recuperação dos voos de ontem [segunda-feira] apresenta maiores desafios, mas a situação está controlada", detalhou a ANA.
A gestora dos aeroportos indicou também uma elevada afluência nos balcões das companhias aéreas, para reagendamento de voos, e de serviços de assistência em terra (`handling`), para entrega de bagagens.
Assim, indicou, está a ser implantado, no aeroporto de Lisboa, um plano para tratamento das bagagens articulado com as várias entidades, sendo que "os passageiros vão começar a ser contactados pelas companhias aéreas com informação sobre a entrega da sua bagagem".
Um corte generalizado no abastecimento elétrico afetou na segunda-feira, desde as 11:30, Portugal e Espanha, continuando sem ter explicação por parte das autoridades.
Aeroportos fechados, congestionamento nos transportes e no trânsito nas grandes cidades e falta de combustíveis foram algumas das consequências do "apagão".
As escolas do concelho da Sertã, no distrito de Castelo Branco, estão hoje encerradas na sequência do apagão de segunda-feira, confirmou à agência Lusa o município.
Segundo o gabinete de comunicação da Câmara Municipal da Sertã, todos os estabelecimentos de ensino do concelho estão hoje encerrados e irão retomar o seu normal funcionamento na quarta-feira.
Esta decisão foi tomada na segunda-feira, em estreita colaboração com os estabelecimentos de ensino, no contexto da falha energética, caso a energia não fosse reposta até às 22:00.
De acordo com a autarquia, como a reposição do fornecimento de energia elétrica apenas aconteceu cerca das 22:45, os estabelecimentos escolares do Agrupamento de Escolas da Sertã, Escola Tecnológica e Profissional da Sertã e Instituto Vaz Serra, em Cernache do Bonjardim, estão encerrados hoje.
À Lusa, a mesma fonte confirmou que, à exceção dos estabelecimentos escolares, todos os serviços municipais estão a funcionar dentro da normalidade habitual, não se verificando qualquer constrangimento.
Assim, para além da Câmara Municipal da Sertã, todas as infraestruturas municipais estão a funcionar nos moldes e horários habituais.
Um corte generalizado no abastecimento elétrico afetou na segunda-feira, desde as 11:30, Portugal e Espanha, situação que continua sem ter explicação por parte das autoridades.
Aeroportos fechados, congestionamento nos transportes e no trânsito nas grandes cidades foram algumas das consequências do "apagão".
O restabelecimento de energia aconteceu de forma gradual ao longo do dia, começando pela zona Centro do país.
O operador de rede de distribuição de eletricidade E-Redes garantiu hoje que o serviço está totalmente reposto e normalizado.
O juiz do Tribunal Nacional espanhol José Luis Calama anunciou hoje ter iniciado uma investigação preliminar para apurar se o apagão de segunda-feira da rede elétrica espanhola pode ter sido um ciberataque às infraestruturas críticas espanholas.
Caso se comprovasse esse cenário, o ato constituiria um crime de terrorismo, explicou.
O anúncio foi feito pouco depois de a empresa responsável pela gestão da rede elétrica de Espanha ter descartado a possibilidade de o apagão, que também afetou Portugal e o sul de França, ter sido provocado por um ato de sabotagem cibernética à companhia.
"Com as análises que pudemos realizar até agora, podemos descartar um incidente de cibersegurança nas instalações da Red Elétrica", disse o diretor de operações da Red Elétrica de Espanha (REE), Eduardo Prieto, numa conferência de imprensa em Madrid.
Prieto insistiu em que não foi detetada "nenhuma intrusão" nos sistemas de controlo da empresa.
Segundo o diretor da REE, a empresa trabalhou desde segunda-feira com o Instituo Nacional de Cibersegurança de Espanha, que está na tutela do Centro Nacional de Inteligência.
Na noite de segunda-feira, o primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, admitiu não estar descartada nenhuma hipótese para explicar o apagão elétrico na Península Ibérica, um "desaparecimento súbito", em "apenas cinco segundos", de 15 gigawatts de produção.
