Covilhã, Fundão e Belmonte com centro de testes "drive-through"

por Lusa

Os concelhos da Covilhã, Fundão e Belmonte, no distrito de Castelo Branco, dispõem desde hoje de um centro de testes "drive-through", que permite fazer despistagem à covid-19 sem que a pessoa tenha de sair do carro.

A estrutura fica localizada no Complexo Desportivo da Covilhã, conta com um centro de recolha de amostras junto ao Centro de Saúde do Fundão e visa realizar testes aos munícipes dos três concelhos que sejam referenciados pelas entidades de saúde.

Assegurado pelo investimento direto das três autarquias, este centro tem ao dispor 2.150 testes que foram adquiridos pelos municípios, num valor de 150 mil euros.

"Esta é também a prova de que os municípios da Cova da Beira estão unidos e coesos e que são movidos pelo mesmo propósito, que é o de salvar e preservar as vidas dos nossos concidadãos. Fazemo-lo com espírito de missão e com a vontade de bem servir", afirmou hoje o presidente da Câmara da Covilhã, Vítor Pereira.

O autarca falava na apresentação do espaço, onde também marcaram presença os presidentes das Câmaras do Fundão e de Belmonte, Paulo Fernandes e António Dias Rocha, respetivamente.

Os testes destinam-se pessoas que sejam referenciadas pelas entidades de saúde, sendo que está em causa um exame de diagnóstico e não os chamados "testes rápidos", que têm levantado algumas dúvidas.

O centro funciona seis horas por dia, mediante marcação prévia, que atualmente é feita de 20 em 20 minutos, mas que poderá ser reduzida para menos.

A recolha é feita sem que o utente precise de sair do carro e é assegurada por enfermeiros que se voluntariaram para prestar este serviço.

A testagem começou hoje, depois de uma "saga terrível" para se conseguir adquirir os testes, como assumiram os autarcas, que salientaram o "empenho conjunto" de todos.

Lembraram que a parceria para colocar o centro a funcionar engloba o Agrupamento de Centros de Saúde da Cova da Beira, o Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira, a Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior, bem como o Núcleo de Alunos de Medicina (MedUBI), a GNR e algumas empresas.

"Esta é a prova de que a união faz a força e de que esta sinergia, onde todos têm um papel indispensável e importante, é fundamental para que consigamos preservar a vida humana", apontou Vítor Pereira.

Já o presidente da Câmara do Fundão, Paulo Fernandes, lembrou o papel deste centro para reforçar a capacidade de testagem da região, para ajudar a despistar a doença em setores de população de maior risco e ainda para o trabalho de preparação para ir "abrindo a sociedade", de forma progressiva.

"Foi uma medida e um esforço muito grande que os municípios da Cova da Beira fizeram, mas acho que tudo o que façamos para preservar e defender a saúde das nossas populações vale a pena", acrescentou o presidente da Câmara de Belmonte, António Dias Rocha.

Igualmente presente, o presidente do Centro Hospitalar Universitário da Cova da Beira, João Casteleiro, revelou que esta unidade de saúde já fez até ao momento mais de 600 testes de diagnóstico nesta região que não tem tido uma grande incidência de casos, apesar de já ter registo de algumas situações.

A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 165 mil mortos e infetou quase 2,5 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Mais de 537 mil doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 735 pessoas das 20.863 registadas como infetadas, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

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