Caso das gémeas. Ministra da Saúde admite que critério de residência em Portugal nem sempre aconteceu

por Antena 1

Foto: Lusa

A ministra da Saúde admite que a residência em Portugal era um dos critérios clínicos para receber o medicamento para atrofia muscular espinhal administrado às gémeas luso-brasileiras, mas garante que nenhuma criança ficou para trás.

Ana Paula Martins está a ser ouvida na Comissão Parlamentar de inquérito ao caso, na qualidade de antiga presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Lisboa Norte.

Questionada pelos deputados, admitiu que morar em Portugal era um dos critérios para receber o tratamento, o que nem sempre aconteceu no caso das gémeas.

Ainda assim, Ana Paula Martins recusa que qualquer criança tenha ficado por tratar e recorre às conclusões da auditoria interna feita pelo hospital de Santa Maria.

No Parlamento, a ministra garantiu ainda que nunca contactou com António Lacerda Sales ou Marcelo Rebelo de Sousa sobre o caso das gémeas luso-brasileiras.

Admite que havia rumores de alguma interferência externa, mas diz que nunca encontrou qualquer evidência desse cenário.

Ana Paula Martins continua a ser ouvida na qualidade de antiga presidente do Centro Hospitalar e Universitário de Lisboa e Norte, onde exerceu funções entre 2023 e 2024.

As audições presenciais da comissão de inquérito devem terminar daqui a uma semana, na sexta-feira, data em que será novamente ouvido António Lacerda Sales, antigo secretário de Estado da Saúde e um dos três arguidos no inquérito aberto pelo Ministério Público.
PUB