"Nunca tinha acontecido uma queda a zero do sistema", disse Sánchez, numa declaração ao país, feita a partir de Madrid, após a segunda reunião do dia do Conselho Nacional de Segurança de Espanha.
"Estão a analisar-se todas as causas potenciais sem descartar qualquer hipótese", acrescentou.
"O que provocou este desaparecimento súbito do abastecimento" é algo que os especialistas ainda não conseguem explicar, acrescentou.
O presidente executivo da EDP, Miguel Stilwell d`Andrade, considerou hoje que a resposta coordenada de todo o elétrico ao apagão de segunda-feira foi exemplar e que o evento sem precedentes mostrou a importância vital da segurança no abastecimento.
"Num contexto tão exigente, a resposta coordenada de todo o setor elétrico --- desde os operadores de rede aos produtores e distribuidores --- revelou-se exemplar, permitindo restabelecer o fornecimento de energia de forma rápida e segura, sempre em estreita articulação com as autoridades competentes", defendeu o líder da EDP, em declarações enviadas à Lusa.
O responsável apontou também que a falha no sistema de energia ibérico tratou-se de um evento sem precedentes que "veio sublinhar a importância vital da segurança e da resiliência no abastecimento elétrico".
Stilwell d`Andrade destacou o "empenho incansável das equipas técnicas e operacionais" da EDP em Portugal e Espanha, que tanto nas centrais elétricas, como nas redes de distribuição e no atendimento aos clientes "atuaram com extrema competência, dedicação e sentido de missão".
Um corte generalizado no abastecimento elétrico afetou na segunda-feira, desde as 11:30, Portugal e Espanha, continuando sem ter explicação por parte das autoridades.
Aeroportos fechados, congestionamento nos transportes e no trânsito nas grandes cidades e falta de combustíveis foram algumas das consequências do "apagão".
O operador de rede de distribuição de eletricidade E-Redes garantiu hoje de manhã que o serviço está totalmente reposto e normalizado.
O hospital e os serviços essenciais no concelho de Leiria estão normalizados, após o corte generalizado no abastecimento elétrico que afetou na segunda-feira, desde as 11:30, Portugal e Espanha.
Segundo informações à agência Lusa, fonte do hospital de Leiria adiantou que a unidade de saúde está a funcionar em pleno desde as 23:40 de segunda-feira, assim como os hospitais de Alcobaça e Pombal, e centros de saúde da Unidade Local de Saúde da Região de Leiria (ULSRL).
Numa nota de imprensa, a ULSRL acrescentou que foi desativado o plano de contingência.
"O Conselho de Administração da ULSRL expressa o seu profundo agradecimento a todos os profissionais da instituição, que, com dedicação, resiliência e espírito de missão, garantiram o funcionamento dos serviços essenciais", e estende o agradecimento às "equipas da Proteção Civil, aos municípios da região e a todas as entidades que colaboraram ativamente no acompanhamento e resolução da situação".
O Município de Leiria informou hoje que, após a reposição do fornecimento de energia elétrica, os serviços essenciais, nomeadamente o abastecimento de água, estão normalizados em todo o concelho.
Segundo uma nota de imprensa enviada após uma reunião com a Comissão Municipal de Proteção Civil, a autarquia acrescentou que a "reposição do abastecimento de água na Barosa registou algum atraso, devido a uma avaria no sistema elétrico, situação que se encontra agora superada".
"Poderão, no entanto, ocorrer ainda algumas perturbações pontuais na rede de abastecimento, resultantes da presença de ar nas condutas, que poderão afetar os pontos mais elevados, estando as equipas no terreno a acompanhar e a resolver estas situações", apontou ainda a Câmara de Leiria.
Os serviços de recolha de resíduos urbanos e o funcionamento dos transportes públicos também já se encontram normalizados.
O Plano de Emergência Municipal foi também desativado, mantendo-se o acompanhamento da situação.
