País
Bebé de quatro meses levada do Hospital de Gaia pela mãe contra ordem do tribunal
A mãe conseguiu retirar a pulseira de segurança da bebé e levou a menina sem que o alarme disparasse. A PSP está agora a tentar encontrar a mulher e a filha.
Uma bebé de quatro meses que estava internada no Hospital de Gaia foi levada pela mãe contra uma ordem do tribunal. A mulher estava autorizada a acompanhar o internamento da menina, que devia ser entregue a uma família de acolhimento.
A mãe levou a bebé na tarde de quarta-feira, quando conseguiu retirar a pulseira de segurança da menina e, deste modo, levá-la sem que o alarme disparasse ao passar pelas portas do serviço de Pediatria.A mulher levou a filha após ser informada pelo tribunal de que esta seria entregue a uma família de acolhimento. A pulseira eletrónica foi encontrada intacta no caixote do lixo da casa de banho do quarto onde a criança estava internada.
“A pulseira, se tivesse sido danificada, cortada, o alarme disparava imediatamente. Portanto ela foi tirada não sei como, não imagino como, mas com algum trabalho ela foi retirada”, declarou esta manhã o presidente do Conselho de Administração do Hospital de Gaia.
Jornal da Tarde | 4 de dezembro de 2025
O responsável adiantou que o caso foi comunicado à PSP e que o hospital abriu um inquérito interno para avaliar todas as circunstâncias que levaram a este incidente.
O responsável adiantou que o caso foi comunicado à PSP e que o hospital abriu um inquérito interno para avaliar todas as circunstâncias que levaram a este incidente.
"Nós vamos avaliar tudo, vamos avaliar o sistema das pulseiras, vamos avaliar como é que foi possível ela ter sido retirada e vamos fazer os testes todos que pudermos", garantiu Luís da Cruz Matos aos jornalistas.
O responsável garantiu que os “sistemas de segurança estavam a funcionar”, mas “a mãe ao retirar a pulseira inibiu o sistema”.
"Temos de retirar daqui uma aprendizagem para que isto não se repita, isto não pode voltar a acontecer, nós não vamos deixar que isto volte a acontecer e, por isso, vamos retirar daqui todos os ensinamentos", referiu.
A administração hospitalar vincou ainda que não pode ser imputada responsabilidade aos funcionários pelo sucedido.
A administração hospitalar vincou ainda que não pode ser imputada responsabilidade aos funcionários pelo sucedido.
Fonte da PSP/Porto adiantou à agência Lusa que está a investigar a situação, através da divisão de investigação criminal, acrescentando que, neste momento, se encontra a realizar diligências no sentido de encontrar a mãe e a bebé.
Em causa pode estar a prática de um crime de subtração de menores, acrescentou.
Em causa pode estar a prática de um crime de subtração de menores, acrescentou.
“É preciso otimizar o sistema”
O presidente do Colégio de Pediatria da Ordem dos Médicos falou esta quinta-feira à RTP numa “situação rara” mas que “pode acontecer”.
“A falha do sistema de controlo de vigilância das nossas crianças internadas nos serviços de pediatria são extremamente raras, porque a possibilidade de retirar uma pulseira é muito complicada”, explicou Ricardo Costa.
Este médico acredita que “deve ter havido um problema qualquer técnico”. “É preciso otimizar o sistema. Sei que existem pulseiras mais recentes que permitem não só identificar que o utente está dentro das instalações mas saber exatamente o local onde está esse utente, com localização GPS”, acrescentou.
O presidente do Colégio de Pediatria da Ordem dos Médicos falou esta quinta-feira à RTP numa “situação rara” mas que “pode acontecer”.
“A falha do sistema de controlo de vigilância das nossas crianças internadas nos serviços de pediatria são extremamente raras, porque a possibilidade de retirar uma pulseira é muito complicada”, explicou Ricardo Costa.
Este médico acredita que “deve ter havido um problema qualquer técnico”. “É preciso otimizar o sistema. Sei que existem pulseiras mais recentes que permitem não só identificar que o utente está dentro das instalações mas saber exatamente o local onde está esse utente, com localização GPS”, acrescentou.