Costa convida portugueses a celebrarem o 25 de Abril em São Bento por via online

por RTP
Tiago Petinga - Lusa

Numa mensagem ao país, António Costa anunciou que o Palácio de São Bento vai abrir as portas aos portugueses, não fisicamente, mas por via online. Através da obra «Agora que não podemos estar juntos», os portugueses vão poder celebrar o 25 de abril a partir de casa.

"Habitualmente, ao 25 de abril abrimos estas portas para que possam visitar a residência oficial, os seus jardins", começou por anunciar António Costa. "Este ano é um ano, como sabemos, especial. Um ano em que temos de estar juntos, separados, para poder enfrentar e vencer esta pandemia para podermos voltar a estar juntos como sempre estivemos, celebrando nas ruas, nos jardins, aquele que é o 25 de abril, sempre", acrescentou o primeiro-ministro.

"Não podendo estar aqui fisicamente, não queremos deixar que possam estar aqui por esta via online. Por isso, vamos fazer aqui uma lembrança do que foram os outros 25 de abril onde pudemos estar de portas abertas e esta casa cheia", acrescentou o primeiro-ministro.

António Costa convidou os diretores artísticos dos Teatros Nacionais de São Carlos, São João e D. Maria II, e também da Companhia Nacional de Bailado, a pensarem, por isso, numa proposta de celebração inovadora para plataformas online em que os portugueses possam assistir em casa.

Os quatro curadores convidaram a companhia de teatro portuguesa Hotel Europa e assim nasceu «Agora que não podemos estar juntos», uma obra a que António Costa apelida de "única". "Uma peça teatral de dança e música que celebrará hoje de uma forma diferente o 25 de abril", acrescentou o primeiro-ministro.

A obra, filmada maioritariamente nos jardins da residência oficial do primeiro-ministro, recorda o dia em que foi estabelecida a democracia através de testemunhos de pessoas que combateram a ditadura.

"E aquilo que vos quero aqui convidar é que hoje façam esta visita online, mas um dia, espero que para o ano, se não no ano a seguir, venham cá mesmo, fisicamente, pessoalmente", concluiu António Costa.


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