"Reconhecendo o espírito de responsabilidade e solidariedade demonstrados pela população", o município apela à "continuação da colaboração e à atenção às recomendações das autoridades".
Foto: Nuno Patrício - RTP
O INEM também já está a funcionar normalmente, mas durante o dia de segunda-feira terá havido atrasos no envio de ambulâncias. A denúncia é do presidente do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar, Rui Lázaro.
A Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN) considerou hoje, em declarações à Lusa, que o apagão de segunda-feira mostrou que a transição energética deve ser feita em paralelo com a construção de uma rede mais robusta, interligada e avançada.
"A transição energética não pode ocorrer à margem de uma estratégia clara de investimento em rede elétrica de distribuição e transporte bem como em sistemas de armazenamento e flexibilidade do sistema elétrico", defendeu o presidente da APREN, Pedro Amaral Jorge, em declarações enviadas à Lusa, na sequência do corte de energia elétrica que deixou o país às escuras durante cerca de 11 horas, na segunda-feira, e que afetou também Espanha e parte do território francês.
Para a associação, a falha geral de eletricidade "mostrou que o caminho para um sistema elétrico mais limpo deve ser feito em paralelo com a construção de uma rede mais robusta, interligada e tecnologicamente avançada".
A APREN realçou que o objetivo de assegurar a soberania energética europeia "só pode ser alcançado com recurso a energia de fontes renováveis", defendendo três eixos fundamentais de atuação.
O primeiro, elencou, passa pelo reforço das interligações elétricas com a Europa, melhorando a conectividade entre os países, como "condição essencial para um sistema mais equilibrado e preparado para responder a situações de crise".
Adicionalmente, a associação defendeu a necessidade de aumentar a capacidade renovável europeia, reforçando a redundância do sistema e garantindo que as redes acompanham a expansão das renováveis, de modo a que a transição energética aconteça de forma "segura e eficaz".
Por último, o terceiro eixo de atuação prende-se com o investimento nas redes elétricas e na sua gestão e administração, "para que sejam capazes de integrar volumes crescentes de produção renovável e responder sem falhas a variações rápidas no consumo e na produção de eletricidade".
"Nem as renováveis estiveram na origem do incidente, nem fizeram demorar a sua resolução, conforme aliás confirmado por vários especialistas nas últimas horas", vincou Pedro Amaral Jorge.
A APREN enalteceu ainda a "rápida atuação da REN -- Redes Energéticas Nacionais, que conseguiu repor uma parte significativa do fornecimento elétrico num curto espaço de tempo, garantindo a estabilidade do sistema e evitando consequências mais graves".
Foto: Blanca Millez - EPA
“O dia da glória da rádio”. Foi desta forma que o administrador da RTP Nicolau Santos descreveu a relevância do serviço público para garantir a informação num dos dias mais críticos que o país viveu.
É necessário agilizar os apoios às empresas que sofreram constrangimentos devido ao apagão. O presidente da Confederação das Micro, Pequenas e Médias Empresas Jorge Pisco, considera que numa situação como esta que o país vive as burocracias devem ser postas de lado.
Na Cova da Beira, que abrange os municípios da Covilhã, Fundão e Belmonte, todos os serviços estavam na manhã de hoje a funcionar com normalidade, informaram as autoridades.
A energia elétrica voltou entre as 22:15 e as 23:00 nos três municípios.
O gabinete de comunicação da Unidade Local de Saúde (ULS) da Cova da Beira informou que a atividade programada já tinha sido hoje retomada, depois de na segunda-feira ter sido necessário suspender as consultas externas e exames não urgentes.
As situações urgentes e de suporte de vida nos Hospitais da Covilhã e do Fundão, no distrito de Castelo Branco, foram garantidas com recurso a geradores.
O coordenador municipal de proteção civil da Covilhã, Luís Marques, informou que tanto estabelecimentos escolares como os restantes estavam hoje operacionais.
