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Dia de luto nacional. Chuva alivia bombeiros mas ainda há chamas

por Cristina Sambado - RTP
Miguel Pereira da Silva - Lusa

A situação dos incêndios em Portugal continental está mais calma. O fogo em Castro de Aire, no distrito de Viseu, ainda não foi dominado e mobiliza mais de 800 operacionais. Esta sexta-feira é dia de luto nacional.

De acordo com informação disponível no site oficial da ANEPC na Internet, os dois fogos em Castro Daire, no distrito de Viseu, eram os que mais preocupavam e que mobilizavam mais meios, apesar da mudança no estado do tempo, com alguns aguaceiros registados na região.

O fogo que deflagrou às 21h23 de quinta-feira em Mões/Soutelo, no concelho de Castro Daire, mobilizava 726 operacionais, com o apoio de 231 meios terrestres.

Já o incêndio que deflagrou às 12h46 de terça-feira em Pinheiro, Moção, também em Castro Daire, estava a ser combatido por 86 operacionais, com o apoio de 30 veículos.
Às 8h00, cerca de 2.500 operacionais, apoiados por 768 meios terrestres, combatiam 42 incêndios (em curso, em conclusão e resolução) em todo o território de Portugal continental, de acordo com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Segundo a Proteção Civil, o incêndio em Penalva do Castelo, distrito de Viseu, entrou esta madrugada em fase de resolução.

Também o incêndio que deflagrou na freguesia de Alvarenga na quarta-feira à tarde em Arouca, concelho do distrito de Aveiro e da Área Metropolitana do Porto (AMP), entrou esta sexta-feira em fase de resolução.

Em fase de resolução estavam também os dois fogos que deflagraram em Sabroso de Aguiar e em Veria de Jales e Quintã e que sofreram reativações na quinta-feira à tarde em Vila Pouca de Aguiar, no distrito de Vila RealDia de luto nacional

O Governo decretou para esta sexta-feira um dia de luto nacional. É uma homenagem às vítimas mortais dos incêndios. Morreram sete pessoas e 166 ficaram feridas, devido aos fogos que atingem desde domingo sobretudo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real, Braga, Viseu e Coimbra, e que destruíram dezenas de casas.

A ANEPC contabiliza cinco mortos, excluindo da contagem dois civis que morreram de doença súbita.

A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 121 mil hectares, de acordo com o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro já arderam mais de 100 mil hectares, 83 por cento da área ardida em todo o território nacional.

O Governo declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias esta sexta-feira dia de luto nacionalPortugal recebeu ajuda do mecanismo europeu

No combate às chamas, Portugal contou com o apoio de meios aéreos vindos de Espanha, França e Itália.
Aeronaves que operaram a partir da Base Aérea de Monte Real.

c/ Lusa
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