Governo admite "alguns ajustamentos" à proposta de recuperação de tempo de serviço dos professores

por RTP
Fernando Nobre - RTP

O ministro da Educação, Ciência e Inovação admitiu hoje estar disponível para fazer "alguns ajustamentos" à proposta que apresentou esta sexta-feira aos sindicatos para a recuperação do tempo de serviço congelado aos professores.

“Nós temos abertura para melhorar a nossa resposta, para que responda melhor às reivindicações dos professores e do sistema educativo”, disse Alexandre Fernandes em declarações aos jornalistas, no final da primeira ronda negocial com as 12 estruturas sindicais representativas dos professores.

"Este esforço orçamental reflete a importância que damos à valorização da carreira dos professores que, durante as últimas décadas, foi muito desvalorizada", afirmou Fernando Alexandre.

"É muito importante o reconhecimento da necessidade de conseguirmos atrair mais professores (...), mas é preciso ter sempre presente que isso representa um grande esforço", continuou, admitindo que "é um esforço necessário".

Durante a manhã, os sindicatos ficaram a conhecer a proposta do executivo que quer devolver faseadamente os seis anos, seis meses e 23 dias de tempo congelado a uma média anual de 20 por cento, começando em setembro deste ano.

Todos os sindicatos pediram uma recuperação mais rápida, que não sejam esquecidos os docentes que estão à beira da reforma e que o executivo deixe cair a ideia de revogar o diploma (decreto-lei 74) que implementou mecanismos para acelerar a progressão na carreira.

“Estamos abertos a fazer alguns ajustamentos à proposta que fizemos agora”, anunciou Alexandre Fernandes no final da reunião.
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