Luís Marques adiantou que foram feitos reabastecimentos de gasóleo do gerador do Centro de Hemodiálise da Covilhã, em lares de idosos e que estavam preparados para um cenário desfavorável, que não foi necessário implementar.
O vice-presidente da Câmara do Fundão, Miguel Gavinhos, com o pelouro da Proteção Civil na Câmara do Fundão, adiantou que hoje "tudo estava restabelecido por completo", com as escolas em funcionamento.
Segundo o autarca, no concelho registaram-se apenas duas situações de dificuldades no abastecimento de água, em duas localidades com poucos habitantes, onde são utilizados hidropressores, mas a situação foi também resolvida.
Miguel Gavinhos sublinhou que uma das preocupações foi com as Instituições Particulares de Solidariedade Social, onde vários utentes precisam de oxigénio em permanência, e garantir que tinham a quantidade suficiente até hoje, mas acrescentou que a ULS tinha garantidas camas para o caso de alguém precisar ser transferido.
O vice-presidente da Câmara de Belmonte, Paulo Borralhinho, também informou à Lusa que "está tudo a funcionar normalmente", de escolas a centro de saúde e demais serviços.
Um corte generalizado no abastecimento elétrico afetou na segunda-feira, desde as 11:30, Portugal e Espanha, situação que continua sem ter explicação por parte das autoridades.
Aeroportos fechados, congestionamento nos transportes e no trânsito nas grandes cidades foram algumas das consequências do "apagão".
O restabelecimento de energia aconteceu de forma gradual ao longo do dia, começando pela zona centro do país.
O operador de rede de distribuição de eletricidade E-Redes garantiu hoje que o serviço está totalmente reposto e normalizado.
Centenas de passageiros aguardam hoje a entrega das respetivas bagagens no aeroporto Humberto Delgado, Lisboa, que na segunda-feira não foram imediatamente desembarcadas no momento das chegadas devido ao apagão.
A longa fila de passageiros que aguardam hoje de manhã a entrega das bagagens é formada por centenas de pessoas, entre a zonas de chegadas e de partidas, frente a um pequeno gabinete com a inscrição: "Irregularidades com bagagens / Perdidos e Achados".
Um passageiro que chegou na segunda-feira da África do Sul disse à Lusa que tenta desde o momento de desembarque receber as malas e uma bicicleta dobrável.
"As bagagens não estão perdidas mas é a segunda vez que faço esta fila desde ontem [segunda-feira]. Por motivos ligados com a falha de eletricidade, as bagagens não foram diretamente para o tapete das malas. Ficaram no avião e disseram-nos que as poderíamos levantar depois", lamentou à Lusa o passageiro sul-africano Martin Roberts.
Um outro passageiro que chegou dos Estados Unidos, a meio da manhã de hoje, e que espera viajar hoje à noite num voo com destino a Luanda, Angola, contou que tem de recuperar as bagagens para poder embarcar.
"A minha mala e até a mochila de mão foram para o porão e agora tenho de tentar tudo levantar aqui. Venho de Newark (Estados Unidos)", disse Justino de Melo.
O passageiro angolano tem centenas de pessoas à frente que também aguardam a devolução das malas que não foram transportadas, como habitualmente, para o tapete das bagagens após a aterragem do avião em que seguiam.
A Agência Lusa está a tentar contactar as entidades responsáveis pela entrega de bagagens.
No aeroporto de Lisboa, às 11:00 a maior parte dos controlos de embarque (check in) estão a funcionar, verificando-se sete voos cancelados.
O Hospital Amato Lusitano, em Castelo Branco, desativou hoje o plano de contingência e toda a atividade programada voltou à normalidade, disse à agência Lusa o presidente do Conselho de Administração.
"Está tudo a funcionar dentro da normalidade. O plano de contingência já foi levantado e as consultas e cirurgias programadas decorrem dentro da normalidade", afirmou o presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULSCB), Rui Amaro Alves.
