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Detidos em Madrid os dois chilenos que fugiram da prisão de Caxias

por RTP

Dois dos reclusos chilenos que fugiram na madrugada de domingo do estabelecimento prisional de Caxias foram detidos esta segunda-feira no aeroporto de Madrid. O outro indivíduo, de nacionalidade portuguesa, ainda continua a monte.

Os evadidos eram dois cidadãos chilenos, com 29 e 30 anos, e um português com 30 anos de idade. Todos se encontravam presos a aguardar julgamento por crimes de furto e roubo em processos criminais distintos.

Os dois indivíduos chilenos que fugiram na madrugada de domingo da prisão de Caxias foram detidos no aeroporto de Madrid. Uma informação confirmada pela polícia espanhola à RTP.

As versões das autoridades portuguesas e espanholas são contraditórias. Ainda assim, a polícia espanhola assegura que são dois os detidos e que estão sob custódia do Tribunal Superior de Justiça de Madrid.

A monte continua ainda um português, com naturalidade israelita.
Rede mafiosa terá pago recompensa

De acordo com a informação avançada esta segunda-feira pelo Jornal de Notícias, a fuga terá sido suportada por uma rede mafiosa chilena, que terá pago entre 200 mil a 500 mil euros, como recompensa a quem ajudasse os prisioneiros a fugir.

A Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) já tinha informado em comunicado que "a evasão ocorreu a partir da janela do espaço celular ocupado por quatro reclusos, sendo que um deles não participou da mesma"
O Ministério da Justiça esclareceu no domingo, em comunicado, que as duas torres de vigia no estabelecimento prisional de Caxias próximas do local por onde se evadiram três reclusos "se encontravam ativas" no momento da fuga.


"A propósito de notícias que têm estado a ser divulgadas, na sequência da evasão de três reclusos verificada esta madrugada no Estabelecimento Prisional de Caxias, a Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais sente-se na necessidade de vir esclarecer que a Torre 7 e que a Torre 4, que ficam do lado e na proximidade do local por onde se verificou a evasão, se encontravam ativas, portanto com os elementos de vigilância no seu local de trabalho", lê-se no comunicado do Ministério da Justiça.

O documento acrescenta que outra torre de vigia, localizada na frente do estabelecimento prisional, em "local oposto ao da evasão, também se encontrava ativa".

O Sindicato do Corpo de Guardas prisionais alerta para a falta de pessoal, realidade que afeta a vigilância dos estabeledimentos.

Jorge Alves disse à RTP que para além das torres terem falta de guardas a vigiar, os próprios sistemas de videovigilância funcionam com muitas deficiências e sem pessoal para os operar.

A fuga já mereceu a instauração de um processo de averiguações, a cargo do Serviço de Auditoria e Inspeção da Direção Geral.
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