Casino altera todas as fachadas do edifício, obra deverá estar concluída em abril -- administração

Figueira da Foz, Coimbra, 06 dez (Lusa) - As fachadas do Casino da Figueira da Foz vão ser alvo de uma remodelação total, com remoção dos vidros existentes, embora a solução estética ainda não esteja definida, disse hoje o administrador Domingos Silva.

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"A fachada vai mudar. Qual vai ser a solução estética e os materiais não posso dizer, garantidamente não vai ser vidro salvo se a estrutura [de suporte] for outra. Com este tipo de solução de fixação a parede garantidamente não", disse à agência Lusa Domingos Silva.

As quatro fachadas do Casino foram revestidas com centenas de vidros nas últimas obras de requalificação do edifício, há cerca de uma década, com finalidade decorativa.

Os vidros, com cerca de dois metros por um, estão presos à parede, mas afastados desta, por um sistema de fixação metálico com ventosas cuja deterioração estará na base das quedas que têm vindo a suceder-se.

Revelou que o projeto das novas fachadas foi já entregue pela administração da Amorim Turismo, proprietária do Casino Figueira, a um gabinete de arquitetura e que as obras, orçadas em cerca de um milhão de euros, deverão estar concluídas na Páscoa, em abril de 2012.

"Vamos encaixar este custo, perfeitamente imprevisto, de uma dimensão ciclópica. Vamos fazer uma coisa que dê paz", afirmou, numa alusão aos casos de queda de vidros na via pública que se têm sucedido nos últimos meses.

Domingos Silva frisou que a situação das fachadas ", mereceu sempre preocupações e foi sempre alvo de reuniões" por parte da atual administração da empresa.

"Neste momento, infelizmente pelas condições climatéricas, a coisa ganhou outra acuidade", referiu.

Apontou como causas das quedas dos vidros a localização e a exposição das fachadas "a especiais condições hostis climatéricas".

"Esta solução, do ponto de vista da estabilidade, está manifestamente desadequada. É um composto técnico de muitos materiais que têm comportamentos térmicos diferentes. Há oscilações de temperaturas nomeadamente nas fachadas [norte e poente] expostas a maiores amplitudes térmicas", disse.

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