Já o presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco explicou que o plano municipal de emergência se mantém ativo até às 00:00, "por precaução".
Leopoldo Rodrigues sublinhou que não há quaisquer constrangimentos a registar.
"Está tudo a funcionar dentro da normalidade. Não há escolas encerradas e o plano [municipal de emergência] está ativo até à meia-noite", afirmou.
Segundo o autarca, esta decisão foi tomada na segunda-feira, às 23:00, numa reunião da Proteção Civil Municipal que optou por prolongar por 24 horas o plano de emergência.
A autarquia garantiu ainda uma farmácia de serviço 24 horas, no bairro da Carapalha, e disponibilizou a todas as farmácias e particulares que o solicitaram condições de refrigeração para conservarem os medicamentos no edifício do mercado municipal.
O Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil da Beira Baixa (CSEPCBB) disse à Lusa que não registou casos de especial relevância durante a segunda-feira, nem durante a noite.
"A situação está completamente normalizada", disse a mesma fonte.
Um corte generalizado no abastecimento elétrico afetou na segunda-feira, desde as 11:30, Portugal e Espanha, situação que continua sem ter explicação por parte das autoridades.
Aeroportos fechados, congestionamento nos transportes e no trânsito nas grandes cidades foram algumas das consequências do "apagão".
O restabelecimento de energia aconteceu de forma gradual ao longo do dia, começando pela zona Centro do país.
O operador de rede de distribuição de eletricidade E-Redes garantiu hoje que o serviço está totalmente reposto e normalizado.
Foto: João Paulo Carnevalli de Oliveira - Unsplash
Depois do apagão, já todos têm luz, mas o mesmo não se pode dizer da água. A Associação Nacional de Municípios diz que esse é o desafio desta terça-feira: identificar as zonas que ainda estão sem abastecimento de água.
Foto: Lusa
O ministro da Presidência garante que a situação do país está normalizada após o apagão. António Leitão Amaro refere que o Governo reforçou os meios necessários, principalmente ao nível da segurança e diz à Antena 1 que a noite foi mais tranquila.
Uma onda de desinformação inundou as redes sociais, depois do apagão que atingiu segunda-feira diversos países, como Portugal, partilhando narrativas que apontavam, por exemplo, "grupos russos apoiados pelo Estado" como responsáveis pelo suposto ataque, segundo a BBC.
Foram várias as mensagens e vídeos que circularam nas redes sociais, como o WhatsApp e o TikTok, que transmitiram conteúdo falso ou descontextualizado sobre o incidente.
Por exemplo, um texto atribuído à CNN, aparentemente assinado por Bruxelas, apontava "grupos russos apoiados pelo Estado" como responsáveis por um suposto ciberataque que teria atingido 15 países europeus.
O artigo, que incluía declarações falsas atribuídas à presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, não foi publicado no meio de comunicação, tendo inclusive a CNN Portugal desmentido a informação.
Outra narrativa difundida pela agência Reuters afirmava que o "apagão" era causado por um "fenómeno atmosférico raro", aparentemente chamado "vibração atmosférica induzida".
A reportagem atribuía as informações às Redes Energéticas Nacionais (REN), responsável pela distribuição de energia em Portugal, tendo sido partilhada por diversos outros meios de comunicação, embora mais tarde a agência de notícias tenha retificado o erro.
Além disso, uma notícia de 2021, sobre um avião de combate a incêndios que danificou uma linha de alta tensão em França, provocando cortes de energia em Portugal e Espanha, foi compartilhada novamente em aplicações como WhatsApp e noutros canais.
Segundo a BBC, embora o acontecimento seja verdadeiro, a história não tem qualquer relação com o apagão que afetou o país na segunda-feira.
Em redes sociais, como o TikTok, diversos vídeos referiam que a "reposição total da energia elétrica em Portugal levaria pelo menos 72 horas", numa mensagem aparentemente atribuída às distribuidoras de energia.
