Diretor-executivo rejeita caos no SNS. Maioria dos hospitais ativou planos de contingência

Álvaro Santos Almeida afirmou que os tempos médios de espera estão neste momento abaixo do habitual para esta época do ano.

Joana Raposo Santos - RTP /
Foto: João Marques - RTP

O diretor-executivo do Serviço Nacional de Saúde rejeitou esta terça-feira que exista ou venha a existir nos próximos dias uma situação de “caos” nas unidades hospitalares. Álvaro Santos Almeida lembrou que os planos de contingência servem precisamente para evitar esse cenário e adiantou que a maioria dos hospitais já os ativaram.

Em declarações aos jornalistas em Viseu, Álvaro Santos Almeida rejeitou que se possa chegar a uma situação de “caos”, já que “o SNS tem planos de contingência” e que a maioria das unidades já os acionaram.

“Esses planos servem precisamente para isso: para reagir a estes aumentos de procura. Naturalmente, nunca resolvem os problemas todos (…) mas permitem que o SNS e as suas unidades respondam dentro do razoável”, explicou.

Praticamente todas as unidades ativaram os planos de contingência. Nós temos 11 unidades já no nível três, que é o nível mais elevado; temos outras 11 no nível dois e outras 11 no nível um. Apenas quatro ou cinco não ativaram os planos de contingência”, acrescentou o responsável.

Questionado sobre os tempos de espera no hospital Amadora-Sintra, o diretor-executivo reconheceu que “há um problema no Hospital Fernando Fonseca” e que “o resto do SNS está sob pressão, mas não há caos no SNS”.
Tempos de espera “em linha como que é habitual nesta época”
Álvaro Santos Almeida afirmou ainda que as urgências estão limitadas “pela capacidade de internar doentes”, mas têm reagido “bem” neste período.

O responsável lembrou que a semana entre o Natal e a passagem de ano é tradicionalmente “muito difícil do ponto de vista da resposta dos serviços de saúde”.

“É em todo o mundo, não é só em Portugal no SNS. É no setor privado, é em Espanha, no Reino Unido, é em todo o lado”, já que “coincide com os períodos de férias de muitos profissionais” e com “um período de atividade epidémica gripal”, elucidou.

O diretor-executivo frisou ainda que “os tempos de espera, apesar de elevados (…) têm estado em linha com o que é habitual nesta época do ano” ou até “melhor” do que é habitual.

“Estamos com tempos de espera abaixo dos 80 minutos de média e chegámos a ter, em anos anteriores, 130 minutos de média nacional”, adiantou.

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