"É mais uma ferramenta". Designer dá as instruções e inteligência artificial cria a moda

por Gonçalo Costa Martins - Antena 1

José Sobral é o criador da marca "Paatiff" e trabalha a partir de Telheiras, em Lisboa | Foto: Gonçalo Costa Martins - Antena 1

José Sobral criou há menos de um ano uma marca de roupa. A principal diferença em relação a outras é que utiliza ferramentas de inteligência artificial (IA) para gerar modelos e peças, que ganham depois forma na realidade. O designer português já preparou duas coleções: a primeira nos Estados Unidos, depois de vencer a primeira edição internacional da Semana da Moda de Inteligência Artificial, e a segunda em Portugal, pensada com a Lion of Porches e produzida no norte do país.

Qual a parte humana na criação da moda? Para que os programas de IA possam trabalhar, é necessário dar-lhes instruções, como textos ou imagens de referência.

"Grande parte dos meus inputs (ideias) eram escultores coreanos, de ter estudado na Coreia do Sul", exemplifica José Sobral em relação à primeira coleção que fez, com a empresa de comércio digital norte-americana Revolve.

Licenciado em Arquitetura, trocou as maquetes pelos modelos. José recusa que a inteligência artificial vá substituir designers e estilistas. "Acho que é mais uma ferramenta que entra num leque de tantas outras", afirma.
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