Em direto
Portugal comemora 50 anos da Revolução dos Cravos. Acompanhe ao minuto

CTT. Manifestação leva protesto até São Bento

por RTP
António Cotrim - Lusa

Os trabalhadores dos CTT realizaram esta sexta-feira a segunda greve em dois meses contra a atual situação da empresa. Durante a tarde, o protesto saiu à rua, numa manifestação entre a praça do Marquês de Pombal e a residência oficial do primeiro-ministro António Costa, em São Bento.

Em São Bento que as estruturas representativas dos trabalhadores entregam documentos a exigir a reversão da privatização da empresa.

"Privatização é um roubo à população", "CTT público já" e não aos despedimentos nos CTT" são algumas das frases que constam nas faixas e cartazes empunhados pelos trabalhadores da empresa privatizada em 2013.

A manifestação contou ainda com a presença de representantes de vários partidos.

O secretário-geral do PCP considera que o que se passa nos CTT é um "atentado contra o interesse nacional". O Bloco de Esquerda defende que o Estado deve retomar o controlo público da empresa. Heloísa Apolónia, do PEV, também quis manifestar solidariedade para com os trabalhadores. Estiveram ainda presentes os representantes das duas centrais sindicais.

De acordo com dados do secretário-geral do SNTCT - Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações, Victor Narciso, para esta concentração vieram 29 autocarros com cerca de 1.000 pessoas, estimando que estejam presentes na manifestação cerca de "2.000 pessoas", metade do que os sindicatos estavam a prever.

Do lado da polícia, estes apontam para a chegada de fora de 900 pessoas, que se juntaram a cerca de 600 em Lisboa, num total de 1.500.
Dia de greve
A defesa da prestação de um serviço público de correios de qualidade está na origem do protesto dos trabalhadores dos CTT que esta sexta-feira estão em greve. Na base da paralisação está ainda o plano de transformação operacional da empresa, que prevê a redução de cerca de 800 trabalhadores.

A paralisação dos CTT termina à meia-noite. O sindicato disse que a adesão rondou os 70 por cento, mas a administração afirmou que nem uma única loja fechou nem nenhum serviço foi afetado.

As ações de protesto são organizadas pelo SNTCT, pelo Sindicato Democrático dos Trabalhadores das Comunicações e dos Media (SINDETELCO), pelo Sindicato Independente dos Correios de Portugal (SINCOR), pelo Sindicato Nacional Dos Trabalhadores Das Telecomunicações e Audiovisual (SINTAAV) e pela Comissão de Trabalhadores.

c/Lusa
pub