Marcelo Rebelo de Sousa apelou ao fim do "bloco central de interesses que causa imobilismo na justiça Portuguesa". Foi esta quarta feira nUM debate promovido pela Associação Sindical dos Juízes.
Manuela Paupério, a vice presidente da associação é clara: "tem que haver entendimento claro e alargado quanto aos caminhos que temos que trilhar. Não podemos estar à mercê de grandes reformas que vão sendo reformadas a cada ciclo político".
O Presidente visitou o DCIAP onde são investigados os casos mais complicados da justiça portuguesa.
Tal como já tinha feito na abertura do ano judicial Marcelo Rebelo de Sousa volta a insistir num pacto para a justiça um consenso entre os parceiros do setor da justiça dirigido aos políticos.
A ministra da justiça já aceitou o repto. Um primeiro passo para um consenso que para o presidente deve servir para aproximar os cidadãos da justiça e dar-lhe mais credibilidade.
No Jornal 2 a vice-presidente da Associação Sindical dos Juízes deixa um alerta. "Se os políticos ouvissem quem está no terreno, e trabalha na justiça todos os dias, era possível fazer alterações com impacto na produtividade, sem entrar em revoluções. Muitas das vezes os constrangimentos podem ser resolvidos de forma muito simples e expedita".
Manuela Paupério lembra que quase sempre estas sugestões são descartadas "por se partir do principio que os agentes da justiça se movem, por interesses corporativos", uma ideia que a dirigente rejeita por completo.