Através de uma comunicação oficial, tanto a REN como a E-Redes, empresa que gere a distribuição de energética, desmentiram qualquer previsão de três dias para a normalização do fornecimento.
Outra mensagem associada à E-Redes informava que "um problema na rede elétrica europeia afetou a rede nacional", assim como "regiões na Espanha e França", consequência de "avarias em linhas alta tensão de 400.000 volts".
Apesar disso, no primeiro comunicado a empresa apenas informou que o país estava a sofrer constrangimentos, mas não indicou o motivo.
Um corte generalizado no abastecimento elétrico afetou segunda-feira, desde as 11:30, Portugal e Espanha, que continua sem ter explicação por parte das autoridades.
Aeroportos fechados, congestionamento nos transportes e no trânsito nas grandes cidades foram algumas das consequências do "apagão".
O restabelecimento de energia aconteceu de forma gradual ao longo do dia, começando pela zona centro do país.
O operador de rede de distribuição de eletricidade E-Redes garantiu hoje que o serviço está totalmente reposto e normalizado.
O corte generalizado de energia de segunda-feira obrigou a adiar milhares de consultas, cirurgias e tratamentos que terão de ser reprogramados em vários hospitais, mas hoje a atividade já regressou ao normal, segundo os administradores hospitalares.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), Xavier Barreto, disse que não foi preciso desmarcar a atividade programada para hoje e que as unidades terão agora de recuperar o que foi perdido na segunda-feira.
"Os doentes de ontem [segunda-feira] vamos remarcar e estamos hoje mesmo a apurar essas listas e a remarcá-las, em conjunto com as nossas equipas e com os nossos médicos", disse.
O responsável explicou que houve alguns momentos tensos na segunda-feira por causa da necessidade de reabastecimento de combustível para os geradores dos hospitais, pois nem todos tinham a mesma autonomia.
O presidente da Assembleia da República convocou os partidos com representação parlamentar para uma reunião com o Governo, pelas 14:00, para se fazer um ponto da situação do apagão ocorrido na segunda-feira em território continental.
Na missiva, à qual a agência Lusa teve acesso, José Pedro Aguiar-Branco indica que a reunião se terá como "objetivo a apresentação de um ponto de situação sobre o incidente ocorrido ontem, 28 de abril, na rede elétrica nacional".
De acordo com o Governo, a energia elétrica já foi reposta aos 6,4 milhões de clientes do país, que está agora "ligado com normalidade" e, durante a noite, não se verificaram perturbações de segurança ou de proteção civil.
"Neste momento, temos praticamente todos os serviços, incluindo o fornecimento de energia, restabelecidos", disse à agência Lusa o ministro da Presidência, António Leitão Amaro.
Segundo o ministro, ao nível da eletricidade, o "já país está ligado, com normalidade", ou seja, todos os 6,4 milhões de clientes estão alimentados, com exceção de 800 que têm avarias não relacionada com o apagão.
Entrevistado na edição desta terça-feira do Bom Dia Portugal, o ministro da Educação, Fernando Alexandre, manifestou a expectativa de que toda a rede escola do país possa recomeçar a funcionar com normalidade, após o apagão da véspera.
O apagão de segunda-feira na Península Ibérica continua hoje de manhã a ter influência nos voos em diversos aeroportos do continente, com Lisboa a ver canceladas várias ligações e a ter atrasos de várias horas nas chegadas e partidas.
No aeroporto Humberto Delgado (Lisboa), segundo a informação disponível no `site`, cerca das 09:00, foram canceladas várias ligações, como o voo que estava previsto para Londres, às 06:40, para Frankfurt (06:45), Varsóvia (07:05), Bruxelas (07:15), Milão (07:15), Berlim (07:55), Montreal (08:25), entre outros.
Das partidas previstas, muitas estão com atrasos de várias horas.
Nas chegadas, há atrasos que chegam às quatro horas e vários voos de diversas companhias que deveriam ter aterrado hoje de manhã foram cancelados.
