FNE defende que contratação sem curso de professor não pode ser medida definitiva

por Antena 1

A Federação Nacional de Educação defende que a possibilidade de as escolas contratarem pessoas sem o curso de professor para dar aulas não deve ser uma medida definitiva, mas apenas um recurso para evitar que os alunos fiquem sem professores.

Foi o que afirmou esta manhã Pedro Barreiros da FNE, à saída de uma reunião com o Ministério da Educação, onde foram discutidos os requisitos para a habilitação própria para a docência.

Ou seja, essa alteração avançada pelo Governo, para responder à falta de docentes nas escolas, no ano passado, o Ministério da Educação alargou as chamadas habilitações próprias, que pressupõem apenas a licenciatura, aos titulares de cursos pós-Bolonha, sendo que, nessa condição, só podem ser contratados pelas escolas quando já não houver candidatos com habilitação profissional.

A medida seria provisória, para responder à falta de professores, mas o Governo pretende agora definir em decreto-lei os requisitos mínimos de formação científica.

"Queremos que esta medida seja de caráter pontual, excecional e não se transforme em regra", afirmou o dirigente da FNE, que participou hoje na primeira reunião com o ministério enquanto secretário-geral, depois de ter sido eleito em maio.
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