O Conselho de Ministros reúne-se esta quinta-feira para decidir novas medidas para conter a pandemia de covid-19, que não devem traduzir-se em "restrições significativas", segundo informações transmitidas pelos partidos políticos após reuniões com o primeiro-ministro. Máscara obrigatória em espaços fechados, certificado de vacinação ou teste à entrada de determinados espaços, maior controle das fronteiras são algumas das medidas em cima da mesa.
Questionado sobre as novas ações para conter os contágios com o novo coronavírus, na terça-feira, António Costa apenas disse que falaria hoje, quinta-feira, o que deverá ocorrer no final da reunião do Conselho de Ministros.
Na semana passada houve uma reunião de peritos no Infarmed, acompanhada pelos responsáveis políticos.
O PS, através do secretário-geral adjunto, José Luís Carneiro, apontou o reforço do controlo das fronteiras para mitigar o avanço da pandemia, considerando que a recomendação do teletrabalho como já ocorreu noutros períodos é um instrumento que deve estar disponível.
Ontem mesmo o PS apresentou uma proposta de lei para adiar a extinção do SEF por seis meses, com o argumento de que é necessário nesta fase um maior controlo das fronteiras.
O líder do PSD, Rui Rio, defendeu que é preciso fazer tudo para proteger a população da evolução da pandemia sem voltar a situações de confinamento ou fecho da economia, rejeitando “medidas mais pesadas” neste momento.
Entre as medidas comunicadas pelos partidos à saída da reunião com o chefe do executivo, o Chega avançou que o Governo deverá impor a apresentação do certificado e de um teste negativo para a entrada em bares, discotecas e grandes eventos.
A restauração deverá ficar de fora desta medida, segundo André Ventura, sendo que, nesses casos, só será exigido o certificado, “independentemente da hora e do dia”.
No que se refere à utilização das máscaras, a porta-voz do PAN transmitiu a “preocupação” do Governo quanto ao uso de máscara em espaços como “estádios de futebol, concertos e discotecas”, tendo o Chega acrescentado que o executivo “está inclinado” para tornar a máscara obrigatória “dentro de espaços” e recomendar a sua utilização no exterior.
A coordenadora do BE, Catarina Martins, defendeu que “seria falhar ao essencial” se o Governo apenas anunciasse medidas de responsabilidade individual para combater a pandemia e não avançasse com o reforço urgente de profissionais no Serviço Nacional de Saúde.
Já o líder do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, avançou que o Governo se comprometeu a priorizar até ao Natal a vacinação com a terceira dose para os mais idosos, não tendo, até ao momento, “nada planeado” em relação às crianças.
c/Lusa