No aeroporto do Porto os atrasos são menores e nas partidas foram cancelados hoje de manhã pelo menos os voos que estavam previstos para Bruxelas (09:20) e Newark (12:35).
O corte generalizado no abastecimento elétrico afetou na segunda-feira, desde as 11:30, a Península Ibérica e parte do território francês e continua sem ter explicação por parte das autoridades.
Na segunda-feira, o regulador da aviação (ANAC) autorizou a realização de voos noturnos para que as companhias pudessem recuperar atrasos.
No `site` da ANA - Aeroportos de Portugal continua o aviso de que devido a corte de energia geral, "poderão ocorrer constrangimentos operacionais".
A agência Lusa tentou por diversas vezes contactar hoje a ANA -- Aeroportos de Portugal para fazer um ponto de situação, mas até ao momento não obteve resposta.
A associação PRO.VAR pediu hoje a criação de um fundo de emergência para apoiar a restauração após apagão de segunda-feira, alertando para "perdas graves" de mercadorias e faturação.
Em comunicado hoje divulgado, a PRO.VAR -- Associação Nacional de Restaurantes - Associação para Defesa, Promoção e Inovação dos Restaurantes de Portugal "reconhece o esforço e a comunicação eficaz do Governo na gestão do apagão elétrico que afetou o país", mas salienta que "o impacto no setor da restauração foi muito grave".
Segundo a associação, o setor registou a "perda de grandes quantidades de produtos perecíveis, como carnes, mariscos, peixes frescos e bacalhau congelado, que se deterioraram devido à falta de energia", à qual se soma "uma quebra significativa da faturação".
"Face à gravidade da situação", a PRO.VAR defende "a criação urgente de um fundo de emergência, com as seguintes condições: compensação correspondente ao valor médio de uma semana de compras de mercadorias perecíveis, com base no valor médio mensal de compras do mês anterior ao apagão".
Deve ainda contemplar "compensação equivalente a 20% do valor da perda efetiva de faturação registada pelos estabelecimentos afetados durante o período de apagão".
A PRO.VAR defende "que este apoio seja disponibilizado através de um processo rápido, simples e baseado em dados contabilísticos disponíveis, de modo a garantir que as empresas consigam ultrapassar esta dificuldade, num setor que já se encontra extremamente fragilizado, pois ainda não recuperou do forte impacto do covid-19.
Um corte generalizado no abastecimento elétrico afetou na segunda-feira, desde as 11:30, Portugal e Espanha, situação que continua sem ter explicação por parte das autoridades.
Aeroportos fechados, congestionamento nos transportes e no trânsito nas grandes cidades foram algumas das consequências do "apagão".
O restabelecimento de energia aconteceu de forma gradual ao longo do dia, começando pela zona centro do país.
O operador de rede de distribuição de eletricidade E-Redes garantiu hoje que o serviço está totalmente reposto e normalizado.
A Vodafone informou hoje que recuperou o seu serviço em todo o país, na sequência do apagão ocorrido na segunda-feira, existindo "pequenos focos de perturbação na rede", que espera recuperar ao longo do dia.
"A Vodafone recuperou o seu serviço em todo o País, mantendo apenas pequenos focos de perturbação na rede, sendo esperada recuperação ao longo do dia", informou a operadora.
Um corte generalizado no abastecimento elétrico afetou na segunda-feira, desde as 11:30, Portugal e Espanha, situação que continua sem ter explicação por parte das autoridades.
Aeroportos fechados, congestionamento nos transportes e no trânsito nas grandes cidades foram algumas das consequências do "apagão".
O restabelecimento de energia aconteceu de forma gradual ao longo do dia, começando pela zona centro do país.
O operador de rede de distribuição de eletricidade E-Redes garantiu hoje que o serviço está totalmente reposto e normalizado.
A Unidade Local de Saúde (ULS) São José, em Lisboa, anunciou hoje que todas as suas unidades estão a funcionar normalmente, após ter sido reposto o fornecimento de eletricidade na segunda-feira à noite.
