O sindicato dos motoristas de matérias perigosas e a ANTRAM estabeleceram na última noite um pacto de paz social pelo prazo de 30 dias, anunciou o vice-presidente da Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias.
O vice-presidente da ANTRAM, Pedro Polónio, socorreu-se do "dever de sigilo" para não avançar valores, mas salientou que a proposta é "substancialmente diferente" da que tinha sido apresentada inicialmente, estando agora "apta a ser apresentada" aos associados.
Calculismo dos patrões
Porém, admitiu ser possível ir mais além na valorização destes trabalhadores.
"Não há nada decidido. Foi apresentada uma proposta que nada tem a ver com a proposta que tinha sido apresentada (...). Temos um período de 30 dias para falarmos com os nossos associados, percebermos se esta proposta é exequível e depois virmos aqui discutir os pormenores de um quadro geral que nos foi aqui apresentado", reiterou.
Motoristas aplaudem abertura
"Chegámos aqui a algumas coisas muito importantes, nomeadamente, relativamente à carga horária que estava sobre estas pessoas, passando a respeitar os horários de trabalho como os de qualquer outro trabalhador", referiu.
Por outro lado, a ANTRAM comprometeu-se a "verificar as questões relacionadas com o seguro de saúde" e no que diz respeito às questões pecuniárias "foi chegado a um valor que se aproxima muito" do que havia sido pedido, garantiu o sindicato.
Desta forma, ficou, para já, afastado um novo cenário de greve, prometido pelo SNMMP na última reunião com a ANTRAM, caso a associação não se pronunciasse hoje sobre as reivindicações dos motoristas.