Uma colisão entre um comboio regional e um veículo ligeiro sobre uma passagem de nível sem vigilância da Linha do Douro, perto do local de Ponte da Quebrada, no concelho de Baião, provocou esta terça-feira quatro mortos e três feridos. Entre as vítimas mortais está o presidente da Junta de Freguesia de Santa Leocádia, Manuel Guedes, de 55 anos.
Em declarações à RTP, o presidente da Câmara Municipal de Baião, José Luís Carneiro, confirmou a morte do presidente da Junta de Freguesia de Santa Leocádia. Além de Manuel Guedes, de 55 anos, a colisão provocou as mortes de dois homens com 67 e 55 anos e de uma mulher com 63 anos.
Entretanto, o Hospital de São João, no Porto, desmentiu a indicação do autarca de que um jovem de 16 anos tivesse também morrido em consequência dos ferimentos.
O acidente mobilizou 25 operacionais e sete viaturas dos Bombeiros de Baião e outras duas equipas do INEM. Dois dos feridos, uma mulher de 60 anos e um jovem de 15, foram transportados para o Hospital do Vale do Sousa, em Penafiel. O jovem de 15 anos, que sofreu um traumatismo craniano, foi transferido para o Hospital de São João, no Porto.
Os dois jovens que viajavam no automóvel, de 15 e 16 anos, eram netos do presidente da Junta de Freguesia de Santa Leucádia.
Governo ordena inquéritoDe acordo com indicações de Ana Paula Vitorino, secretária de Estado dos Transportes, foi entretanto ordenada a abertura de um inquérito aos acontecimentos desta madrugada na passagem de nível da Linha do Douro.
"Já determinei que fosse aberto um inquérito pela entidade responsável por essas matérias e solicitei à senhora governadora civil do Porto que, em nome do Governo, fosse dar todo o apoio necessário as famílias das vítimas e aos feridos resultantes do acidente", referiu a governante à margem da apresentação do novo passe sub23superior.tp, na nova ala da estação do metro de São Sebastião, em Lisboa.
Garantindo que no local onde ocorreu o acidente estão em curso "as expropriações necessárias para executar a passagem desnivelada", a secretária de Estado acrescentou que as passagens de nível "existirão sempre em Portugal".
"Nunca será possível em Portugal eliminarmos todas as passagens de nível, naquelas que existem e em toda a circulação quer rodoviária quer ferroviária tem de haver o máximo de atenção e máximo de respeito pelas regras", sustentou Ana Paula Vitorino, para lembrar que "a Refer todos os anos elimina dezenas de passagens de nível" e que "neste caso a Refer já fez o projecto de execução e apresentou à câmara".