As unidades de cuidados de saúde primários da ULS São José também retomam hoje a sua atividade e "a atividade programada que não foi realizada será reagendada assim que possível", refere em comunicado a instituição.
Na sequência da falha de energia, a ULS São José ativou o Plano de Contingência na segunda-feira, tendo ficado temporariamente suspensa a atividade programada e não prioritária que será retomada hoje.
A presidente do Conselho de Administração da ULS São José, Rosa Valente de Matos, refere no comunicado que se viveu "uma situação complexa, mas que foi possível de gerir graças ao esforço incansável de todos os profissionais envolvidos".
Ativado logo após a falha de energia, o Gabinete de Crise da ULS São José acompanhou todo o processo, em permanência, até à retoma da energia.
Em declarações hoje à agência Lusa, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, assegurou que "os hospitais e centros de saúde estão com condições, em termos de fornecimento e abastecimento, para funcionarem normalmente", assegurou
A GNR adianta, em comunicado, que no âmbito das ações desenvolvidas, realizou um transporte através de meios próprios (cisterna) e garantiu a escolta de transportes de combustíveis com destino aos Hospitais de Santa Marta, Dona Estefânia, São José, Curry Cabral, IPO Lisboa, CUF Tejo, CUF Descobertas, São Francisco Xavier e Santa Cruz.
"Estas operações visaram transportar e garantir a segurança dos veículos de transporte de combustível, que foram fundamentais para a reposição das reservas estratégicas hospitalares, indispensáveis e essenciais ao normal funcionamento das mesmas", refere a GNR.
O operador de rede de distribuição de eletricidade E-Redes garantiu hoje que o serviço está totalmente reposto e normalizado, depois do apagão de segunda-feira que afetou sobretudo a península Ibérica.
Antes das 8h00 em Lisboa, 99 por cento do fornecimento elétrico de Espanha já tinha sido reposto. as previsões apontam para que nas próximas horas a situação fique completamente resolvida.
A circulação de comboios urbanos da CP estava cerca das 7h00 a fazer-se com normalidade, havendo apenas suspensão de alguns de longo curso, depois de ter estado interrompida devido à greve dos trabalhadores, segundo fonte sindical.
A circulação de comboios da CP esteve parada na segunda-feira devido a uma greve dos trabalhadores convocada pelo do SFRCI - Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante, que representa revisores de trabalhadores de bilheteiras.
"A circulação de comboios está hoje a manhã acima dos 90%. Nos urbanos a circulação na totalidade, havendo apenas a suspensão de alguns comboios de longo curso na parte da manhã", disse à agência Lusa o sindicalista Luís Bravo.
A greve visou reivindicar melhores condições salariais para todos os trabalhadores da empresa.
Foto: Fernando Andrade - RTP
Portugal e Espanha mergulharam no escuro eram 11h33 de segunda-feira. Uma falha global de energia lançou o caos na Península Ibérica e provocou falhas nas comunicações, no abastecimento de água e confusão nos hospitais, trânsito, transportes públicos e aeroportos.
Foto: Nuno Patrício - RTP
A atividade clínica não urgente, como consultas e cirurgias programadas, foi suspensa. O INEM ativou o plano de contingência e as urgências passaram a ser alimentadas a geradores.
O Governo esteve reunido de emergência. O primeiro-ministro garante que não há razão para alarme.
Foto: António Pedro Santos - Lusa
O colapso energético provocou uma corrida aos supermercados, perante o receio que a falta de eletricidade viesse a provocar falta de bens essenciais.
Foto: António Antunes - RTP
A ANA ativou geradores de emergência em todos os aeroportos. O Aeroporto de Lisboa é o que regista mais constrangimentos, com todas as partidas canceladas.
Em Espanha, o primeiro-ministro não afasta nenhuma hipótese sobre a causa do apagão que levou o governo regional de Madrid a apelar ao governo central que mantenha as Forças Armadas em alerta.