Forças de segurança. Governo aumentou a proposta de subsídio para a GNR

por RTP
O presidente da Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR), César Nogueira, à chegada para uma reunião com a ministra da Administração Interna José Sena Goulão - Lusa

O Governo aumentou a proposta de subsídio para a GNR. A RTP sabe que o Governo dá uma garantia mínima de aumento de 150 euros, o dobro do que tinha proposto na última reunião. No entanto, o valor é ainda inferior ao que é exigido pelas forças de segurança.

A reunião entre o Ministério da Administração Interna e as Forças de Segurança ainda decorre, mas a RTP sabe que o que está em cima da mesa é um subsídio de 10% para os guardas (521€), 12% para os sargentos (625€) e 14% para os oficiais da GNR (730€), indexado ao índice do Comandante Geral da GNR. Na proposta anterior, os valores eram de 7%, 9% e 12%, respetivamente.

Em contrapartida, o Governo retira um subsídio que os elementos já têm neste momento. Contas feitas, em alguns casos o saldo até poderia ser negativo em relação ao que ganham atualmente.

O Governo dá, no entanto, a garantia mínima de 150€ de aumento, o dobro da salvaguarda que tinha dado na última reunião.


Apesar disso, o valor é ainda inferior ao exigido pelos polícias.

À saída da reunião, César Nogueira, presidente da Associação dos Profissionais da Guarda, demonstrou o seu descontentamento perante a proposta do Governo, afirmando que nunca vão aceitar um valor de subsídio inferior ao que foi atribuído à Polícia Judiciária.

Os profissionais destacam que o valor agora proposto está ainda “bastante abaixo” do exigido pelos polícias e criticam a divisão das categorias por percentagens.

As negociações entre o Governo e os sindicatos da PSP e associações da GNR foram retomadas esta quarta-feira. Em causa está o suplemento de missão. O Governo reuniu com representantes da PSP às 17h00.

Há duas semanas, a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, apresentou uma proposta de subsídio de missão consoante o cargo. A proposta desagradou totalmente aos elementos das forças de segurança.

As forças de segurança fizeram, entretanto, chegar ao Ministério uma contraproposta em que defendem um aumento de cerca de 600 euros através da alteração do atual suplemento por serviço e risco nas forças de segurança.
Profissionais consideram proposta do Governo "ridícula e indigna"
Enquanto decorre a reunião, cerca de uma centena de elementos da PSP e GNR estão concentrados na Praça do Comércio, em Lisboa, para manifestarem o seu descontentamento com a proposta do suplemento de missão.

Os polícias da PSP e militares da GNR concentrados exibem alguns cartazes onde se lê: "não aceitamos migalhas", "exigimos igualdade" e "uma questão de justiça".

Em declarações à RTP, José Ribeiro, do Sindicato Vertical de Carreiras da Polícia (SVCP), considera a proposta do Governo “ridícula e indigna”.

“Está muito aquém. São migalhas”, afirmou.

Perante o desagrado em relação à nova proposta do Governo, as associações da GNR decidiram antecipar a próxima reunião com o Executivo para a semana, dia 22.
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