Cimeira NATO: "5% do PIB em defesa não é inspiração política. Baseia-se nas necessidades estratégicas definidas pela NATO"

por Andrea Neves - Antena 1

Foto: Marek Studzinski - Unsplash

O secretário-geral da NATO já deixou claro que vai propor que os Aliados passem a gastar cinco por cento do PIB em defesa nos próximos dez anos.

O Embaixador Luís da Almeida Sampaio admite que não é fácil rebater este número porque estão ligados aos objetivos de capacidade da NATO, definidos em documentos classificados.

“A NATO tem que ter para cumprir um determinado quadro geoestratégico, designadamente aquilo a que se chama o planeamento avançado, que é absolutamente fundamental para a dissuasão.Tem que ter um determinado número e tipo de unidades de armas e os 5% nascem desse cálculo. E é aí que nasce o número cinco está diretamente ligado aos capability targets”.

Os cinco por cento avançados como meta por Mark Rutte tem, pois, uma sustentação.

“Esses números não nascem por inspiração política, não são atirados por inspiração política, têm uma ligação direta, factual com os tais capability targets que, por sua vez, estão intimamente ligados ao planeamento avançado. O planeamento avançado significa estarmos prontos, ou seja, não vamos fazer planos de defesa no dia em que uma eventual agressão tiver lugar. Se não houver um planeamento antecipado – por isso é que se chama avançado – não há defesa”.

O tema vai ser polémico, em Haia, porque já se sabe que há países que não aceitam este valor, um valor que até os Estados Unidos estão longe de cumprir.
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